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sábado, 31 de outubro de 2009

E o Espírito Santo votaria em Requião?


O Espírito Santo não vota, inspira. Agora, os capixabas sim votam. O que é preciso é lembrá-los de uns poucos fatos. Não existe em Colatina, Cavalinho, Linhares, Quarapari , Vitória e Vila Velha, homem ou mulher de mais de quarenta anos, que tnha nascido na região de Colatina, que não tenha ouvido falar do Dr Justiniano de Mello e Silva Neto ( falecido em 1986 e tio do Governador Roberto Requião de Mello e Silva). Em Colatina, ele não só fez os partos, como batizou boa parte da população. Vocês já notaram como encontramos o nome Wallace entre os capixabas? Deve-se possivelmente a uma homenagem ao pai de Requião, que lá exerceu a Medicina, fundou um jornal em Vitória, e lá no Espirito Santo, deixou inúmeros amigos e clientes. Não acredita pergunte aos Wallaces capixabas de Colatina sobre a origem dos seus nomes. Agora, se você não sabia disso, então você que é capixaba sabe onde fica o estádio de futebol Justiniano de Mello e Silva, estádio do Club Atlético Colatinense, que está no calendário do campeonato estadual . É o orgulho de Colatina. Agora você acredita? Ainda não? Veja no site de Colatina ( http://www.colatina.es.gov.br/) o nome de seus prefeitos, confirmou? Pois é...
então Veja isso:
Fundador da primeira Clinica de Colatina, depois Hospital São Sebastião ( 60 leitos). O G23 trabalhou nesse hospital, como almoxarife de farmácia, e secretário tesoureiro, e dá o seguinte testemunho: " Um hospital onde entravam todos que precisavam de atendimento médico, tivessem dinheiro ou não". Os capixabas, melhor do que eu, sabem disso.

Justiniano de Mello e Silva Netto ocupou a Prefeitura em dois mandatos; de 1934 a 1935, e de 1951 a 1954. Médico formado pela Faculdade Nacional de Medicina, do Rio de Janeiro, em 1923, começou a carreira na Santa Casa de Misericórdia de Curitiba (Paraná), sua cidade natal.

Ainda na década de 20 do século passado, foi trabalhar como médico no município mineiro de João Pedro (hoje Ipanema), onde começou a sua carreira política como prefeito, de 1927 a 1931.

Em 1930, ainda como prefeito de Ipanema, ocupou a região Norte do Espírito Santo, como chefe regional das forças revolucionárias de Minas Gerais, estado na época governado por Benedito Valadares, que apoiava Getúlio Vargas, em oposição a Washington Luiz.

Em 1932, logo após a ocupação, veio para Colatina, onde fundou a Casa de Saúde São Sebastião, também conhecida por Casa de Saúde Dr. Justiniano, e onde viveu a maior parte de suas vidas política e profissional. Na época, era prefeito, o advogado e amigo Ademar Távora, que ao deixar a Prefeitura, em 1934, indicou o seu nome como sucessor ao interventor no governo do Estado do Espírito Santo, que havia assumido em 1931, o capitão Punaro Bley. Aceitou o pedido e foi nomeado prefeito. Entretanto, quando o governo estadual decretou a divisão territorial do município de Colatina (criação de Linhares), ele discordou da decisão e pediu demissão do cargo com um ano de mandato.

Após alguns anos, com a saída do governador Punaro Bley, Justiniano foi convidado pelo então Ministro da Justiça Carlos Luz, seu amigo desde a época em que passou pela Prefeitura de Santa Leopoldina, onde também foi interventor, para ocupar o cargo de governador do Espírito Santo, o que não aceitou alegando compromissos profissionais.

De 1939 a 1940 morou na cidade de São Paulo, e depois retornou a Colatina. Em 1947 elegeu-se vereador. Quatro anos depois voltou a ser prefeito de Colatina por meio do voto direto e terminou o mandato em 1954.

Nos anos 50, construiu o Estádio, criou a Diretoria de Imprensa Oficial (hoje a Secretaria Municipal de Comunicação Social) e a Biblioteca Municipal. Em sua administração é que foi elaborado o Plano Diretor Urbano (PDU) de Colatina, já prevendo o aterro da Avenida Beira-Rio, pelos irmãos arquitetos Plínio, Marcos e Otávio, da família Catanhêde, discípulos do arquiteto franco- suíço, Le Corbusier.

Devido à sua administração, que em 1956, já na gestão de Raul Giuberti, Colatina foi premiado como um cinco municípios brasileiros mais desenvolvidos do país, escolhido pela Revista Cruzeiro, pelo Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam) e por uma revista americana. Justiniano também ficou na história como o único prefeito que conseguiu eleger o seu sucessor, Raul Giuberti (1955 a 1958).

ORIGENS

Nascido em 9 de setembro de 1899 em Curitiba, Justiniano era filho de Joana Tadeu e Wallace de Mello e Silva. O nome foi herdado do avô paterno, que também influenciou a sua vida política, o professor sergipano e também advogado formado pela Faculdade de Direito de Recife.

Em 1876, a convite do presidente do estado do Paraná, Lamenha Lins, o avô Justiniano assumiu a função de secretário do governo da Província do Paraná. Em 1892, foi Diretor Geral da Instrução Pública (Educação). Foi deputado provincial e deputado estadual. Em Curitiba, foi professor de português, pedagogia e inglês e colaborador de diversos jornais, em Recife e no Paraná.

Justiniano Netto teve sete irmãos. Aos 73 anos deixou a carreira profissional. Aos 85 anos manifestava o sonho de viver pelo menos até no mês de janeiro de 2000, para ter a satisfação de ter vivido nos três séculos. O sonho acabou não se realizando, pois os problemas de saúde se agravaram. Em 1985 foi morar em Curitiba com o único filho, Luís Antonio, que também é médico, onde faleceu em 1986. Era casado com Ruth Lacerda.

Amigos do Peito e nas horas difíceis.

Luiz Henrique, governador de Santa Catarina.
Já faz algum tempo. Porém o que ninguém quer ver é que Requião teria um número expressivos de votos em Santa Catarina. A Duplicação do Corredor da Morte, e o socorro, no mais puro interesse público, que o povo do Paraná, através do governo deu a Criciuma ( durante o vendaval), e recentemente nas duras enchentes que assolaram o estado vizinho, é do testemunho de todos os catarinenses. O Povo catarinense por tradição não é ingrato. O Estado do Paraná poderia ter deixado o socorro ao Governo Federal, mas foi solicito, mandando helicópteros, caminhões de agua e comida, equipes da Defesa Civil do Paraná, Bombeiros, e outros tantos e necessários itens de ajuda. Afora isso, Requião é casado com uma catarinense de Joaçaba, oriunda de familia de gaúchos. Mais de uma vez Luiz Henrique manifestou simpatia por essa indicação. Um pesquisa feita pela Pedroso Horta poderia confirmar o que dizemos aqui.

Uma luta sem Fim; Hospital de Foz do Iguaçu, obra do Governo Requião.





Um esqueleto herdado, foi totalmente construído no Governo Roberto Requião, esse que costumam esconder como obra do Governo por ser um Hospital Municipal em Foz do Iguaçu é resultado de uma longa luta política do governo Requião.

Agora me diga, você ja viu isso em algum jornal?


Nova postagem do Grupo de Estudos G 23 ( Curitiba Paraná Brazil)

Uma luta sem Fim; Hospital de Foz do Iguaçu, obra do Governo Requião.





Um esqueleto herdado, foi totalmente construído no Governo Roberto Requião, esse que costumam esconder como obra do Governo por ser um Hospital Municipal em Foz do Iguaçu é resultado de uma longa luta política do governo Requião.

Agora me diga, você ja viu isso em algum jornal?


Nova postagem do Grupo de Estudos G 23 ( Curitiba Paraná Brazil)

É verdade Jeferson?


Jeferson Gomes e Silva, em página esportiva, garante: Requião tem apoio para Presidênte em Minas Gerais.
É confirmar. A Fundação Ulisses Guimarães, entidade de pesquisa ligada ao PMDB, podia confirmar os melhores nomes do partido em Minas Gerais.
Não seria muito lembrar que o pai de Requião, paranaense, graduou-se em medicina, na turma de 1934 em Belo Horizonte. E exerceu a medicina em José Pedro, hoje Ipanema, municipio mineiro, onde seu irmão Justiniano de Mello e Silva foi prefeito.

Velhos amigos

Adoçando o caldo.

O Paraná e Japão são velhos amigos. Requião quando prefeito, assinou um convênio de cidades irmãs, e posteriormente um acordo de Estados irmãos. Sua Alteza Imperial Hirohito, pais do Príncipe Naruhito estive no Paraná anos atrás.

Na foto vocês vêem Requião e o Príncipe Naruhito aqui no Paraná.
No PMDB estuda-se a possibilidade de viabilizar um acordo bilateral entre a Marinha Brasileira e a Frota Japonesa para defender o Pré Sal em troca de alguma garantia de fornecimento de petróleo. Na verdade a dependência do Japão ao petróleo é muito grande e a amizade do Brasil e Japão é muito antiga.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Discurso de Posse em 2002 ( segundo Mandato).

Paranaenses.

