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sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Uma Catedral anti-crise.

A falta de sensibilidade.
Estive presente nos debates do Seminário Crise Rumos & Verdades. Não vi nenhum dos habituais críticos de Requião por lá. Não entrevistaram ninguém, não viram nada, não sentiram in loco a energia histriônica. Vivem como “voyeurs” a espiar de longe uma vida falsa, porque falsa é a dita “realidade- virtual”. Para eles pouco importa a realidade dos fatos.
Assim a interpretação da realidade fica empobrecida e, portanto, as suas conclusões são falsas, incompletas desvinculadas do fato real. Um grupo de homens com grande experiência publica se reúniu, e via uma televisão publica, debatem, explicam, analisam dados sobre uma realidade do interesse de todos os brasileiros. Brasileiros e estrangeiros, num total de 32 debatedores, e nove países estavam representados. O fato propaga-se pelas parabólicas pelo território brasileiro, penetra os corredores e bastidores de Brasília, incomoda, desnudando fatos absorvem contradições, e os “voyeurs”, não conseguem ver o quadro real, pois estão olhando pelo tubinho de suas imaginações pessoais e dos seus preconceitos primários. Não chega a ser lamentável, posto que seja trágico, ver pessoas minimizadas, voluntariamente diminuídas da sua dignidade de analistas, para uma condição de cães que ladram.
A Associação Brasileira de Imprensa, sob a batuta de Maurício Azedo, repercutiu os fatos. As perguntas vinham dos mais diversos quadrantes do país. Muita luz foi lançada sobre a realidade econômica do país. Economistas internacionais foram obrigados a rever seus discursos, brasileiros a perceberem que seu quadro de analise era incompleto, todos foram obrigados a reduzir suas conclusões ao homem, sim o homem em sociedade nas suas necessidades essenciais, na sua cooperação, solidariedade, conjunto de valores, e fé, que os caracteriza enquanto povo e nação. Concluíram quase por unanimidade que não houve desenvolvimento de povos sem uma evolução para o nacionalismo e estabelecimentos de objetivos e interesses nacionais. Todos sem exceção concluíram que o que falta no mundo, não é o desaparecimento de fronteiras, mas o que precisa acabar é a injustiça comercial, e a pressão por domínio e submissão. Ainda que nem todos tenham admitido publicamente, todos perceberam que o mundo sempre cooperou, sempre esteve integrado, sempre foi global, o que nunca foi global foi o acumulo de capitais, a justiça social, a liberdade de movimentação dentro das diversas camadas sociais em todas as sociedades e nações. Percebeu-se que a globalização é um engodo, uma forma de apropriação das riquezas reais, no território das diversas nações, subtraindo dos seus povos, qualquer possibilidade de desenvolvimento “real”, de modo a torná-los instrumentos de mercado, e suporte para fluxos de “Capitais irreais”, que embora não existindo, endividam e escravizam povos e nações inteiras. Pouco se falou de Deus, pouco se falou em valores reguladores do comportamento humano, e, portanto valores que regulam uma ética do comércio humano e do capital humano. Não se falou que o acúmulo de capital financeiro, monetário, fiduciário, ou pecuniário, reflete-se em ideologia e objetivo no acúmulo de capital humano, gente, gado, apinhados e acumulados em grandes centros urbanos, sim porque o conceito de pecúnia, gado ( pécus = gado+=res= coisa) é o centro da ideologia do capital de fluxo, as pessoas são e continuam sendo o gado, a força de trabalho, o suporte, a coisa possuída pelos “donos do acumulo do capital” para o exercício da riqueza. Somos ainda o gado, os goi, os goin, a carne de abate. Ninguém verbalizou, mas todos perceberam que o discurso do economês não modifica essa realidade, apenas a consciência nascida no meio do gado, percebendo-se como suporte real dos recursos públicos e privados, pode levar a um “Não Servirei mais nessas bases”. Esse despertar é uma antítese ao DEPENDENCIA OU MORTE, o mote inicial dos debates: as nações colaboram com os problemas com os quais e pelos quais passarão as nações ricas, ou !. Diziam no início dos debates, todos serão atingidos, todos devem colaborar com as novas regras, nenhuma nação sobreviverá sozinha. Esse discurso inicial foi perdendo a sua força durante os debates. Pois a realidade econômica tem como suporte apenas as necessidades de manutenção da vida do homem. Para os controladores, diferentemente, os homens são carne de abate, aos quais se controla a fertilidade, a necessidade, o consumo. A minha esperança está na desobediência desse esquema, dessa obediência servil, para que o Brasil possa acordar como em tese deseja o Presidente Lula, para enfrentar, no seu interior, na sua dinâmica interna e continental, ampliada nas relações maximizadas com os países vizinhos, devolvendo a esses povos pobres, como nós somos os brasileiros, a esperanças na recuperação de nossa dignidade, não mais de gado, mas de empreendedores, acumuladores, distribuidores do fruto do trabalho de todos, destinando para todos os benefícios correspondentes.
A diferença entre construir uma catedral, uma pirâmide, e um império financeiro, é muito clara e gritante. A pirâmide foi construída pela mão escrava, o império financeiro pela apropriação do trabalho de todos, resultado em conseqüente injustiça social, e a catedral diferentemente é resultado da voluntariedade e liberdade de escolha do ideal. O que falta no Brasil desse momento é o ideal comum, que permita a adesão de todos os brasileiros, num esforço comum da construção da Catedral Brasileira. Catedral, todos sabem vem de cátedra, cadeira, trono, portanto fala de soberania e território de liberdade. Nesse trono, pode estar sentado o dinheiro entendido como meio de troca, a especulação, a virtualidade imperiosa e escravizante dos fluxos monetários, ou por livre escolha podemos devolver o lugar da cátedra e ver sentar-se ao trono Deus. Não adianta, ter no trono o povo, como origem imanente do poder, isso não resolve o problema, pois torna a sociedade consuetudinária nos valores, e valores instáveis, fará tijolos sociais muito moles, a Catedral ruirá, pois seus valores não podem suportar as estruturas. Deus pode sim dar o suporte ideológico para todas as estruturas, principalmente a igual dignidade entres os seres humanos, excluindo de uma vez por todas a idéia de que alguns escolhidos são pessoas livres, capazes de escolher e planejar, e outras, a massa, não passa de gado.
A lição é clara e introduz.

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