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domingo, 21 de abril de 2013

O Fracassado.


O FRACASSADO.
Quando observamos os animais, domésticos ou selvagens, nunca usamos o adjetivo fracassado. Quando vemos um animal domestico numa atitude digamos “depressiva”, triste com baixo nível de reação logo nós dizemos: esta doente, mal cuidado, abandonado, mas jamais que está fracassado. Se o caso for com um animal selvagem, ou estará doente, ou as circunstancias foram muito duras, todavia mesmo assim, ele é um hábil sobrevivente. Vêem-se um animal qualquer devorando outro, não há vencedor e vencido, é a luta do predador com sua presa na luta pela manutenção da vida. Deve-se isso ao fato de crermos que o animal irracional não tem vontade ou liberdade de escolha. A culpa jamais será dele, dizemos.
Já ao animal humano costumamos desprezar as circunstâncias, as doenças físicas provocadas por agentes externos ou internos, como é o caso das graves doenças emocionais. Aos humanos, conforme o caso do abandono de si mesmo, logo nós dizemos: é um fracassado. E como odiamos os fracassados. Tememos os fracassados como tememos a doença. Tememos o fracassado como se ele fosse um alertar a nos lembrar que somos falíveis, e que o fracasso pode nos atinge em cheio. Vivemos a ilusão que somos todos vencedores. E se essa ilusão é a verdade, logo não há fracassos, somo todos sobreviventes temporários. Quando muito aderimos a alguém que julgamos um vencedor e vivemos essa ilusão, como parasitas. Quando se aproxima a nossa morte, nos desapegamos de tudo, inclusive do hospedeiro de nossas ilusões e vamos encontrando a nossa verdadeira medida. Alguém já houvera dito que a humildade é a verdadeira medida de si mesmo, nem mais nem mesmo. Assim sendo a morte gera humildade. E o fracasso talvez seja apenas a humildade aceita.
Sabe isso trás para mim uma nova questão, sendo a morte física inevitável, necessária a todos nós (veja não estou falando de religião) ela deveria ser um bem altamente desejável. Não estou falando de suicídio, mas de algo que lembra as pessoas na entrada do cinema, tomando os primeiros lugares da fila, para assim pegar os melhores lugares, e viver a desconhecida aventura de um novo filme. Gostei!
Numa analise superficial das riquezas humanas, poderemos dizer que a vida é a maior riqueza, mas a vida sem a consciência de que se está vivo, não parece ser uma riqueza. Depois a saúde, quando ao perdê-la temos a consciência de seu valor. A Família. A capacidade de transmitir a vida para perpetuá-la na espécie. A paternidade e maternidade. A inteligência (no dizer de Binet: a capacidade de resolver problemas). Os sentidos. O respeito do próximo por uma profissão bem exercida. O respeito da mulher que se ama. Ou vice versa. O respeito dos filhos. O amor ao próximo. Bem, vamos ficar por aqui. Eu falei em analise superficial.
A saúde já não a tenho, nem o viço da juventude, nem a higidez. A inteligência me foge a cada dia e o que não era problema, a cada dia se torna um. A família já não a tenho, nem o respeito dos filhos ou da mulher que amei (e ela nem ao menos acreditou). A capacidade de gerar filhos chega ao fim. Os sentidos se tornam diminuídos falhos. O respeito pela profissão exercida não venceu o julgamento do stablishment. Ora, ora, eu posso solenemente me declarar um fracassado. Todavia me sobra ainda algum amor ao próximo. Chamam a esse amor de caridade. Resta-me portanto alguma caridade.
 Os teólogos dizem que a fé desaparecerá com a morte, também com a morte desaparecerá a esperança, ficará, porém, a caridade, pois Deus é amor. Se assim for, me perdoem os que me caluniam e injuriam e riem com o meu fracasso, e se não riem me desprezam, masacreditem, com esse pouquinho de amor que me resta eu sou um sucesso.

OBS: os erros de ortografia são um presente para vocês, um jogo, uma desculpa para vocês falarem mal de mim. Obrigado.






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