Pela segunda vez, pela vontade do povo, assumo o Governo do Paraná.
E venho novamente para mudar.
O voto dos brasileiros, o voto dos paranaenses foi uma clara, irretocável manifestação pela mudança. Toda a minha campanha e todo o meu programa de governo tiveram como centro a proposta da mudança. Mudança de prioridades, mudança de estilo.
E assim vai ser.
Hoje, os olhares dos brasileiros voltam-se para o Planalto Central.
Quero acreditar que este primeiro de janeiro não seja apenas o primeiro dia de um novo ano, e sim o dia inaugural de um novo tempo. O primeiro dia da reconstrução de uma sociedade sem fome, sem desemprego, sem miséria, sem exploração, sem a ofensa e a humilhação da exclusão. O primeiro dia da construção da mais bela das utopias que o homem sonhou. A utopia de um país fraterno e feliz.
Quero acreditar que hoje seja o primeiro dia da recriação.
É claro, nada se faz ou se desfaz em um passe de mágica. Tantos séculos de domínio de determinados interesses não se desmoronam com o sopro do nosso entusiasmo, com o nosso grito, com a nossa vontade de mudança.
É apenas, pode ser apenas, o primeiro dia da recriação.
As tarefas das transformações são imensas. Incrustaram-se em nossa sociedade tantos privilégios. Tantas distorções fizeram-se usos e costumes. É tão gigantesco o abismo da desigualdade. É tão cruel a realidade da exclusão. É tão empedernida quanto encarquilhada pelo tempo a insensibilidade das elites, eternamente presa de um egoísmo mesquinho, que não vê, que não ouve, que não sente.
É preciso que as nossas elites finalmente transformem-se em cidadãos brasileiros. Integrem-se à realidade nacional e deixem de ver o país do alto de seus privilégios. Pode parecer duro afirmar e desconfortável ouvir, mas parte das elites descende diretamente dos que reprimiram os movimentos nativistas, enforcaram Tiradentes, sufocaram os movimentos libertários, impuseram ao país o crime hediondo da escravatura, afastaram por séculos o povo do centro das decisões, parasitaram primeiro a Colônia, depois o Império, por fim a República. Deram o golpe de 64 e chegaram até mesmo a financiar a repressão aos que resistiam à ditadura.
Qual o resultado disso tudo? Ei-lo escancarado à nossa frente no Índice de Desenvolvimento Humano com que a ONU busca medir a realidade social dos países. O nosso IDH classifica o Brasil ao lado, por exemplo, de um dos mais miseráveis países da Terra, o Paquistão, e abaixo da conturbada Venezuela. Se o nosso IDH médio já é baixo, ele despenca a níveis aterradores quando medimos apenas a situação dos pobres brasileiros e a comparamos com a situação dos pobres de outros países. Quando isso acontece, igualamo-nos aos países africanos, envoltos, estraçalhados pelas guerras tribais, dizimados pela AIDS, presos ainda à exploração colonial. São com esses pobres, que nos causam tanto horror quando os vemos na televisão, são com eles que os nossos pobres podem ser comparados.
E o que mede o IDH? Mede o acesso à educação, a distribuição de renda, a vida média da população. Meu Deus, “Senhor Deus dos desgraçados”, é tão difícil assim elevar as condições de vida de nossa população tendo como referências apenas essas três básicas, simples iniciativas?
O que as nossas elites precisam, o que os nossos governos precisam, é um choque de cidadania para abrir os olhos a uma realidade tão cruel mas tão ao nosso alcance de modificá-la, de transformá-la.

Contudo, não existe dificuldade que sobreponha, vergue ou desanime a vontade de mudar. A nossa vontade e a nossa decisão de mudar.
O Paraná, como parte do Brasil, vê aqui refletida a dura e sofrida realidade nacional. Não somos ilha, não escapamos dos efeitos destruidores das políticas neoliberais que, nesses últimos oito anos, tornaram ainda mais agudos os já seculares problemas sociais.
Mudança no Brasil, mudança no Paraná.
Há doze anos, quando assumi pela primeira vez o Governo do Paraná, falava dos caminhos que me haviam trazido até aqui. Dizia que aqueles caminhos tiveram como ponto de partida a casa de meu povo. Aqueles caminhos passaram pela roça, pelas fábricas, pelos bairros pobres das grandes cidades, pelo interior abandonado, pelas filas do desemprego, pelas escolas, pelos escritórios, pelas igrejas.
Vinha de uma longa caminhada e recolhera no percurso os sonhos de uma vida melhor. Trazia impressa na alma e marcada no coração a esperança de um Paraná renovado, seguro, desenvolvido, bom para todos.
Dizia que o caminho que me trouxera até aqui não passara pela casa dos poderosos, pelos escritórios dos negocistas, pelas ante-salas dos interesses anti-populares e anti-nacionais. Pelos corredores dos favores.
Dizia também que o caminho que me havia trazido até aqui passara pela casa de meus pais, do meu pai Wallace e de minha mãe Lucy, de quem assimilei os ensinamentos de honra, honestidade, seriedade e o compromisso com os mais humildes. E à minha mulher, Maristela, e aos meus filhos, Mauricio e Roberta, jurava ser digno desse legado.
Hoje, doze anos depois, novamente pela vontade do povo, volto ao Governo do Paraná. E para chegar aqui, refiz o percurso.
E foi novamente longa caminhada.
Caminhei com aqueles 21% dos paranaenses que hoje, segundo o IBGE, vivem abaixo da linha da pobreza. Mais de dois milhões de irmãos nossos à margem da vida.
E é por isso que entre as prioridades do nosso governo está o combate à pobreza, a erradicação da fome, a re-inclusão daqueles que o modelo neoliberal expeliu da sociedade. Por isso que o nosso governo vai fazer opção preferencial pelos pobres, combatendo a fome, re-incluindo aqueles que o modelo neoliberal expeliu da sociedade. É por isso que o nosso governo vai distribuir leite para as crianças, fornecer água e luz de graça, criar frentes emergenciais de trabalho, desenvolver programas de capacitação profissional, criar programas para garantir a presença dos filhos das famílias mais pobres na escola.
Caminhei com os desempregados. Senti com eles o pão amargo do desespero. Apertei mãos calejadas, ansiosas por trabalho.
Por isso que vamos desencadear no Paraná o maior programa de geração de empregos do nosso país. Vamos reduzir o preço da energia para atrair empresas do Brasil e do mundo ao nosso estado, criando milhares de novos empregos, gerando rendas e bons salários. As pequenas empresas terão isenção absoluta de impostos estaduais. Vamos implantar o programa do Primeiro Emprego e o programa de incentivo à contratação de pessoas com mais de 40 anos. Vamos desconcentrar os investimentos industriais, distribuindo-os de forma equilibrada por todo o estado do Paraná. Os estrangeiros continuam bem-vindos, no entanto nenhuma multinacional vai receber incentivos ou benefícios que não possam ser dados igualmente aos empresários paranaenses. Antes de tudo, a nossa gente.
Caminhei com os agricultores, especialmente com os pequenos agricultores. Sofremos com eles o estado de abandono em que se encontram. Vimos a importância capital da agricultura familiar. Vimos como a agricultura e a agroindústria, adequadamente incentivadas, podem gerar instantaneamente milhares de empregos.
É por isso que vamos trazer de volta todos os programas que fizeram a agricultura paranaense tão forte, produtiva e exemplar. É por isso que vamos garantir preço mínimo e seguro de safra aos cultivares estratégicos; o financiamento com equivalência em produto; a ampliação da extensão rural, especialmente em direção dos pequenos e médios produtores; a promoção e o estímulo para criação de pequenas agroindústrias; o fundo de aval para livrar os nossos agricultores das garras sufocantes do juro bancário.
Nesta caminhada, nesta longa caminhada, passamos pelas cidades do nosso interior. Vimos tantas delas perdendo população, assistindo apreensiva a fuga dos seus jovens, famílias desfazendo-se, espalhando-se à busca de uma vida melhor.
Por isso vamos fazer a vida melhor em todos os cantos do Paraná. As pessoas têm que viver bem e ser felizes onde nasceram e foram criadas, onde têm seus filhos, onde estão seus laços, onde estão as suas raízes. O emprego, a saúde, a educação, a segurança, o desenvolvimento pessoal, a realização de sonhos devem ir ao encontro das pessoas lá onde elas escolheram viver.
Caminhamos pelas cidades, por todas as cidades, e sentimos o medo nas ruas, nas casas, experimentamos a forte sensação que a insegurança traz às famílias. Convivemos com o desespero das tantas vítimas da violência e do crime organizado.
É por isso que eu próprio assumo, nestes primeiros momentos, o comando da Segurança Pública, para duas tarefas inadiáveis. Primeiro limpar a polícia, extirpar sua banda podre, promovendo e valorizando os bons policiais. Paralelamente, implantar uma nova política de segurança, trazendo de volta a polícia aos bairros, às ruas, à porta das casas e das escolas, integrando-a com a população. O Paraná, tenho certeza, vai ser novamente um estado seguro, tranqüilo, e as famílias serão libertadas do medo.
Estivemos nos hospitais, nos prontos-socorros, nos postos de saúde, nos ambulatórios, e vimos o descaso, a falta de respeito, o despreparo, a indiferença. Estivemos nas filas dos que suplicam por um exame, precisam de internamento, não têm dinheiro para comprar remédios. Acompanhamos as ambulâncias que todo dia, toda hora, trazem do interior para as grandes cidades doentes que centenas de municípios não têm como tratar.
Vamos regionalizar o sistema, vamos transformar as Santas Casas em hospitais regionais. Vamos fortalecer e expandir o programa Médico da Família, em parceria com os municípios. Vamos fortalecer e expandir a rede de postos de saúde e ambulatórios 24 horas. Vamos, como em nosso governo anterior, atuar fortemente em ações preventivas, na melhoria das condições do saneamento, entendendo que aqui está um dos nós que sobrecarrega todo o sistema de saúde. Garantia de atendimento, garantia de exames, garantia de internamento, garantia de remédios, esses são os nossos compromissos com a saúde.
Nesta caminhada que nos trouxe até aqui passamos pelas escolas. Estivemos nas salas de aula com as nossas crianças e os nossos jovens. E vimos que lá se gesta, cria e amolda o Paraná, não apenas o do nosso futuro, mas o do dia de hoje mesmo. E vimos que as tantas deficiências da nossa escola podem comprometer esse futuro. Vimos também a dedicação comovente dos nossos professores, mas vimos como eles têm sido tratados com tanta indiferença e insensibilidade.
É por isso que vamos fazer, estamos prontos e preparados para fazer, aqui no Paraná, a maior revolução na educação pública que este país já viu. Começaremos devolvendo a dignidade aos nossos mestres. Eles terão de volta sua auto-estima e condições para o exercício pleno de uma das mais sagradas e veneráveis profissões, a de professores, mestres de nossos filhos.
Estivemos nos bairros pobres de nossas cidades. Visitamos os barracos onde se amontoam, em condições infra-humanas, tanta gente. Estivemos sob a lona preta dos sem-teto. Visitamos a pequena casa alugada. Conversamos com as famílias que todos os meses deixam de comer, de vestir, de comprar remédios para pagar o aluguel. Compartilhamos o drama dos 350 mil trabalhadores rurais volantes que vivem nas periferias urbanas em condições de habitação tão precárias.
É por isso que o nosso governo trará de volta os eficientes programas habitacionais que já colocamos em prática no estado. Voltará o programa Casa da Família, para dar aos paranaenses uma casa digna, confortável, e com prestações que nunca ultrapassarão os 20% do salário mínimo. Serão mais de 200 mil unidades entre casas populares, lotes urbanizados, auto-construção, casas rurais, habitações indígenas e regularização de lotes ocupados. Já fizemos, sabemos como fazer, faremos de novo.
Nesta caminhada passamos pelas nossas universidades e reafirmamos o nosso compromisso com o fortalecimento de sua autonomia, garantida em lei, para que elas possam oferecer um ensino gratuito e da melhor qualidade.
Pelo caminho que me trouxe até aqui parei várias vezes para conversar com os funcionários públicos. E dividimos com eles as preocupações com o arrocho salarial, com o congelamento dos vencimentos, com o desprestígio das funções e com o descaso.
É por isso que vamos devolver aos nossos funcionários a auto-estima, o orgulho de serem servidores públicos e vamos sentar com eles para discutir de forma franca e aberta, como é de meu feitio, as formas mais adequadas para repor, progressivamente, tudo aquilo que foi perdido, desgastado e suprimido nesses últimos anos.
E como foi um compromisso assumido, vamos cumprir a decisão de reabrir o IPE e o Hospital da Polícia Militar.
Novamente, vamos devolver à administração pública a mais absoluta transparência, envolvendo a sociedade na fiscalização da ação governamental, dando a ela condições e meios para que essa fiscalização seja feita com todo o rigor.
É por isso que vamos tornar público todos os contratos de concessões e protocolos, e vamos fazer com que todos os atos da administração pública do Paraná estejam integralmente, em tempo real, na Internet, bem como publicados no Diário Oficial do Estado, que também vai estar na Internet.
É por isso, também, que vamos brigar com firmeza para anular o pacto de acionista feito entre a Sanepar e seus sócios privados. Entre as tantas distorções deste pacto, uma delas me deixa especialmente estarrecido: a que define como objetivo da Sanepar a maximização dos lucros de seus acionistas. Não se concebe que uma empresa pública, especialmente uma empresa voltada ao saneamento, à elevação da saúde e da qualidade de vida da população, tenha como objetivo dar lucros, e que para isso tenha que aumentar as tarifas, diminuir os investimentos, cortar serviços, suspender o fornecimento aos eventuais inadimplentes. Esta concepção do serviço público vai ser anulada, junto com o pacto, em nosso governo.
Na caminhada que nos trouxe até aqui passamos - quantas vezes! - pelo abuso dos pedágios. Nas praças de pedágio vimos caminhoneiros, agricultores e motoristas deixarem lá o sustento da família, o lucro do negócio, parte significativa da produção, das safras.
É por isso que vamos manter, sem hesitação, o compromisso de campanha: ou preço das tarifas do pedágio reduzem-se drasticamente ou o pedágio acaba. O abuso vai ter fim.
Não se trata de uma posição populista ou vezo doutrinário e sim do simples fato de que a economia paranaense não suporta o abuso das tarifas.
O caminho que nos trouxe até aqui passou pela minha casa. Foi em um momento crucial que recebi de meus filhos a argumentação decisiva para que aceitasse a candidatura ao Governo do Paraná. Em uma carta, às vésperas da convenção do PMDB, meus filhos Mauricio e Roberta quase que me impuseram o dever da candidatura. Entre uma tranqüila e consagradora reeleição ao Senado e a dura batalha pela conquista do Governo do Paraná, e a ainda mais dura tarefa de repor o Paraná nos trilhos, Mauricio e Roberta consideravam que o meu dever era com os paranaenses. Durante a campanha toda, especialmente em seus momentos mais críticos, quando às dificuldades materiais somavam-se os ataques vis, caluniosos, sórdidos dos adversários, era aquela carta do Maurício e a opinião da Roberta que me davam forças.
Mauricio, Roberta, minha esposa Maristela, paranaenses, não vou decepcioná-los. Combatemos o bom combate e vencemos a primeira batalha. Agora vamos travar o combate das mudanças.
Paranaenses,
Se há doze anos tomava posse ainda sentindo o travo amargo da derrota de Luis Inácio Lula da Silva, no segundo turno das eleições de 89, batido pela perigosa aventura collorida, que a nossa monocromática elite bancara para impedir mudanças, assumo hoje o Governo do Paraná no mesmo dia em que Lula toma posse e abre para o Brasil perspectivas jamais sonhadas de transformações.
Sou antes de tudo um otimista. Acredito, tenho fé que, de fato, vivemos hoje o primeiro dia do redescobrimento do Brasil. E tenham certeza os paranaenses de que as mudanças que anunciamos na campanha eleitoral e que aqui reafirmamos, vão acontecer. Porque esta é a vontade de todos. Porque o Brasil vai mudar e o Paraná, com certeza, estará na liderança, na vanguarda dessas mudanças.
Temos tudo para que isso aconteça. O paranaense é criativo, trabalhador, sério. A nossa terra é generosa, produtiva. Os nossos empresários são empreendedores. Os nossos trabalhadores são determinados. Temos, enfim, todas as premissas indispensáveis às transformações desejadas.
Sei quais e quantas são as dificuldades, quais e quantos interesses vamos contrariar, quantos privilégios vamos cortar. Nada nos assusta. Nada tememos. A minha força nasceu do voto, da vontade soberana dos paranaenses e nada haverá de contrapô-la ou frustrá-la. Foi do nosso povo que recebemos as armas para o combate e o mandato para fazer da sua vontade, lei.
Encerro este pronunciamento trazendo o meu agradecimento e a minha homenagem aos companheiros desta jornada. O nosso agradecimento ao Partido dos Trabalhadores, na pessoa do Padre Roque Zimmermann. Ao PPS e ao PV, na pessoa do nosso amigo Rubens Bueno. Ao PL, na pessoa do valente guerreiro Pastor Oliveira. E a todos aqueles que, sem impor condições, reivindicar vantagens ou cargos, desprezando de forma franca e olímpica as misérias das negociações políticas brasileiras, vieram para a campanha e trouxeram com eles a certeza da vitória. Meu agradecimento e um abraço fraterno nos companheiros do PMDB do Paraná, que estiveram comigo nessa longa, difícil, mas vitoriosa caminhada.
Viva o Paraná. Viva o Brasil que desperta. Viva o presidente Lula. Viva o primeiro dia de um novo tempo.
Muito obrigado.

