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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

O Jejum educa.

Para concordar ou discordar.
O jejum educa.

Já vimos em um dos nossos textos que a frustração é o inicio da sociabilidade. A frustração tem limites fisiológicos e mecanismos inversores. Por exemplo: a fome mobiliza para a satisfação dessa necessidade. No caso de uma criança de colo, se ela, a fome, for muito severa, o corpo, em uma reação inversa, alimenta-se de si mesmo desenvolvendo conseqüências de ordem psicológicas. Não vou desenvolver aqui. No caso de um animal carnívoro a fome estimula a agressividade e coloca o animal em prontidão para a caça, o abate, e a satisfação. Superado esse limite, o animal torna-se evasivo, amuado, mostrando-se abatido quase como se de caçador se tornasse caça. Demonstra fraqueza, enquanto o corpo alimenta-se de suas reservas. Mas a criança ainda não manifestou, e o animal não tem razão e voluntariedade. Vivem do impulso.
Esses impulsos existem, em graus educáveis, nos homens.
Todavia, as Sagradas Escrituras nos falam de Jejum. Não nos falam apenas, aconselham, e Jesus chega a assinalar a sua importância ao dizer: Esse tipo de demônio só se expulsa com oração e jejum. Vivemos em um tempo de pouca crença, e falar em demônio (mau espírito) parece besteira, algo de pouca realidade cientifica e pouco profissional; muito mais nos escandaliza se vindo de um psicólogo clinico.

Porém o jejum voluntário tem alcance psicológico espantoso.

O que faz o jejum voluntário?

A sede e a fome são sensações produzidas pela frustração. São fundadas em instintos profundos dos mais necessários para a manutenção da vida. Sede, fome e respiração. Realiza-se fisiologicamente e se revela ao campo da consciência como uma “fissura”. O controle consciente dessa fissura é o educar o impulso, no caso, educar os impulsos mais fortes de corpo, mais fortes que o sexo, pois esse depende da saúde geral do corpo e só aparece na puberdade assim como diminui seu apetite com a idade, enquanto a respiração, a sede e a fome permanecem enquanto vivemos. O Jejum Voluntário, assim, educa esses dois impulsos, os quais submetidos fortalecem a vontade humana no domínio da fissura dos demais impulsos instintivos. Tudo indica, educar a respiração é educar a emoção, é educar a alma. Todos já ouviram falar de “vontade de ferro”, força de vontade, etc. Ora isso faz referência ao domínio que uma pessoa tem sobre seus impulsos. Como vimos superficialmente acima, ao dominarmos e educarmos a fome, nós dominamos a agressividade, a vitalidade reacional, a intempestividade. Ao dominarmos voluntariamente a sede, dominamos o mal estar que nos proporciona todo o esforço físico que nos consome água e açucares. Sem precisar descer aos detalhes fisiológicos, podemos notar que o homem treinado no jejum, tem um domínio sobre a vida instintiva em nível superior, ora isso em termos psicológicos nos denuncia maior racionalidade em detrimento da impulsividade, e em termo religioso maior espiritualidade sobre o domínio da carne sobre a personalidade. Como, já vimos em outro texto, à frustração é o principio de toda a socialização, a antecipação ou retardo, ou seja, controle voluntário sobre a frustração faz do individuo muito mais sociável sob o ponto de vista psicológico, e muito mais espiritualizado sob o ponto de vista religioso, pois a vontade da alma impera no domínio das necessidades carnais, sem, no entanto anulá-las, mas as submetendo à vontade e a razão educa-os; e isso se traduz sem esforço em conhecimento e autoconhecimento. (o Cristianismo nos ensina que somos uma unidade indissolúvel de alma e carne, de tal modo necessárias uma à outra, que esperamos pela ressurreição da carne, pois a alma permanece num estado incompleto na morte física, separada de sua carne).
Que vantagens teriam sobre o homem moderno esse domínio sobre os seus impulsos mais profundos e sua “fissura”? Um homem se livraria ou evitaria muitos de seus vícios. Um homem saberia controlar e bem utilizar sua sexualidade. Um homem educaria positivamente sua agressividade, um homem teria mais equilíbrio emocional, mais coerência intra-psíquica, mais domínio de si.
Ora, se Deus nos fez racionais e livres na vontade, nos ensinou lógica e naturalmente a submeter pela vontade a nós mesmos, e em conseqüência exercer os jogos de sujeição /domínio que dizem respeito à socialização. Dominar-se significa submeter o corpo ao espiritual no ponto de vista religioso, e o instintivo ao racional no campo psicológico. No entanto Jesus ao sublinhar a importância do jejum, o vincula a expulsão de um tipo de demônio, ou seja, a sujeição e domínio de outro espírito. Ou melhor, o domínio próprio tem ação sobre o domínio alheio. Como Deus nos criou para o Bem através do Fim Ultimo do Homem, ou seja, a salvação de sua alma, uma possessão, pelo contrário, de um individuo é o domínio de uma vontade maligna sobre a alma humana, e através dela sobre seu corpo. A alma submetida enfraquece no seu domínio moral e esse domínio sobre a moral individual se manifesta através do corpo, não só pela superação do instintivo sobre o racional, mas sobre o mal sobrepondo o bem individual, repetindo o mecanismo de inversão, que pode levar o cidadão ao suicídio. A morte de si mesmo se apresenta para o suicida como remédio para o sofrimento e licença contra as frustrações, ou seja, o individuo já não suporta, a si e seus limites, ao outro e seus limites, e a Deus e a imposição moral de seus limites.

Julga escapar e se condena.

Desde que a criança deixa o ventre materno, onde vivia sem a sensação de peso, mergulhada em um espaço de pressão quase constante do liquido que a envolve, temperatura constante, recebendo alimentos, líquidos e “respiração” pelo cordão umbilical, seu nível de frustração era mínimo, embora haja quem discorde sob o ponto de vista psicológico. atribuindo traumas, de vida intra-uterina, podemos dizer, com mais segurança, e com mais simplicidade, que o nascer, separa e frustra. A temperatura muda há agora a sensação de peso, surge à fome e a sede, os pequenos músculos fazem mais esforço para mover-se donde se conclui que a frustração e não a satisfação é o motor da socialização. Ora se o nível de frustração era baixo no útero materno havia satisfação em nível elevado, mas sociabilidade zero, assim a frustração (* entendida por alguns, como reforço negativo) é que moldará à luz, os comportamentos de relação com a mãe, outras pessoas e com as coisas. Ora, a oração nos coloca em harmonia com a vontade de Deus e o jejum voluntário nos submete a Deus e desenvolve AUTORIDADE sobre demônios. (sobre espíritos maus).

OBS: donde podemos traduzir a exortação de Jesus: Aquele tipo de demônios, só se expulsa pela Oração e Jejum, ou seja, só se expulsa pelo perfeito contacto com a vontade de Deus e pelo perfeito domínio de Si (Jejum). É Deus quem opera, mas opera através de um instrumento humano que tenha coerência para, em sua carne, não oferecer resistência a Autoridade de Deus. O Jejum, portanto, fortalece a autoridade da vontade sobre as “fissuras” do corpo. Isto é socializar-se.


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