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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Carta fictícia.

Carta fictícia endereçada ao filho do Senador




Ninguém tem três milhões de amigos sem arrumar algumas dezenas de milhares de inimigos.

Prezado sobrinho,

Soube de sua decisão de seguir carreira política, e de sua opção pela candidatura à Câmara Federal. Se eu pudesse te dar um conselho, repetiria as palavras de seu avô ao seu pai: “Afaste-se da política”.

Seu pai não ouviu, e tornou-se um político destacado, porém teria se destacado em qualquer profissão que abraçasse. O mesmo ocorrerá com você.

Como abertura dessa carta eu uso uma frase. Ela quer dizer muito para o político, pois os amigos, no caso eleitores que simpatizam, votam e pronto, esperam que você faça a sua parte, porém os inimigos não descansam em injúrias, calunias e difamações, quando não estão arquitetando armadilhas. Isso quando nós não estamos armando armadilhas aos nossos inimigos. É triste e trágico. Mas a política tem disso.

Você conhece seu pai melhor do que eu. Ele não é homem de recuar por qualquer coisa. Assim, nessa altura dos acontecimentos ele somente tem três vias para a conclusão de sua carreira política: voltar e concorrer ao governo do estado; reeleger-se senador; tentar a Presidência da Republica. Ele já ultrapassou os setenta anos, e seu tempo urge.

Que quero dizer com isso? Quero dizer que a meu ver, o caminho do meio é o ideal: Reeleger-se Senador da República. A vida de um homem é fruto de garra, valores, competência e circunstâncias e as circunstâncias apontam uma reeleição triunfal ao Senado Federal daqui a seis anos.

Porque digo isso? ( guardarei um pouco de segredo)

Meu sobrinho preste atenção. O atual governo do estado do Paraná passará para a história como um dos mais corruptos da história do Paraná e antevejo um fim tragico. Quem vier em substituição assumirá um ônus, uma cruz que muito provavelmente o crucificará politicamente, digo isso, com muita certeza de que aquele que tentar sanear a economia do estado será crucificado. Para o ímpio (e há muitos na fila) bastará passar o ônus para o povo. Seu pai não faria isso.

A Presidência, neste momento, salvo se ocorrerem mudanças radicais não é favorável.

Então eu te escrevo para que, movido pelos seus próprios interesses políticos não induza ao seu pai a voltar à candidatura ao governo, seja para te fortalecer ou viabilizar-lo como deputado federal. Não faça isso.

Quando seu pai conquistou seu primeiro mandato ele já não tinha pai. Sim ele como todos nós herdamos o prestigio de nosso pai. Ele fora vereador e prefeito da capital, e era médico muito conceituado, mas já não estava vivo para ajudar, influenciar, costurar alianças. Então seu pai teve que trabalhar duro ( 10 anos) como advogado de associações de bairro para viabilizar sua primeira candidatura. Eu acredito que você deva fazer o mesmo, pois em política a base inicial quanto mais solida mais sólido o edifício do exercício político que levantaremos. Nesse país, a base tem que ser e deve ser popular.

Eu te digo isso com simplicidade. Eu te faltarei, na sua campanha, e não poderei ter o orgulho de participar.

Seu pai, te dará  todo o apoio possível, mas o verdadeiro apoio deve ser o seu próprio apoio, a sua própria base, a sua própria luta, que pode ser igual, semelhante ou dessemelhante da de seu pai. Pense nisso; comece hoje, não manipule o coração de seu pai para realizar os seus objetivos. Deixe-o livre para decidir o possível, o exequivel, afinal ele também não é mais um guri. Tome dele a experiência e o conselho.
Nada mais.

Tenho absoluta confiança em seu sucesso se você descer a escada do prestigio, para comungar com o povo a sua dor, dor tão pouco compreendida pelos políticos, e tão pouco vivida por eles.

Assim como um ônibus precisa de motorista a sociedade precisa de lideranças, representantes, políticos enfim. Mas a necessidade do povo não te exime da cruz. Eles exaltam e eles crucificam. Você irá sofrer. Nesse sentido quero te recomendar dois livros de minha juventude: “O Senhor das Moscas” e o inesquecível “O Navegante”

A vida política e o interesse social de seu pai também começaram com dois livros, “Dias de Sol” e a “Vida de São Paulo”, presenteados pelo abade, Pedro OSB de Jundiaí, no dia de seu batismo. O abade não o batizou, pois, não pode vir a Curitiba, mas os livros estão com seu pai até hoje. Durante muito tempo estiveram guardados comigo. Leia-os também.

Bem, para finalizar quero te dizer que da minha longa observação dos bastidores políticos concluo, que só a verdade, a obra verdadeira, a lei ou projeto de lei comprometido com os interesses do povo pode te elevar até as alturas que o teu pai já atingiu. Ele é um político com prestigio internacional. Eu tenho, por exemplo, uma fita de video em meu arquivo onde seu pai discursa para sete presidentes. Quem desses políticos que agora pretendem subestimar seu pai já viveu glorias como essa? Você viverá ainda maiores. Você é jovem. É advogado. É casado. Sua mulher é competente e preparada para ajudá-lo. Você tem seu carisma. Às vezes um pouco arrogante de mais, nada que não possa ser corrigido. Você é fluente no inglês, desenvolto. Viveu em ambientes que poucos brasileiros viveram, pode descer a escada social, para aprofundar-se na sabedoria popular. Eu vejo o teu futuro, mas, por favor, não desvie seu pai do destino que lhe se abre.

Penso que disse o que queria.
Disse nas entrelinhas.

Um grande abraço desse tio que você tão pouco conheceu, e de quem você nada aprendeu.

O Tio Wallace Req Req.






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Um comentário:

  1. Maurício (o sobrinho em questão),

    Antes de mais nada nem eu nem minha família queremos que meu pai se veja obrigado a sair para Governador mais uma vez. A campanha é dura e os inimigos inescrupulosos. Os interesses economicos atingidos pela vitória de um governador sério faz com que a escória endinheirada se desespere e lance mão de todos os artifícios, impelidos pela amoral que os afeta.

    O atual governo sem dúvida deixará um Estado quebrado, endividado, e corroído pela total corrupção e falta de valores dos comandantes. Quem herdar este Estado depois deste rapaz galante que se elegeu sofrerá muito e se quiser retomar o Paraná com o qual sonhamos terá um trabalho Hercúleo.

    Tenho muito o que ler e aprender com a vida. Os livros de sua infância... já os li. Me faltam, no entanto, muitos outros. Praticamente uma biblioteca inteira.

    Não tenho a ilusão de que a "indicação"de meu pai me eleja, tenho muito que trabalhar para construir uma candidatura, muita gente para conversar, muito o que ouvir, antes mesmo de querer falar.

    Minha candidatura ao cargo de Deputado é algo que precisa ser construído. Não é uma brincadeira de menino entediado, tenha certeza. Precisarei muito do apoio da base, dos amigos, e precisarei construir uma fundação. Minha visão de política, talvez por influência do meu pai, dificulta acordos que comprometam o que acho ser certo, correto e reto. Não sei se estou praticando algo fora de moda mas gostaria de construir uma candidatura baseada em princípios e não em acordos. Muitos me dizem que não se faz mais política desta maneira mas eu aprendi que assim se faz política e o resto é politicagem.

    O conselho sobre a política é o mesmo que recebo de minha mãe, irmã e esposa mas, como meu pai, devo ser meio teimoso. A vontade de alterar a realidade do ser para aproximar do dever ser é grande.

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