Dr Honoris Causa



Fevereiro de 1992 Universidade Soka Gakusei, Japão.

A Realeza está à mesa.



Ano passado durante as comemorações do centenário da chegada dos japoneses ao Brasil, vemos na foto, à mesa, José Alencar (Yosef Ale Kahaar), rei de Cripton; o Príncipe herdeiro do Japão Neruhito ao centro; e o Rei Quião, herdeiro (com a Dilma, ou sem ela) do Brasil.
Requião lê um recado do Imperador Hirohito, pai do príncipe. Sabe o que estava escrito? Então leia: 私の息子は、うまく扱う
( tradução: Meu filho, trate-o bem.)

Cripton é o outro lado em espelho do mundo irreal, lá a realeza discutiu a necessidade premente que tem o Japão, no mundo "real" do petróleo.

Sua alteza Neruhito é uma simpatia. José Alencar vice presidente do Brasil também, e o Rei Quião precisa de seu voto cósmico.

O outro lado da Lua.



















Nova postagem do Grupo de Estudos G 23 ( Curitiba Paraná Brazil)

O outro lado da Lua.



















Nova postagem do Grupo de Estudos G 23 ( Curitiba Paraná Brazil)

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Petróleo na Amazônia X

Nesse ultimo artigo, eu piso em ovos. Tomarei todo o cuidado para não se mal interpretado.
Digamos que o petróleo estivesse nos seus últimos suspiros, e os EUA descobrisse uma enorme jazida em suas terras ou águas territoriais, a pergunta é: Eles chamariam o Brasil, a Inglaterra, a França, para em concessão, contrato de risco ou partilha, explorá-la?
Você já ouviu o Brasil reivindicar direitos sobre o petróleo, peruano, boliviano, venezuelano? Então porque achamos natural que outras nações tenham direitos sobre as nossas jazidas? EUA quer comprar óleo, paguem por ele, não foi o que fizemos sempre?
Você já viu postos de gasolina com bandeiras venezuelanas, peruanas, bolivianas, argentinas no Brasil? Então me expliquem o porquê somente as grandes companhias de petróleo têm essa reserva de mercado em nosso país? O que seria mais justo, termos em nome da integração bandeiras brasileiras naqueles países vizinhos e permiti-las no Brasil, ou, continuar “vendendo”( concedendo, partilhando) nosso petróleo para as nações ricas?
A descoberta do Pré Sal, retira o petróleo da categoria de riquezas não renováveis, e, portanto finitas? Então porque esse: Oba, Oba para explorá-las e comercializá-las? Qual, de que volume são as nossas reservas estratégicas, qual a necessidade Brasileira para os próximos 100 anos?
Quando o Ministro de Minas e Energia e o atual presidente da Petrobrás, em encontro Nacional, se apóiam em “Informações da Imprensa” para fundar a justificativa de investimentos na ordem de um quarto de trilhão de dólares, não há algo de errado nisso? Planejam sob suposição?
E se as jazidas não corresponderem ao esperado, o país ficará com essa divida? Ou eles, os recurso serão tomadas junto aos investidores estrangeiros que hoje, possuem 50% pouco mais pouco menos, das ações da Petrobrás?
Não responderei as perguntas feitas. Mas te pergunto algo um pouco mais grave, o uso da mulher. Você prefere fazer uso da sua mulher, prefere ter um uso compartilhado (promiscuo), ou dar carta de repudio (divórcio) a ela para que em concessão outro faça uso dela? Como, em que medida, você terá responsabilidades sobre os frutos do uso de sua mulher?
Quando temos a jazida (mulher), a broca (tecnologia e competência), e óleo e gás (fruto da jazida) o que seria o mais prudente? Monopólio (matrimonial), parceria (promiscuidade), arrendamento e concessão de uso (perda de soberania sobre a mulher, a jazida).
O interesse da Nação deve ser preservado, fiscalizado e exigido pelo Estado, a União. Ora, mas num Estado Democrático e Representativo, o Estado deve ser fiscalizado pelo povo, diretamente, ou representativamente. Quando não há presença de povo, não há fiscalização dos atos do Estado, e, portanto o Estado pode, ou não, estar cuidando dos interesses da Nação. Um poço de petróleo no meio do mar, ou isolado no meio da selva amazônica, pode ou não, informar o quanto esta produzindo. Não há o olho popular sobre os fatos. Uma empresa, seja ela estatal ou não; pode estar produzindo e comercializando muito mais do que está contabilizando, e isso estará ocorrendo longe dos olhos do povo e de seus representantes, e até de seus técnicos e operários, que não podem, por falta de instrumentação adequada, aquilatar a produção. Isso é uma hipótese real, que se aplicada ao petróleo, riqueza das mais cobiçadas, que tem “permitido” que países invadam países, não pode ser desprezada. O Petróleo pode desde muitas décadas estar sendo evadido e sonegado. Seja no mar, seja em terra. No entanto essa riqueza pertence constitucionalmente a União e, portanto, por princípio, a todos os brasileiros. Sonegá-las, e vende-las simplesmente, é e será sempre desguarnecer e desrespeitar os interesses da Nação Brasileira e o seu futuro. O Óleo Brasileiro, aqui deveria ser refinado, aqui armazenado, e aqui, em liberdade, ser vendido na medida dos interesses nacionais. Essa a verdade dura e crua, que seria usada por qualquer país Petro-dependente. Menos pelo Brasil, que parece ser o país mais cristão entre todos os países do planeta, todos podem vir partilhar promiscuamente ( não que o cristianismo ensine isso), embora, nenhum país nos permita partilhar nada, a não ser ao custo de dependência econômica, escravização do povo e endividamento da Nação.
Eu quero reproduzir aqui um trecho dessa longa e muito bem escrita matéria já disponibilizada, em inteiro teor, em um de nossos Blogs, de autoria do ex chefe do SNI da Amazônia, e ex. Adido Militar do Brasil no Peru e Bolívia, Cel. Roberto Monteiro de Oliveira, um velho guerreiro.

