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sexta-feira, 27 de março de 2009

Quem é o bandido?

Quem é o verdadeiro bandido?

Gostarei de tecer aqui alguns comentários sobre os "terroristas" do Peru mortos em Lima.
Em primeiro lugar queria lembrar, de modo a que o leitor possa seguir meu raciocínio, que a palavra bandido vem de "band it", coisa da fronteira, ou coisa de fora na banda de lá. Marginais aos costumes de alguém. Poderíamos entender também como fora da lei..., de alguma lei,... Da nossa lei. Terrorista, por sua vez, é entendido grosso modo como aquele que produz "terror".
Contrapondo-se aos conceitos acima, temos o conceito de coisa de dentro, bom cidadão, dentro da lei, sujeito à autoridade, herói quando exerce esta lei em grau exemplar.
Difícil situação de se julgar. Eram heróis os Kamikases japoneses em suas missões suicidas? Eram heróis os militares alemães do nazismo? Heróis foram os responsáveis pela bomba de Hiroshima? Todos cumpriam as "leis" de seus povos, ainda que leis de exceção em tempos de guerra, e estavam sujeitos à autoridade. Mais do que isto, exerciam voluntariamente esta lei e esta submissão à autoridade.
Numa guerra, em ambos os lados envolvidos os que lutam se acham investidos de razão, cumprem as leis e ideais de seu povo, lutam por sua pátria, defendem seus interesses ou os interesses de seus maiores. Será que podemos concluir então que certo está o soldado ou povo que ganha? Qual é a regra universal, o conjunto de princípios, de valores que podemos usar para julgar, este ou aquele fato que envolva a morte de um ou muitos homens?
Se a submissão à autoridade constituída é a medida da boa cidadania, então o que podemos dizer dos judeus, que em nome da liberdade religiosa professada pelos holandeses, traíram o Brasil-portugues facilitando a invasão holandesa em nossas terras? Ou que direito tinha David de tomar pelas armas Jerusalém e as terras dos filisteus e cananitas? E o que dizer dos libertadores das nações? Os proclamadores das repúblicas que se insurgiam contra as monarquias? Que direito tinham os persas sobre o Egito e o resto da Mesopotâmia? Que dizer dos gregos? E posteriormante do macedônio Alexandre? E os romanos? E os bárbaros? Que papel teve então em nossa terra o Tiradentes?...Ou Calabar?
A liberdade ideológica e religiosa é a medida? Então porque proibir estas verdadeiras religiões de Estado que são o comunismo e o nacinal-socialismo nazista? Em nome de que os fundamentalistas islâmicos, em Haouch Mokif, degolam 93 pessoas? Ou Fujimori trucida os "terroristas" de Lima?
O que movimenta os homens a operar missões suicidas como estas? Kamikazes no Japão, MRTA em Lima? O que querem ou queriam estes homens? Chamar a atenção? Dar sentido as suas vidas e fazer valer as suas convicções?
E o que dizer da frieza do mundo diante destes assassinatos individuais, revolucionários ou de Estado?
Os Tupac Amaro podiam ter matado a mãe de Fujimori, mas não o fizeram. Podiam ter explodido as suas bombas como outros fanáticos seguidores de outras seitas já o fizeram na Palestina, Índia ou New York, mas não o fizeram? Podiam ter matado um refém por dia, mas não o fizeram. Soltaram pouco a pouco os seus "inúteis reféns", pois as vidas poupadas, não lhe valeram as próprias. Exigiram como exige Fujimori do povo do Peru. Queriam a libertação de presos políticos, bandidos e guerrilheiros como nós pecadores de todos os tipos queremos exigir de Deus cegueira diante de nossos pecados. Justiça diríamos... Mas que justiça?
Há quem pense que o exemplo... A morte sumaria destes criminosos peruanos servirá de exemplo aos outros movimentos contestatórios da América Latina, incluindo o Brasil. Será que o efeito será este? Será que este "radicalismo" não mostrou a todos os rebeldes deste mundo que ações extremosas deverão sempre começar e terminar pela morte dos envovidos? Deixará vivo, o MRTA, algum refém nos próximos assaltos terroristas?
O que ninguém divulga é que tipo de injustiça se comete para que surjam no mundo todo e em todos os tempos estes grupos a reivindicar, lutar e insurgir-se. Caminhamos a despeito de todas as conquistas morais da humanidade para a lei do mais forte, ou a lei do vencedor. Certo está aquele que vence que submete que mata ou domina os seus opositores. Se ninguém me explicita os verdadeiros fundamentos disto que vejo, começo a armar-me, para garantir-me e aos meus, pelas vias de fato, o meu direito de viver e submeter aos meus inimigos.
É chegada a hora, neste mundo neo-pagão que estamos vivendo, que não devemos temer as cadeias, as guilhotinas, a morte. Cada vez mais, pelas atitudes que observamos, desde adolescentes que queimam um homem para se divertir, aos policiais que assaltam bancos nas horas vagas ou que abusam de suas autoridades, para matar e ferir gratuitamente, não nos resta outra saída além da que nos faz reagir tal por qual.
Lamento.
wallacereq@gmail.comEscrito muitos anos atrás.


Nova postagem do Grupo de Estudos G 23 ( Curitiba Paraná Brazil)

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