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sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Polêmica: Mulher de Moisés era negra e etíope.

A Mulher de Moisés (era Etíope e Negra).

O leitor amigo, e o leitor inimigo, haverá de ler este texto como uma hipótese verossímil, e não como uma verdade histórica devidamente comprovada. Tendo em vista a leviandade com que se pública coisas sobre o cristianismo, sem aprofundamento ou pesquisa, eu tomo esse texto como exemplo, e pago na mesma moeda, tentando denunciar como é fácil instrumentalizar a história dos povos para induzi-los ao serviço.
Todos sabem que o ponto fraco da religião israelita, sistematizada por Moisés, é o sectarismo racial e religioso. Jonson, em “Pequena História do Povo Hebreu”, e Dom. Estavão Bettencourt, monge beneditino, em seu “Curso de Historia da Igreja” falam sobre o “parushim” israelita. A palavra parushim, que no cristianismo gera o termo “paróquia”, e que designa no cristianismo uma área administrativa, funda-se, justamente no conceito de separação, eleição racial, e hábitos religiosos, rituais e alimentares dos hebreus, sempre circunscritos em um território diminuto e que separam os judeus, dos demais seres humanos. Para os judeus essa discriminação é voluntária e escolhida livremente, como defesa de suas tradições, e resulta nos guetos, nas comunidades israelitas, nos movimentos sócios raciais, no casamento étnico. Todavia, ao migrarem os judeus para Israel, deparou-se com uma discriminação social fundada numa hierarquia étnica, de fundo socio-racial resultando numa sociedade de classes israelense, privilegiando os judeus europeus, brancos, chamados asquinazim, (ashkenazim) em detrimento dos demais judeus sefarditas. O termo sefardita tem origem em Sepharad, antigo nome da Espanha, todavia, designa também os judeus de origem, afro-asiáticos. Entre esses, os mais discriminados, eram os vindos de países muçulmanos, ou reinos islâmicos como o Iêmen, e os judeus negros etíopes, ou outros, mouriscos do norte da África
A imigração para o Estado de Israel chama-se Aiya, “ascenção”, ou seja, o judeu imigrante ascende a um novo patamar sócio religioso com a cidadania israelense e a realização de um dos principais objetivos sionistas. Todavia os “falaschas” negros vitimas dessa discriminação, viviam apinhados em favelas no entorno dos núcleos ricos dos Ashkenazim. Assim, desde os primeiros momentos, os judeus negros, que voltaram, foram discriminados em Israel. Chamados de “Falaschas”, que significa “estrangeiros”, esses judeus, africanos da Etiópia, foram inicialmente rejeitados, e posteriormente “aceitos” (Falascha dá origem à palavra Falacia_ Engodo, mentira, engano, sofisma) por conveniência política que amenizava um conflito entre negros e judeus nos EUA. Foram aceitos com reservas e a obrigação de nova conversão ao judaísmo, graças à pressão do movimento Beyhad (iniciado pelos judeus do Norte da África) sob condição de passarem por uma “revisão ritual” para confirmarem sua conversão ao judaísmo dito branco.
Interessante é que, para esses judeus negros, isolados nas montanhas da Etiópia, eles eram os verdadeiros, e todos os demais judeus eram negros, e assim pensaram, ate o século XIX. Talvez alguém se lembre que houve um resgate de judeus negros em 1984, quando 7.500 pessoas foram retiradas da Etiópia numa operação militar que ficou conhecida como Operação Moisés. O nome dessa operação é à base de minha argumentação, pois ele revela que os judeus cultos, sabem, ou sabiam que a esposa de Moisés era Negra, não apenas que Moisés resgatou os israelitas do Egito, país africano. Hoje, em vista disso, já há autores judeus que acham que Moisés não é uma pessoa, mas um símbolo, e outros há que duvidam que Moisés fosse israelita, mas apenas um instrumento em favor dos israelitas, embora o texto bíblico o faça “irmão” de Aarão, que era Levita (classe de sacerdotes e autor intelectual da aventura teológica do êxodo), dando-lhe pai e mãe israelitas.
Vamos do inicio.
Moisés, filho de Amram, era nascido no Egito, que, como todos sabem esta na África, e tem um pequeno pedaço de seu território lançado na Ásia. Território esse, que corresponde ao deserto e ao Monte Sinai, área disputada ao Egito em duas guerras (Guerra dos Seis Dias e Yon Kippur). Todavia, a historia do povo hebreu discorre num período compreendido entre o Médio e Novo Império egípcio. As extensões territoriais do Egito daqueles tempos, atigiam o alto, e o baixo Egito, e eram muito diferentes das de hoje, e o Egito, chegou às nascentes do Rio Nilo no coração da África numa região conhecida como Abissínia, na Etiópia, estendendo-se, acreditem, ate o Rio Eufrates (no caso do Novo Império) um rio que corta a Síria e o Iraque, descendo da Armênia onde nasce até o Golfo Pérsico. Imenso território que seria objeto das verdadeiras intenções dos israelitas conforme as promessas feitas por Deus a Abraão. (dados copilados em: “O Egito” de Anne Milard, editora Melhoramentos)