“Coerente com a sua própria lógica interna, esta NOVA IDEOLOGIA é necessariamente antinacionalista, como o comprova a insistente pregação dos seus corifeus, orquestrando as teses indemonstradas da inexorabilidade e excelência da ”globalização”, da interdependência entre as Nações, da “soberania relativa”, e/ou da “administração compartilhada”, e de outras teses correlatas que negam, ou extenuam, alguns dos conceitos e valores essenciais à sobrevivência do Estado e da Nação, tais como a SOBERANIA, a INDEPENDÊNCIA, a UNIÃO NACIONAL, a autodeterminação dos povos, etc., e onde já se inclui até mesmo - ainda de forma velada e oblíqua - a dissolução das Forças Armadas ou a modificação de sua destinação constitucional. Essas teses heterodoxas, os ideólogos da ”globalização” as vêm repetindo “ad nauseam”, através dos Órgãos de Comunicação de Massa (OCMs) internacionais e nacionais, por intermédio dos quais eles difundem, usando processos dialéticos, os conceitos, valores e proposições pragmáticas que induzem à aceitação, sem reações ou objeções, das teses internacionalistas que, afinal, irão facilitar o domínio das NAÇÕES PRINCIPAIS sobre as NAÇÕES PERIFÉRICAS ou SECUNDÁRIAS, entre estas o Brasil”.

Esse genial texto do Coronel, disponibilizado em um de nossos Blogs sob o título SIVAM E AS AMEAÇAS POTENCIAIS A SOBERANIA BRASILEIRA DA AMAZÔNIA, nos diz apenas uma coisa, nós mais uma vez estamos sendo “enquadrados”, portanto, aqui nos bastidores, eu não posso aquilatar, se os partilhamentos (promiscuidade) sobre o petróleo brasileiro são o resultado de uma “Curra”, uma violência comercial, ou armada, que nos levaria a uma situação parecida com a do Iraque, ou seja, entregamos os anéis (petróleo) para não entregar - mos os dedos, ou diferentemente, essa entrega desavergonhada vem de uma índole desavergonhada, cafetina, orgástica que faz da própria mulher meio de ganhar a vida. A verdade sobre o petróleo Brasileiro é a revelação de uma dura realidade: Somos ou não, uma nação SOBERANA?

Simples idéias para os próximos presidentes?

Simples idéias para os próximos presidentes do BRASIL.
O Brasil possui hoje, além dos oito milhões de quilômetros quadrados em terras secas, mais 3,4 milhões de terras submersas sob sua jurisdição, ampliáveis para 4,4 milhões de quilômetros quadrados de terras submersas e oceanos.
A pergunta que eu faço é qual o percentual de jovens brasileiros sendo formados para as profissões exercidas diretas ou indiretamente nas águas? Qual o percentual de cursos universitários que preparem para o exercício científico dessas profissões? Qual o nível de interesse dos empreendedores brasileiros no que diga respeito aos oceanos e as terras submersas brasileiras.
Finalmente qual o nível de consciência da opinião publica sobre a importância dessas riquezas incomensuráveis.
O mar, senhores, não diz respeito só a pesca, o laser e o turismo. O mar diz respeito ao transporte e comércio exterior. O mar ditas regras sobre as profissões portuárias. O mar indica profissões ligadas à engenharia naval, a siderurgia, a eletronica e eletrotécnica. O mar exige frotas militares armadas e redireciona a Ideologia de Segurança Nacional. O mar e suas terras submersas produzem petróleo, sal e outros minerais considerados estratégicos. O mar pode acomodar cidades flutuantes, e flutuantes universidades de pesquisa. O mar, como a terra seca, permite a criação de fazendas de animais mamíferos marinhos e peixes e outras espécies marinhas. O mar esconde segredos. O mar exige o preparo de advogados peritos em direito naval e comercial marítimo e internacional. O mar exige mergulhadores e pesquisadores submarinos. O mar exige sinalizações precisas. O mar produz, por fotossíntese mais de 80% do oxigênio do globo. O mar exige alta capacitação na condução de navegação de cabotagem e longo curso. O mar não pode ser o grande esgoto da humanidade. Todos os minerais encontráveis em terras secas são também encontráveis no mar, e nos oceanos que cobrem ¾ de planeta. Bem eu não vou tentar exaurir a questão que é imensa, mas já podemos ver que o brasileiro, e o Governo Brasileiro, não têm olhado para o mar, suas relações com o homem, a indústria e a ciência relacionada ao mar, sua defesa e fiscalização, seu estudo e pesquisa com a proporção que ele tem representado na vida nacional desde a sua descoberta.

Cremos que cabe anexo ao Ministério da Marinha, um Ministério multifacetado, como uma interface de ligação das ciências do mar, à formação da juventude brasileira nas profissões marinhas, e nas suas relações de exercício em terra firme.
Eduardo Requião quando superintendente do Porto de Paranaguá, projetou, mas não pode viabilizar, uma Universidade Latino Americana de Profissões Portuarias, nas belíssimas instalações do antigo e abandonado Porto Matarazzo em Antonina.

Quando se pensou, eu te pergunto, em construir as grandes Plataformas Marítimas de Comércio? Navios Shopping, que navegam com amostras da produção brasileir pelo mundo, divulgando o nosso comercio, a nossa industria, o nosso turismo, o nosso povo, a nossa produção agricola. Quando? Navios equipados com telecomunicações de ponta, e representação diplomatica, para ordenar pedidos de todas as especies possíveis. ( ver nesse Blog texto: As Grandes Plataformas de Comércio Maritimo.)

Parece pouco, mas apenas esse olhar frontal, poderá nos despertar, pois que sendo o Brasil o maior produtor e exportador de diversos tipos de grãos, os transporta por mar num índice de nacionalização igual a ZERO, ou seja, sem navios brasileiros, equipagens brasileiras, sem nave peças brasileiras ( industria de manutenção de navios), sem interesse nesse seguimento. Gastamos pouco mais de 20 bilhões de dólares em frete marítimo... Enquanto os brasileiros dormem em berço esplêndido, como canta o nosso Hino Nacional, cegos para essa realidade. Parte da produção de exportação, parte dos royalties do petróleo e do gás, parte da arrecadação dos 40 portos brasileiros, parte do lucro da industria automotiva, da industria siderurgica, deverá fomentar a Indústria Naval Mercante e de Guerra em solo brasileiro.( ver nesse Blog: Os desmanches de navios na India)
Quanto o Brasil gasta, por exemplo, eu me pergunto, com a exportação de petróleo, aço, minério de ferro, alumínio e madeira de lei? Quanto gasta com o que importa?Quanto investe em navegação fluvial? Que mapeamento econômico o Brasil tem de seus mares e rios navegáveis? Quando em que tempo o Governo contratou as universidades e tecnicos para fazer esse mapeamento?
Há muito a fazer pelo "Brasil Submerso". Como o chama a Marinha do Brasil: A Amazônia Azul.

OBS melhorar esse texto com pesquisa de dados mais relevantes. É obvio, como não sou um perito no assunto, que muita dessas coisas já estejam em andamento ou existam. Mas um indice ZERO no transporte marinho, é mais do que vergonha nacional, é OMISSÃO CRIMINOSA.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

domingo, 25 de outubro de 2009

O Petróleo na Amazônia IX



Espetacular.
Cada dia mais eu acredito na Providência Divina. Não que ela seja um socorro providencial para resolver nossos problemas do dia a dia, mas é um socorro providencial para construção do bem. E quando a construção do bem converge para a solução de nossos pequenos problemas, também é um socorro pessoal. Por isso se diz, cuide das coisas de Deus (o construtor do Bem) que ele providenciará as tuas. O Bem construido te socorrerá.


Recebi de meu irmão mais novo, o Conselheiro Mauricio Requião, um raro exemplar, colhido entre a coleção de obras raras da Biblioteca Nacional, edição de 1951.


