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domingo, 3 de março de 2013

A questão das Investiduras Leigas III


A questão das Investiduras leigas (III).

Atacar a Igreja sempre foi muito fácil. Difícil é estudar os documentos oficiais e universais dessa instituição bimilenar.

A Defesa da Igreja é algo sério que nem sempre conseguimos fazer com a qualidade desejada. Todavia naqueles documentos antigos sempre poderemos achar algo revelador. Por exemplo, as poucas tentativas de recolocar a Igreja fora da complicada influência política do chamado Século de Ferro morriam por falta de continuadores. Foi a partir de Gregório VI em 1045 que medidas severas e continuadas orientaram a cristandade: Por exemplo, a proibição da simonia, claras exigências quanto ao celibato e à eleição canônica de Bispos e abades, assim como a deposição dos simoníacos e a suspensão dos concubinários, nos diz Negromonte.
 O papa Nicolau II entre 1059 e1061 interessou diretamente aos fieis na execução destas medidas saneadoras, proibindo-os de assistirem aos atos religiosos oficiados por sacerdotes simoníacos ou incontinentes (como isso seria interessante nos dias atuais). No entanto era preciso aprofundar a cura da Igreja indo à raiz dos males e extinguir a Investidura Leiga. A escolha de Bispos e abades era e é fundamental. Mas só a Igreja assistida pelo Espírito Santo naqueles homens coerentes, era capaz de fazê-lo. Nesse momento surge Hildebrando. Este o homem escolhido por Deus para combater as Investiduras. Nascido em 1020, em 1045 já era o secretário do Papa Gregório VI. Por mais vinte e cinco anos foi secretário e conselheiro de cinco Papas. Serviu como legado Papal na França e Alemanha. Conhecia a fundo os males da Igreja. O Papa Leão IX a quem Hildebrando aconselhou a não tomar posse antes de eleito regularmente o levou para Roma e o fez Cardeal. Quando os nobres impuseram um Papa pela força das armas Hildebrando e Pedro Damião organizaram a resistência e a oposição conseguindo a nomeação regular. Hildebrando testemunhara a eleição de dois antipapas feita por Henrique III que resistia a reserva da eleição aos Cardeais. O Papa Alexandre II teve em Hildebrando o seu braço direito na execução das leis que os Reis (quais?) não respeitavam.

Hildebrando foi eleito Papa em 1073 com o nome de Gregório VII. Com energia inesperada depôs os clérigos simoníacos e suspendeu das funções religiosas os incontinentes e proibiu as Investiduras sob pena de excomunhão tanto para o Investido como para o Investidor.

Enquanto reis se submetiam, Henrique IV, continuou a investir como antes, e reunindo um conciliabo de Bispos Indignos , simoníacos e incontinentes em Worms, e acreditem, depôs o Papa. A coisa não era mole.

Os príncipes do Império decidiram que Henrique IV (da Alemanha) seria deposto se dentro de um ano não consegui a absolvição Papal. O que Henrique conseguiu naquele histórico episodio. Todavia magoado porque os Príncipes elegeram por motivos políticos outro Rei, Henrique IV invadiu o Palacio Pontificio e declarou o Papa deposto elegendo um antipapa. Gregório VII ( deposto por Henrique IV) foi libertado pelos normandos e refugiou-se em Salermo onde morreu em 1085. Ele excomungou o imperador e desobrigou os fieis de fidelidade ao imperador. A Hildebrando se deve muito, porém não a vitória definitiva contra as Investiduras Leigas.



A vitória definitiva.

O título sugere que a Igreja tenha conseguido uma solução definitiva.

Todavia a verdade é outra. Nunca a Igreja livrou-se da pressão de seus inimigos. Nem durante a vida de Jesus Cristo Nosso Senhor, nem nos dias atuais. O que conforta a Instituição é a promessa de Cristo de que as “Portas do Inferno não prevalecerão contra ela”.

A luta contra as Investiduras foi Trágica. O Papa Urbano II teve que se refugiar na Baixa Itália; o Papa Pascoal II padeceu no cárcere por ordem de Henrique V, seu antecessor (?) fora castigado com morte cruel.  Como se pode imaginar houve momentos de indecisão, insegurança e heroísmo. Porém em 1122 o Imperador, durante a famosa "Dieta de Worms" renunciou às Investiduras Leigas. Dizem os historiadores que o imperador se contentou em entregar o cetro (símbolo do poder temporal), mas não mais o báculo e a cruz (símbolos do poder espiritual) e só o fazia a bispos e abades canonicamente empossados. Era um grande avanço; trinta e sete anos depois da morte de Hildebrando (Papa Gregório VII) a Igreja estava livre das Investiduras Leigas. Começavam as lutas para pacificar os cristãos na Europa; afastar o Islamismo, e organizar as Universidades. O Século XIII levou o papado ao zênite  tornado-o árbitro do mundo, outro motivo para a Igreja ser tão criticada e a Idade Media tão caluniada. Nesse período surgem as Ordens Mendicantes ( espiritualizando a Igreja) e a Suma Teológica e como se não bastassem na arquitetura surgem as catedrais góticas. O Papado encheu de Glorias a Cristandade. Essa a verdade.
wallacereq@gmail.com
 

Continua.


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