Onde, pergunto eu, em que lugar do imenso Egito teria nascido Moisés? Em Tebas? Em Assuam? Ou nas proximidades do Cairo de hoje?
Ele nasceu ao sul, pois descia o rio quando foi encontrado, descia em direção ao Delta. Era criança que não sofrera a circuncisão.
Na Bíblia, encontramos um texto que comprova a nossa tese. O texto em questão, nós encontraremos em Números 12,1 onde lemos: “Maria e Aarão criticaram Moisés por causa da mulher Etíope que ele desposara (Moisés tinha com efeito desposado uma mulher Etíope)”. Os etíopes (Kush) eram escravos na Palestina (. 2 Sm. 18,21) e serviçais na corte de Jerusalém (Jr. 38,7)
David Livingstone (1813-1873), o missionário escocês que pela primeira vez viu a Catarata Vitória, do rio Nilo, no desfiladeiro de Zambeze na Etiópia, nos diz que etíope, em algum período, era uma generalização que chegou a ser usado como quase um sinônimo ao termo líbio para designar todo o negro da África ou Ásia. O líbio o negro da região desértica, e o etíope, o negro das regiões do Alto Nilo. Assim chamar de etíope, seria o mesmo que chamar de negro. Moisés era um africano, mas não era chamado de etíope, nem mesmo de egípcio. Aparentemente George Scheweinfuth em sua obra Coeur de L’Afrique (Coração da África) 1868-1871 concorda com essa opinião. Ser chamado de etíope, na Saia, ou África, era ser chamado de negro. Mas em contrapartida, reforçando ainda mais minha tese, a Etiópia, que faz fronteira ao sul do Golfo Arábico, navegada pelos faraós, fez parte ativa da história do povo hebreu. Não só a Etiópia, mas também a Eritréia e a Núbia e o Sudão e de lá, lembrem-se, foram resgatados recentemente os judeus negros chamados “falaschas”.
Durante muito tempo, se disse que Moisés refugiando-se nas terras de Madian (Madjan), que segundo Schelesinger, autor judeu, é uma região que aparece em diversos textos bíblicos sempre ligados à Etiópia, ali teria se casado com a filha de Jetro, sacerdote pagão (de tradição javista), chamada Séfora com quem teve um filho chamado Gersam. Ora a etimologia aponta fatos curiosos. Moisés em hebraico, Mosche, significa retirado, apartado ou refugiado. Estaria ele em uma cidade asilo, pois fora homicida de um egípcio, como nos conta a Biblia? Ou, seu nome tem o mesmo significado que falascha (separado, expatriado)? Teve ao todo dois filhos Gersam e Eliezer. Seu filho Gersam etimologicamente, nos diz e revela um hospede (filho do hospede da casa de Jetro) Jetro era sacerdote pagão, portanto não israelita isso levanta algumas questões, era Jetro árabe ou etíope? Se sua filha era etíope, Jetro era negro. Se a filha de Jetro era etíope como nos diz Números 12,1, era negra, e Jetro também haveria de o ser.
Numa tradição racial religiosa que dava muita importância as genealogias, como explicar o desaparecimento genealógico dos filhos e netos de tão importante figura como Moisés, um patriarca, cujos filhos desaparecem sem louros? Eles haveriam de se cultuados. . Desapareceram da história bíblica porque eram negroides, mulatos? Onde ficava Madiã (Madian ou Madjan Ex. 2,11)? Oficialmente se diz que era a terra de um povo nômade, semita, do sul da Palestina, na região máxima do Golfo de Akaba (Ácaba) um braço do Mar Vermelho. Sabe-se, no entanto, que o próprio Moisés lutaria contra esse povo, que hospedara sua mulher e sogro. Madjan tanto pode seu uma “cidade” do sul da Palestina, como uma localidade ao sul da Tebas Oriental, antiga capital do Império Egípcio, as margens do Nilo, próxima à Luxor, do lado oriental do Nilo (ou ainda, seria a localidade de um povo chamado Madjoi (n) (Madjoin) povo de origem sudanesa, governado por Tebas no coração da África) em terras do Sudão de hoje. Pela Biblia sabe-se em favor da tese, que Moisés se sentia estrangeiro em Madjan (o que parece indicar que estava fora do Egito, sua terra). Eu não tenho a mínima condição de afirmar nada, mas a própria Sagrada Escritura parece afirmar que Moisés não era circuncisado, era um apartado, um rejeitado, criado como filho adotivo pela filha do Faraó, e que, embora eleito por Deus, liderando aos israelitas como guia pelo deserto não entra na Terra da Promessa, permanecendo assim um separado, cujo túmulo nos é desconhecido até hoje. (em Enciclopédia das Religiões). O autor da Lei Mosaica é uma curiosidade histórica, negada por alguns, cuja posteridade, mulata ou não, não é bem definida na genealogia de Números ou Êxodo. Dada a sua importância, como já disse acima, é estranho que assim seja. Seriam seus filhos negros, rejeitados pelos “irmãos” israelitas como têm sido hoje rejeitados os judeus negros da Etiópia? Mas, que sou eu, para dizer algo a respeito? Tudo isso é novidade. E o judeu, você sabe..., ou não sabe?
Wallace Requião de Mello e Silva.

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