Ao abrir o volume, já na página 7, e logo adiante, na página 41, me surpreendi com um curioso texto que tratava da Constituição de um Condomínio Internacional sobre o Rio Amazonas. Vejam que há gente que tenta por todos os meios ( agora se compreende o porque) esconder essas tentativas de internacionalização das riquezas amazônicas. Corria então o ano de 1855 (mil oitocentos e cinqüenta e cinco). Já citei em outro texto (As Riquezas Minerais da Amazônia) e em "Atentados Contra a Soberania Nacional na Amazônia" excepcional texto de autoria do Coronel Roberto Monteiro de Oliveira, outros episódios, todavia quero ressaltar nesse texto um evento citado pelo General de Brigada e ex. comandante militar da Amazônia Thaumaturgo Sotero Vaz, que nos conta o episódio em que o Governo Norte Americano exigiu do presidente Epitácio Pessoa a entrega daquela área amazônica (1918), lembrando que o primeiro poço de petróleo foi furado na Amazônia em 1917. Thaumaturgo alerta para um problema um pouco mais delicado, ele afirma que as recentes resoluções da ONU, dariam salvaguarda a uma possível invasão de potência estrangeira ao Brasil suportada em cinco argumentos: Narcotráfico; proteção aos povos indígenas; ambientalismo violado, imigração ilegal, e interesse econômicos, considerados de interesse da humanidade.

Esses seriam os pretextos que vêm sendo deliberadamente construídos na Pan Amazônia.

Você não sabe o que é a Pan Amazônia? É uma área internacional, que envolve Brasil, Peru, Bolívia, Equador, Colômbia, Venezuela e Guianas. è area mais abrangente qua a Amazônia Legal Brasileira. Essa área segundo eles, é PATRIMONIO DA HUMANIDADE, área de interesse imternacional.

O embaixador Araujo Castro, em 1971, em Washington denunciava um cerceamento por pressão internacional no desenvolvimento da região e da diminuição instrumentalizada do poder do Estado sobre a região, e ressaltava: "quando falamos em poder, não estamos falados apenas em poder militar, falamos poder político, poder econômico, poder científico e tecnológico". Essa surpreendente e corajosa afirmação eu encontrei no site do Exército Brasileiro. Isso corrobora com uma antiga afirmação que venho fazendo: Regiões preservadas do planeta ( e no Brasil, via de regra) escondem grandes reservas energéticas e minerais.

E terminava o embaixador: Nenhum país escapa ao seu destino, e o Brasil, feliz ou infelizmente está destinado à grandeza” 1971.

O Brigadeiro Sergio Xavier Ferola, que foi Ministro do Tribunal Militar, na Revista Farol, número 100, faz uma resenha dessas tentativas estrangeiras, passando por holandeses e ingleses, para demonstrar a cobiça internacional, pretendendo aqui fazer o que foi feito com a África um loteamento econômico, um Condominio.

Em 2004 o coronel Roberto de Paula Avelino, ao defender o aumento de efetivo para a Calha Norte sob sua gerência, defende o que hoje já é quase um consenso, que as forças armadas, além de suas atribuições, e de outras que vinha executando, haveria de construir na região hospitais e escolas em parceria com os municípios. Reclamava, porém dos parcos recursos militares para executar a representação do Estado Nacional, nas regiões mais afastadas, em todos os seus poderes, fazer o correio, o transporte de gêneros essenciais, a guarda das fronteiras, a segurança civil da região, e outras atividades, como pesquisa, levantamentos topográficos, auxilio a conservação de estradas, radio comunicação, abertura de pistas de pouso, criação de vilas militares, socorro em catástrofes, etc.

Sob o ponto de vista civil:

A legislação deverá ser autorisativa e não proibitiva, ou seja, o que se pode fazer e até que limites. A lei, portanto, é um incentivo e um plano de ação das possibilidades econômicas da área e não um cerceamento do desenvolvimento, imposto, como acima denunciava o embaixador.

Os incentivos aos pequenos e médios empreendedores é uma necessidade na Região. Os APLs (Arranjos produtivos locais e regionais têm dado bons resultados no Paraná). O plano diretor das vilas e cidades é de necessidade extrema na área. Fábrica de embarcações baratas e seguras, com motores nacionais, urge na Amazônia. O uso de pequenos zepelins pode viabilizar outro eficiente tipo de fiscalização, pesquisa e controle. Projetos de educação suportados pela cooperação federada, onde estados mais populosos, enviam pessoal e recursos, poderiam definitivamente alavancar a educação e competência daquelas populações. O exército, marinha e aeronautica, com o serviço militar obrigatório, sem aceitar o excesso de contingente, ao menos na região, poderia desenvolver capacitações e dar os instrumentos, para formar uma juventude mais engajada, operante e nacionalista.

A transferência temporária da Capital Brasileira, como prevê a Constituição Federal, levaria o Estado para o centro da região, acabando com a noção de que aquela área está na periferia do Brasil Nação. A documentação civil dos indígenas que vivem em território brasileiro, lhes daria cidadania plena, direitos e deveres, afastando o fantasma de nações indígenas independentes.

A construção de uma Estrada de Ferro, circular, no trajeto já projetado para a segunda etapa das estradas Amazônicas, circundando toda a região, até o Amapá, colocaria definitivamente a região sobre a proteção fisica e econômica do Estado Brasileiro. A poda criteriosa da floresta é capaz de gerar todo o material primário em termos de madeira, e celulose para as necessidades da indústria brasileira e o excedente para exportação. Laboratórios bioquímicos nacionais, ligados às nossa universidades, espalhados pelo imenso território pesquisariam remédios e produtos químicos úteis. A água-cultura nos lagos e igarapés seriam verdadeiras fábricas geradoras de pescados e outras espécies aquáticas para equilíbrio e consumo. A produção de petróleo deverá ser expandida, ou aquilatada e ou reservada. Os minérios devem ser explorados em planos racionais, pois de nada adianta a hipocrisia preservacionista aos brasileiros, enquanto grandes mineradoras estrangeiras, madeireiras asiáticas, companhias químicas estrangeiras e laboratórios de patentes estrangeiros, vão dominando há mais de cinqüenta anos toda a região, com imensas quantidades de extração de minério e outras riquezas.

Cada área racionalmente ocupada na Amzônia terá obrigatoriamente uma correspondente área restaurada em outras regiões do Brasil. Ou seja, qualquer projeto desenvolmentista apresentado para a Amazônia dependerá da previa destinação de área e recursos para sua preservação, em uma outra região brasileira, o que equivale a um remanejamento ambiental visando a sutentabilidade ambiental.

Petróleo na Amazônia VIII.

Nesse ante penúltimo texto sobre o assunto Coari( numa serie de dez), mostramos essa matéria do BNDS datada de 2007. Ela não responde a questão do gasoduto proposta abaixo. Você verá nela algumas contradições com o que já foi dito. No entanto a matéria indica alguns grupos econômicos que podem ser pesquisados de modo que o leitor compreenda a "Rede" que existe, sempre que se trata do verbete Energia.O resultado do dinheiro público aplicado em infra-estrutura milionária ou bilionária acaba , direta ou indiretamente, em mãos privadas.( exemplo pedágio, etc)

O texto:

BNDES aprova financiamento de R$ 2,49 bilhões para construção do gasoduto Coari-Manaus (AM)
Notícia do site do BNDES
• Projeto vai substituir óleo diesel importado por gás natural de origem nacional.
• Empreendimento do PAC vai gerar cerca de 36 mil empregos
O BNDES aprovou financiamento de R$ 2,49 bilhões à Transportadora Urucu Manaus S/A (TUM) para a implantação,
no Estado do Amazonas, do gasoduto de transporte de gás natural Coari-Manaus, com cerca de 383 quilômetros de
extensão. O projeto prevê ainda a construção de nove ramais de distribuição de gás natural para atender a sete
municípios amazonenses localizados ao longo do traçado do gasoduto tronco, além da instalação de um duto para
transporte de gás liquefeito de petróleo (GLP duto), de 279 quilômetros de extensão, ligando o Pólo Arara, em Urucu,
ao Terminal de Solimões (Tesol), em Coari.
O empreendimento, que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, deverá
gerar cerca de 36 mil novos empregos durante a fase de implantação, sendo nove mil empregos diretos.
O gasoduto Coari-Manaus terá capacidade para transportar 5,5 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia.
Essa capacidade de transporte, no entanto, poderá ser ampliada em fases subseqüentes, de acordo com o
desenvolvimento do mercado, para até 10 milhões de metros cúbicos/dia, mediante a instalação de mais estações de
compressão ao longo de seu traçado.
A construção do Gasoduto Coari-Manaus permitirá que o gás natural produzido em Urucu, hoje reinjetado e
queimado, chegue até a capital do Amazonas e a outros sete municípios (Coari, Codajás, Anori, Anamã, Caapiranga,
Manacapuru e Iranduba) para geração termelétrica e demais usos, em substituição aos derivados de petróleo,
principalmente o óleo combustível e o óleo diesel.
Entre os méritos do projeto, que implicará forte inserção do gás natural na matriz energética regional, destacam-se:
ganhos econômicos pelo aproveitamento comercial do gás natural produzido em Urucu; ganhos ambientais pela
substituição do consumo de óleo diesel e combustível por gás natural, com menor concentração de óxidos de
nitrogênio e de enxofre; e economia de divisas, ao possibilitar substituição de volume significativo de óleo diesel, em
grande parte importado, por gás natural de origem nacional.
A Transportadora Urucu Manaus S/A é uma sociedade de propósito específico (SPE) criada para desenvolver o
gasoduto, visando permitir o aproveitamento econômico das reservas de gás natural da Petrobras, na Bacia do
Solimões.
Meio Ambiente
A Petrobras firmou parceria com o governo do Estado do Amazonas, por meio da Secretaria de Desenvolvimento
Sustentável (SDS), no valor de R$ 42,4 milhões, para a implantação de programas de promoção do desenvolvimento
sustentável nas comunidades da área de influência do projeto. Entre esses programas, destacam-se os voltados às
cadeias produtivas de castanha, mel, farinha de mandioca e madeira (planos de manejo florestal).
O projeto do Gasoduto Coari-Manaus conta com licença de instalação concedida pelo Instituto de Proteção Ambiental
do Estado do Amazonas (IPAAM). O processo de licenciamento ambiental do Gasoduto Coari-Manaus envolveu
amplo diálogo com os órgãos governamentais do Amazonas, movimentos sociais, organizações ambientalistas,
entidades de classe, empresas públicas e privadas, profissionais, pesquisadores e lideranças políticas da área de
influência do gasoduto. Para a realização do EIA-RIMA, a Petrobras contratou a Universidade Federal do Amazonas
(UFAM), que formou uma equipe composta por 57 pesquisadores.
Mercado
A Unidade de Exploração e Produção da Bacia do Solimões , localizada na Província Petrolífera de Urucu, a 650
quilômetros a sudoeste de Manaus, é responsável pela produção média de 60 mil metros cúbicos/dia de petróleo,
além de 9,5 milhões de metros cúbicos/dia de gás natural associado. Esse volume faz do Amazonas o segundo maior
produtor nacional de óleo equivalente e, do município de Coari, o maior produtor brasileiro.
O petróleo de Urucu é de alta qualidade, sendo o mais leve dentre os óleos processados nas refinarias do País. Em
Urucu, encontra-se a maior Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do Brasil que, em conjunto com
outras duas unidades existentes na região, têm capacidade diária de processamento de 1,5 mil toneladas de GLP e
9,6 milhões de metros cúbicos de gás natural.

Petróleo na Amazônia VI

O Inicio da Construção do Gasoduto em Coarí-Manaus ( 2006).
O texto procura mostrar os entraves e revezes da obra.
(26/06/2006 )

texto

Representantes dos petroleiros, o presidente Lula e a deputada Vanessa em Urucu
Com a presença do presidente Lula, foi dado início as obras do gasoduto Coari-Manaus que vai transportar o gás natural da região de Urucu até a capital amazonense. O combustível será fundamental para a mudança da matriz energética da região. A deputada Vanessa vem lutando desde 2001 para que o projeto fosse consolidado.
A obra pode gerar quase 3,5 mil empregos diretos e 10 mil indiretos. O custo estimado para os cerca de 670 quilômetros do gasoduto é de de US$ 1 bilhão. A obra era anunciada desde 1998.

"Faz 20 anos que a Petrobras descobriu a reserva de 48 milhões de metros cúbicos de gás natural no Solimões", lembrou o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau. "Demorou para que essa reserva fosse explorada porque governantes anteriores tinham dúvidas para quem iria essa riqueza. Podia se pensar em um gasoduto Coari-Campinas, mas a gente garantiu que o gás fosse do próprio estado".

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou rapidamente. Gripado e visivelmente abatido, Lula destacou a demora para tirar o projeto do papel. "A Amazônia tem 20 milhões de habitantes, que precisam estudar e trabalhar. Entre querer fazer e conseguir iniciar essa obra o intervalo foram de dois anos [o termo de compromisso para construção do gasoduto foi assinado em 2004]. A gente enfrentou muitas dificuldades".

Em Coari, o presidente deu o primeiro ponto de solda da construção do gasoduto, que deverá estar terminado apenas em março de 2008. As obras devem gerar 3.400 empregos diretos e 10 mil empregos indiretos, com o compromisso de que 60% dessa mão de obra direta seja contratada no estado.
Entenda o caso
Década de 80
As primeiras jazidas comerciais na região do Urucu (Coari-AM) de petróleo e gás natural foram descobertas em 1986. Nos anos seguintes foram feitas várias perfurações com sucesso: Leste do Urucu em 1987, Sudoeste do Urucu em 1988. Carapanaúba, Cupiúba em 1998 e Igarapé Marta em 1990. Em conjunto, elas formam a província de petróleo e gás natural do Urucu. As reservas provadas chegam a 51.465,40 milhões de metros cúbicos (7,05 milhões m³/dia) e as reservas totais 84.361,43 milhões de metros cúbicos (11.56 milhões m³/dia).
Dados da Eletrobras no dia 24 de abril em audiência pública na Câmara dos Deputados.
Década de 90
Passou-se a estudar o aumento da produção de petróleo e gás e o aperfeiçoamento do sistema de transporte das riquezas. O projeto original que resultou desses estudos envolvia a ampliação da produção de gás natural para 5 milhões de m³/dia e o transporte de gás natural por gasoduto de Urucu a Coari. Em 98, o projeto foi substancialmente modificado e trocado pelo gasoduto Coari-Manaus.
Em 04 de junho de 1999, em Urucu, no município de Coari, na presença do presidente Fernando Henrique Cardoso, foram assinados dois Termos de Compromisso envolvendo os estados do Amazonas e Rondônia. No caso do Amazonas, o Termo de Compromisso envolveu a Gaspetro, Petrobras, Eletronorte e Cigás, tendo como intervenientes os governos do Amazonas e o Ministério das Minas Energia, para a construção do gasoduto Coari-Manaus.
Segundo a direção da Petrobras a partir da assinatura dos dois Termos de Compromisso as negociações foram paralisadas pelo Governo do Estado do Amazonas, o que inviabilizou de imediato a construção da obra
Após uma viagem aos Estados Unidos, o então governador Amazonino Mendes fez a Cigás publicar em 30 de julho de 2001 um Edital de Chamamento Empresarial na época conhecido como edital alfaite. Ou seja, feito sob medida para impedir que a Petrobras participasse da licitação que nitidamente favorecia a empresa norte-americana American Commerce Line International (ACL).
A multinacional foi a única a se enquadrar nos critérios, uma vez que a Petrobras foi expressamente proibida de participar da "licitação". A Fogás, que tinha interesse em participar do empreendimento, também foi alijada do processo pelo edital alfaiate do governador, pois além de ter atividade concorrente com a Cigás, não possuía patrimônio superior ou igual a quatro vezes o valor da proposta (quase US$ 2 bilhões), critérios expressos no edital.
O Ipaam, órgão ambiental estadual, é pressionado para fazer politicagem e não permitir que a Petrobras construa o gasoduto entre Urucu e Porto Velho. Ao contrário do Amazonas, os contratos de Compra e Venda, Transporte e Fornecimento de Gás Natural para Porto Velho (RO) estavam em fase adiantada de negociação. Em janeiro de 2001, a Petrobrás protocolou junto ao IBAMA, o pedido para licenciamento prévio para a construção do mesmo, mas o governo do Amazonas, por meio do ofício do Ipaam nº 288 de 10.05.01(ratificado pelo ofício nº 421 de 22.06.01), encaminhado ao Ibama, se recusou a aceitar o gasoduto, porque grande parte do projeto passava por terras do Estado.
A correspondência tinha cunho político. Isso porque não houve sequer análise técnica do Estudo de Impacto Ambiental e do Relatório de Estudo de Impacto Ambiental – EIA/RIMA do gasoduto vizinho.
O governador Amazonino ultrapassa as fronteiras do Estado e das leis com o único objetivo de prejudicar nosso vizinho impedindo a consolidação do projeto. Neste caso o governador prejudica também o Amazonas que deixa de recolher o ICMS relativo à venda do gás.
Em 22 de agosto de 2001, a deputada federal Vanessa Grazziotin, o deputado estadual Eron Bezerra, ambos do PCdoB, e a representação sindical dos petroleiros, ingressam na Justiça Federal do Estado do Amazonas com uma Ação Popular cujo o principal objetivo foi declarar a nulidade do edital.
Entre as base da peça jurídica, destacavam-se: o governo estadual não tem poder nem autorização para definir e dirigir o processo de transporte de gás natural, pois de acordo com a Constituição Federal, artigo 177, inciso IV, o transporte de petróleo e gás natural é monopólio da União, que poderá atuar diretamente ou conceder à terceiros. Aos Estados, por sua vez cabe, nos termos do § 2º do artigo 25 da Carta Magna, "explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para sua regulamentação".
O Chamamento Empresarial também não poderia ser feito porque está em vigor o Termo de Compromisso assinado em 1999 para a construção do gasoduto Coari-Manaus, uma vez que ele só perderia a validade caso uma das partes manifestasse desistência, o que não aconteceu.
Outra grave inconstitucionalidade foi a exclusão de empresas estatais do processo, no caso a Petrobrás. Diz o edital: "Não poderão participar neste Chamamento Empresarial, isoladamente ou como empresa líder do consórcio, empresas estatais ou controladas por ente estatal".
O edital foi feito sob medida, era alfaiate. Tinha com o único objetivo beneficiar só um modelo de transporte, o feito por barcaças. O edital premiava, com uma quantidade superior de pontos, as empresas que apresentassem proposta para esse meio de transporte enquanto que os pontos dados a modalidade gasoduto eram muito inferiores.
No dia 31 de agosto, o juiz federal Marcelo Motta de Oliveira, respondendo pela 4ª Vara Federal do Amazonas, concedeu liminar favorável aos parlamentares suspendendo os efeitos jurídicos do Edital de Chamamento Empresarial. Reconhecendo o aspecto inconstitucional do edital, diz um trecho do despacho do juiz: "O Estado do Amazonas não pode, assim, conceder à CIGÁS – COMPANHIA DE GÁS DO AMAZONAS, aquilo que não lhe é atribuído pela Constituição da República. Não pode, ainda, selecionar e conceder tal serviço a terceiros sem autorização da Agência reguladora".
O magistrado também destacou a ilegalidade do item 4.2.3 do edital que proíbe a participação de empresas estatais, destacando: "quanto à cláusula que veda a participação isolada ou como empresa líder de consórcio, de empresas estatais ou controladas por ente estatal, é aparentemente tão ilegal, abusiva e contrária ao interesse e à moralidade públicos que o Estado do Amazonas, em sua manifestação não encontrou um único argumento para defendê-la".
Coube ao governo do Estado recorrer ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília, requerendo a suspensão da medida liminar deferida pelo juiz federal no Amazonas. No dia 11 de setembro, o presidente do TRF, juiz Tourinho Neto, determinou que o Ministério Público Federal fosse consultado antes de apreciar a suspensão da liminar, autorizando somente o recebimento das propostas, não permitindo entretanto o exame das mesmas.


Século XXI
Em 2002, após sua posse, o presidente Lula, juntamente com a Petrobras, tomou a decisão de construir o gasoduto e apesar dos muitos problemas, todas as etapas estão sendo cumpridas.
Situação atual do gasoduto
Termo de referência assinado em 14/10/2003
Estudos Ambientais concluídos 14/10/2003
Licença Prévia 22/04/2004
Licença de Instalação 26/04/2004
Autorização de Construção 29/11/2004
Decreto de Utilidade Pública 22/04/2005
Outras atividades concluídas
Armazenamento dos tubos nas clareiras
Próximas etapas
Previsão de início de enterramento de tubos: julho de 2006;
Previsão da conclusão de construção e montagem: dezembro de 2007 e;
Previsão de operação comercial: março de 2008.

Pequisa do G 23 ( blog da deputada Vanessa).

Petróleo na Amazônia V

Gás e Petróleo em debate na Câmara Federal.

Idéias para o brasileiro pensar.


Senhor Presidente, Sras. e Sres. Deputados,

Infelizmente, ocupo esta tribuna hoje para denunciar. Denunciar que o Brasil vem perdendo 500 milhões de reais por ano. Isso mesmo: 500 milhões de reais por ano. Dinheiro que daria para pagar mensalmente um salário mínimo para 100 mil pessoas durante um ano. Esta denúncia não é nova. Ela foi protocolada no dia 24 de outubro do ano passado no gabinete do Presidente da República e até agora nenhuma resposta foi dada. A bacia petrolífera de Urucu, no Amazonas, já ultrapassou a barreira dos 9 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia produzidos e processados. Porém, nenhuma molécula deste gás foi aproveitada pela população local, nem por qualquer outro brasileiro. Todo esse gás foi queimado e devolvido ao subsolo.
Para que se tenha uma idéia do que representa esses 9 milhões de metros cúbicos de gás/dia, basta lembrar que a soma de todo o consumo de gás natural veicular no Brasil é de 7,1 milhões de metros cúbicos/dia. Ou seja, poderíamos vender todo o gás consumido pelos automóveis brasileiros a custo zero que o prejuízo ainda seria menor. Este volume de gás corresponde a 30% do que importamos da Bolívia, a preços altos e suprimento incerto. De todo o gás importado da Bolívia, 3% foi utilizado para gerar energia em Cuiabá, cuja energia, nos últimos meses, tem sofrido restrições em função do bloqueio no suprimento do gás por parte do governo boliviano.

É isso mesmo, Senhor Presidente! A Usina Termelétrica de Cuiabá vem sistematicamente tendo que ser desligada por falta do gás vindo da Bolívia. A explicação oficial do governo boliviano é de as interrupções resultam de problemas operacionais nos compressores de uma estação do gasoduto na região do Rio Grande. Coincidentemente, isso tudo está ocorrendo justamente no momento em que a usina negocia um novo contrato de compra do gás com a YPFB – empresa estatal petroleira do governo de Evo Morales. Além do mais, já é de conhecimento de todos nós o aumento do preço do gás – de pelo menos 7% - imposto ao Brasil pelos bolivianos.

Clamo por uma ação firme e urgente junto ao Ministério de Minas e Energia para que se mostre as verdadeiras razões que impedem o uso de nossas riquezas. O Gasoduto Urucu-Porto Velho precisa ser reconhecido pelo governo federal como um empreendimento de infra-estrutura, de utilidade pública e redutor das desigualdades regionais. E eu vou mais longe: o Gasoduto Urucu-Porto Velho precisa ser visto como uma obra estratégica de defesa e preservação da soberania nacional.

Em recente reunião da Bancada de Rondônia com o Senhor Presidente da República, na presença da Ministra Dilma Roussef, nos foi dito que não há gás na Província de Urucu e Juruá para abastecer o gasoduto, e consequentemente, atender o Estado de Rondônia. Isso é o mais completo absurdo, uma falta de respeito com o povo rondoniense. Esta afirmação, vinda de membros da mais alta cúpula do governo, nos preocupa muito, tanto em relação ao nosso Estado quanto em relação à Petrobrás. A Petrobrás é sócia da empresa de distribuição de gás natural em Rondônia, e participa de uma empresa com o propósito exclusivo de construir e operar o gasoduto Urucu-Porto Velho. A Petrobrás assinou vários compromissos com o Estado de Rondônia visando disponibilizar o gás natural àquele Estado. Recentemente, a empresa encaminhou correspondência para a Eletronorte, a Eletrobrás e ao Ministério de Minas e Energia disponibilizando o gás em volume suficiente para atender todo o Estado de Rondônia, na qual solicita a assinatura do contrato de compra e venda do gás.

A Agência Nacional do Petróleo confirma a existência de gás natural na Província de Urucu e Juruá em quantidade suficiente para atender 9 milhões de metros cúbicos de gás/dia durante 20 anos. Isto é fato, todos sabemos! E agora vêm nos dizer que não há gás, que o gás acabou, que o gás sumiu? Isso é piada de mau gosto!

Diante disso tudo, ficam os questionamentos: se a Petrobrás, a ANP e as próprias empresas termelétricas afirmam que tem gás na bacia de Urucu, onde está a verdade? Como é que autoridades do governo vêm agora dizer que não há gás depois que o próprio governo gastou milhões para fazer o projeto? E mais: como pode o Gasoduto Urucu-Porto Velho estar incluído no PAC como obra em estudo, depois de o presidente da República ter baixado decreto tornando de utilidade pública toda a área atingida pelo projeto, tendo inclusive desapropriado terras? São inconveniências desse governo que não consigo compreender.

Só posso concluir, Senhoras e Senhores, telespectadores que me assistem, que o povo de Rondônia está sendo enganado pelo governo. Ou será que o Presidente Lula também vai dizer que não sabe de nada?

Assumi com o meu Estado de Rondônia vários compromissos, entre eles o de defender, intransigentemente, o interesse público; de trabalhar pela redução das desigualdades regionais - que em nosso caso são ainda gritantes – e, sobretudo, de não me calar diante de qualquer agressão ou desrespeito para com os rondonienses. Por isso, alio-me aos estudantes de Rondônia. Queremos e exigimos o Gasoduto já, pois, acima de tudo, ela é uma obra de interesse do Brasil.

Era o que tinha a dizer, Senhor Presidente.

Muito obrigado.

Petróleo na Amazônia IV

Gazeta Mercantil( 4 de Setembro de 2001) apenas para reforçar.



URCU AUMENTA A PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GLP EM AGOSTO
MANAUS, 4 de Setembro de 2001 - A Petrobras registrou, no mês passado, crescimento de 4,1% na extração de
petróleo e de 9% na produção de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) na bacia petrolífera de Urucu, no Amazonas, a segunda
maior reserva em terra do País. A oferta de petróleo na província de Urucu, no município amazonense de Coari (a 370
quilômetros de Manaus), passou de 50,3 mil barris por dia (Bbl/dia) em julho para 52,4 mil Bbl/dia em agosto. E a produção
de GLP, de 836 toneladas para 911 toneladas no período analisado.
Em termos nominais, a extração de petróleo e a produção de GLP em agosto foram ainda maiores. A de petróleo
chegou ao recorde de 58,6 mil Bbl. Em maio deste ano, a Petrobras havia registrado uma extração de 56 mil Bbl, produção
que considerava até então sua capacidade máxima de extração do mineral diante da infra-estrutura que mantém na
província petrolífera de Urucu.
Quanto ao GLP, o popular gás de cozinha, chegou a 1.005 toneladas em agosto, 20,2% que a média de julho, de 836
toneladas. O produto atende à demanda dos estados da Amazônia Ocidental (Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima), mais
o Pará, Amapá e as cidades de São Luiz e Imperatriz, no Maranhão. Sua maior oferta credencia a estatal a intensificar o
atendimento de estados hoje abastecidos parcialmente, como Maranhão e Amapá.
A expectativa da companhia, informa o gerente de ativo de produção de Urucu, Mauro Mendes, é que a produção até
o final deste ano se mantenha na média de 54 mil Bbl/dia. Segundo ele, o fato de a produção em julho não ter alcançado
esse patamar no mês passado foi porque os equipamentos do complexo de Urucu passaram por manutenção. ´Nossa
capacidade nominal de extração é de 54 mil barris. A meta é alcançá-la a partir deste mês, mantendo-a até o final deste
ano´.
Segundo Mendes, até o momento não há previsão para a realização de novos investimentos que proporcionem o
aumento da extração de petróleo em Urucu. Ele afirma que a Petrobras está na expectativa da definição do tipo de
transporte do gás natural para Porto Velho e Manaus para realizar investimentos no setor.
A oferta atual do gás é de aproximadamente 6 milhões de metros cúbicos por dia. A oferta é pelo menos 50% maior
que a demanda dessas duas capitais para os primeiros anos de utilização da nova matriz energética. A companhia estima
que a demanda de Manaus está entre 2,5 milhões e 3 milhões de metros cúbicos por dia. E de Porto Velho, de até 1,5
milhões de metros cúbicos diários.
O gerente comercial da Refinaria de Manaus Isaab Sabbá (Reman), Ítalo Reis, disse que, por enquanto, a empresa
também não tem projetos para ampliação de sua capacidade de refino, atualmente de 46 mil Bbl de petróleo por dia. ´Os
projetos de Urucu e Reman foram concebidos para igualar capacidade de extração e de refino´. Segundo o gerente, por
esse motivo não há por enquanto necessidade de ampliações. (Hudson Braga, Gazeta Mercantil Amazonas)

Petróleo na Amazônia III

Aqui, em Breve foto de satélite mostrando as regiões de Petróleo na Amazônia Legal. (estou tendo dificuldade em salvar esse documento Landsat/Petrobrás).




ESPECIAL Petróleo no ACRE ( Diário do Comercio)

PROSPECÇÃO DE GÁS E PETRÓLEO –
Uma economia sólida para o Acre.

O estado está inserido na mesma bacia sedimentar do Rio Solimões, visitada pelo senador Tião Viana junto com comitiva acreana
Foto da Petrobras mostra com mais detalhes a inclusão do Acre na bacia sedimentar do Solimões

Texto: Romerito Aquino
Fotos: Petrobras
O fato de estar inserido na bacia sedimentar do Solimões, onde a Petrobras explora hoje muito gás natural e petróleo na Província de Urucu, no Amazonas, confere ao Acre grande probabilidade ( la existem alguns posso furados e lacrados)da existência desses dois produtos em seu território, com tendência a ter mais gás natural, considerado 40% mais limpo do que o petróleo.
Essa é a estimativa feita pelos técnicos da Petrobras durante a visita que a delegação acreana, liderada pelo senador Tião Viana (PT-AC), fez semana passada à Província Petrolífera de Urucu, situada no município amazonense de Coari, para ver de perto os resultados da produção de petróleo e gás em plena floresta amazônica.
“As rochas que temos no Amazonas vão até o Acre. Tem parte de rochas daqui que não vão até lá. Mas o Acre está inserido no contexto da bacia do Solimões. Do ponto de vista técnico, aqui tem mais óleo do que lá ( em Urucú). A princípio, a tendência lá (no Acre, porém em outro estudo publicado por nós,( Froés de Abreu) os geologos acreditavam que quanto mais ao Oeste, maior a probabilidade) é ter mais gás natural”, destacou o geólogo Ronaldo Bressani, gerente de Planejamento da Petrobras na bacia sedimentar do Solimões.

Naquela região(Urucu) da floresta amazônica, a Petrobras produz hoje diariamente, numa área desmatada de menos de 100 hectares e com o mínimo de impacto ambiental, 60 mil barris de petróleo e 10 milhões de metros cúbicos de gás natural. Essa produção resultou no ano passado no repasse para o Amazonas da ordem de R$ 1 bilhão em pagamento de royalties e de impostos como o ICMS e o ISS. Segundo o geólogo da Petrobras, a previsão para este ano é que o repasse para o vizinho estado cresça para R$ 1,2 bilhão por conta do aumento do preço do petróleo no mercado internacional.

Segundo Ronaldo Bressani, a quantidade de gás e de petróleo que pode ser encontrada no Acre só poderá ser conhecida ( ver no Mesmo Diário do Comercio, e Tribuna do Acre de 14 abril de 2006, materia sobre os antigos poços lacrados em 1936) após a realização de estudos acurados no estado. “Sem dúvida, há perspectiva de haver gás e petróleo no Acre. Na verdade, o nosso problema lá hoje eu diria que é o nível de conhecimento, que ainda é pequeno ( profundadade dos anti clinais). A verdade é que na atividade de prospecção de petróleo você trabalha muito com métodos indiretos e a nossa maior evidência e a forma de comprovar é furando um poço”, assinalou o geólogo.
De acordo com o geólogo, hoje os métodos indiretos são muito incipientes e o pouco que foi feito no Acre, particularmente no Vale do Juruá, data de muitos anos atrás. “Depois que quebrou o monopólio, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) nunca ofertou áreas ali que pudessem ser trabalhadas. Agora é que a gente está se preocupando nesse sentido”, completou Bressani.

Petrobrás elogia ineditismo do debate acreano

O chefe do escritório da Petrobrás em Brasília, Carlos Alberto Figueiredo, que acompanhou a delegação acreana levada a Urucu pelo senador Tião Viana, autor dos recursos disponibilizados no orçamento da União para a ANP promover este ano a prospecção de gás e petróleo no Acre, fez questão de elogiar a decisão da sociedade acreana de discutir a indústria petrolífera antes mesmo de o estado saber se possui ou não combustíveis fósseis. (?)

Ao falar da comitiva acreana que foi a Urucu no dia dois de abril, que era formada pelo vice-governador César Messias, deputados federais, deputados estaduais, vereadores e representantes da indústria e dos trabalhadores urbanos e rurais, além de ambientalistas e jornalistas, Carlos Figueiredo destacou o ineditismo da coesão do Acre em querer conhecer de perto a produção de combustíveis na floresta.

“Considero muito positiva essa iniciativa. É uma alternativa econômica para o Estado do Acre. No próximo leilão, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) está considerando colocar alguns blocos para serem leiloados e creio que o primeiro caminho é exatamente este. É a sociedade organizada do Acre, o poder público do estado, seus parlamentares, seus senadores, discutirem essa indústria na sua complexidade social, ambiental e econômica”, destacou Figueiredo, após ressaltar que o contato da Petrobrás com a comitiva acreana só faz engrandecer a companhia no debate petrolífero. “Nós temos muito a agradecer essa visita, a esse grupo que aqui veio”, completou. ( esse comentário é do G 23: antes da divulgação do pré -sal, se tentou reduzir a faixa de aguas territoriais Brasileiras, vocés devem lembrar, entregando a totalidade dessa possibilidades do Pre Sal, para aguas internacionais, depois se optou pala venda internacional de ações da Petrobras. Deve-se ainda, salientar, que geologos de companhias estrangeiras pesquisam no Amazonas Legal desde 1917. E que nas fronteiras do Acre, fora do território nacional se explora petrõleo , consultar Landsat).

Segundo Figueiredo, a iniciativa do Acre é raramente vista no mundo da indústria do petróleo. “Vocês estão se organizando para receber a indústria do petróleo. Acredito que vocês vão ser exitosos, independente de ter ou não ter petróleo no Acre. Vocês estão conhecendo a indústria. Ou seja, se vier a ter petróleo no Acre, a sociedade vai estar preparada para isso”, destacou o funcionário da Petrobrás.
Ele também elogiou as preocupações da comitiva acreana em analisar os impactos de se produzir petróleo e gás em plena selva amazônica. “Vocês estão avaliando os impactos. É claro que uma indústria desse porte tem impactos positivos e negativos. Vocês verão que o resultado dos impactos é positivo. Quer dizer, os impactos negativos são bem menores do que os impactos positivos.

Do ponto de vista econômico, a rentabilidade é alta. Do ponto de vista socioambiental, se a atividade for explorada adequadamente, dentro dos padrões de Urucu, que reconhece as comunidades, as culturas e os saberes locais, os impactos positivos que a indústria pode trazer para a região são muito positivos”, completou Figueiredo. Ele informou que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) não autoriza prospecção de petróleo e gás em qualquer área indígena ou unidade de conservação do país, muito menos estando estas situadas na região amazônica. (R.A.)

Extremos cuidados ambientais minimizam riscos

Foi de exatos 253 hectares o tamanho da área que a Petrobrás reflorestou na Província Petrolífera de Urucu desde o ano de 1992, três anos depois de chegar na região para estudar a existência de gás e petróleo. A recuperação florestal dessa área, que correspondente a mais de dois terços do que foi desmatado desde 1989, foi feita com a ajuda de instituições de pesquisa como a Embrapa, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e o Museu Emílio Goeldi, além de instituições de ensino e pesquisa como as Universidades Federais do Amazonas e da Amazônia (PA) e Universidade Estadual do Amazonas.

“A função aqui dos institutos e pesquisas e das instituições de ensino e pesquisa é gerar tecnologia. Para qualquer recuperação de área degradada, existe falta de tecnologia e de metodologia para que sejam seguidas. Então, a função dessas instituições é gerar essas tecnologias para cá e para toda a Amazônia”, assinalou o engenheiro florestal Nilton Silva Benjamin Pardo, que coordena os trabalhos do gigantesco viveiro de plantas nativas.

Segundo o engenheiro florestal Nilton Pardo, o reflorestamento em Urucu começou a partir de 1992 com o objetivo de diminuir o passivo ambiental que existia na região. “Hoje, a gente faz apenas manutenção, pois toda aquela área aberta já foi recuperada, já foi plantada. Foram reflorestados 253 hectares de floresta. Hoje existe menos de 100 hectares abertos. Neste período, foram plantadas mais de dois milhões de mudas de 40 espécies endêmicas que só ocorrem na região amazônica”, assinalou Nilton Pardo.

O engenheiro explicou que o replantio da floresta contou com a participação e o conhecimento da população local, além de mateiros e trepadores, que usam as técnicas de escalada em árvores pelo método do rapel e o uso da peçonha. “Nós usamos o conhecimento das comunidades tradicionais aliado àquilo que já existe de tecnologia voltada para a recuperação de áreas degradadas. Com isso, reduzimos ao mínimo o impacto da exploração do petróleo ao meio ambiente florestal”, destacou Pardo.
Sobre o reflorestamento, o engenheiro lembrou que em Urucu, a Petrobrás procura imitar a natureza e o que ela faz para recompor as áreas degradadas. “Nós utilizamos espécies de diversas categorias ecológicas. São espécies pioneiras e espécies clímax. Pioneiras são aqueles que se estabelecem primeiro em qualquer ambiente degradado e as espécies clímax são as que precisam de um ambiente com menor luminosidade e temperatura. São espécies melhoradas. O que a gente procura fazer aqui é imitar a natureza, o que a natureza faz”, assinalou.

A Petrobrás também mantém uma central de reciclagem em Urucu que tem por objetivo gerenciar todos os resíduos gerados da base petrolífera tanto de origem doméstico quanto de origem industrial. Ali, é gerada diariamente uma tonelada de lixo, sendo 60% de resíduos orgânicos e 40% de material reciclável e rejeitável, que é a parcela que não tem característica de reaproveitamento. (R.A.)

OBS, apenas a exploração de Urucu, fez da Bacia Sedimentar do Solimôes a segunda produtora de óleo do Brasil, superada apenas pela Bacia de Campos. ( pré Sal ainda é sugeita a investigações) Vejam, que a prefuração na Amazônia Legal Brasileira, embora feita por décadas está apenas no começo. Resta dizer, que essa área que corresponde a 60% do território Nacional, possui mais de 90%da base de sustentação primaria da economia Brasileira para os proximos anos, precisa sim ser incorporada ao Uso economico pelo Brasil) sem contar, que ali estão 50% da biodiversidade do planeta, e uma imensa quantidade de água potável. Isso diz respeito a saúde e garantia de vida dos homens, não apenas a saúde das maquinas". Até agora, o uso economico da região, longe dos olhos dos brasileiros tem sido de proveito de mineradoas estrangeiras, laboratórios estrangeiros, madereiras asiáticas, "Petrolera" estrangeiras que exploram na Amazônia Colombiana, Bolivian, Equatoriana, etc. Quando nós vamos acordar? Urge a transferência da Capital Brasileira para o Coração da Amazônia.

Ver em nosso Blogs Ongs e Oscipes ferramentas de demolição das Soberanias Nacionais.

G 23 pesquisa.