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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

O Negro de Cirene.

O Negro Cireneu.




Toda vez que lemos algo sobre Simão o Cireneu, os autores lembram: em Cirene, norte da África existia uma próspera colônia de hebreus, outros para se resguardar falam em colônia semita. E é verdade.

O que trago aqui é uma simpática hipótese para exegese, uma hipótese que esclareceria muito da alma e da personalidade do homem negro. Uma hipótese de muita importância para a teologia.

Cirene foi uma cidade fundada pelos gregos no norte da África em território da Líbia de hoje. Foi fundada por volta de 600 anos antes de Cristo, fazia parte da Pentápolis, ou as cinco capitais (cidades grandes) dos gregos naquele continente. Não pense que Cirene era pouca coisa. Desenvolveu-se muito e teve grande importância comercial, cultural e religiosa. Estamos falando de uma cidade iniciada por volta do mesmo período em que nasce na Índia o Buda. Lembro isso só para o leitor ter uma idéia de como era rico espiritualmente aquele período histórico. Heródoto em seu livro V, ou IV narra com detalhes à vida em Cirene. Entre sua fundação e o nascimento de Jesus Cristo cabem todos os fatos que se resumem na história do Brasil, ou seja, muita água rolou.

Existe um trecho da Sagrada Escritura que conta em Antioquia, uma pequena reunião para a escolha de Paulo e Barnabé. Na importante narrativa é citado Simeão o Negro e Lucio de Cirene; narra-se também, que eles impuseram as mãos em Paulo e Barnabé, e que ali, foram chamados pela primeira vez de cristãos. Posso supor, embora não possa afirmar que Simeão o Negro (Niger) e Lucio de Cirene eram bispos, e, portanto, apóstolos, ou ordenados pelos apóstolos seus antecessores. Esse detalhe mostra duas coisas, a importância da presença negra na Igreja iniciante, e a influencia da cidade de Cirene no Cristianismo.

Então voltamos ao texto que narra que: Simão de Cirene voltava do campo e foi obrigado a carregar a Cruz de Cristo. Aparentemente foi escolhido por acaso, no meio de multidão que seguia a Cristo. Mas nada na Sagrada Escritura é sem importância, e a sua nomeação o retira do anonimato para dizer algo. Ora se ate os apóstolos fugiram, ficando somente Maria e João, isso indicava que nenhum hebreu haveria de querem envolver-se com aquele “condenado” então desavisado surge o cidadão de Cirene, de nome Simão, pode-se supor que era conhecido, pois foi nomeado na Sagrada Escritura. Algo ele tinha que o destacava dos outros para ser assim escolhido no meio de tantos covardes.

A minha tese é que ele era Negro. Nessa altura os Romanos já estavam acostumados com servos negros, e remadores negros nas galeras (verifiquem isso, por favor) O Nome Simão e Simeão designava os macacos, símios, e em diversas vezes, o Próprio Pedro, o príncipe dos apóstolos foi chamado de imitador, pois também ele se chamava Simão Pedro. O Cireneu tinha dois filhos, citados na Bíblia, portanto era homem de família conhecida, conhecido pela comunidade de Jerusalém e sabidamente Cristão. Era seguramente forte, e fora escolhido por algum tipo de escárnio dos romanos. Esse detalhe me intriga. Para mim a tradução velada de seu nome é: O Negro De Cirene. Vindo do norte da África, importante em Jerusalém, pode indicar um Falasha, pois desde o tempo em que o Rei Salomon teve um filho com a rainha etíope, ela dona de ricas minas, os falashas, pelo menos a nobreza da descendência de Salomon haveriam de ter grande prestigio... O que explicaria a boa fama de Simão o Cireneu.

Quando os romanos viram aquele homem grandalhão, negro, obrigaram-no a carregar a Cruz de Cristo. Nesse sentido é que me apaixona a teologia de Cireneu, pois é um retrato da placidez, da bondade natural do homem negro, que, todavia, participava naquele momento do escárnio, da ironia e dos chicotes dos centuriões romanos. Se hoje podemos dizer que ser cristão é conscientizar-se da perseguição, o Negro de Cirene é um ícone de toda a Cruz que os homens negros têm carregado através dos séculos. Somente um homem negro suportaria a mesma, embora parcial, paixão de Cristo.

Não se pode negar que ele fosse um hebreu, mas isso também não nega definitivamente que ele não fosse um descendente de Rei Salomon com a Rainha do Sul, a etíope. Nesse sentido o escárnio seria completo. Escarnecia-se sobre Jesus o Rei dos Judeus, e escarnecia-se sobre os falashas, como nobreza de Salomon. Num só e único ato humilhava-se O AMOR e a Placidez.

Você pode pensar que meu argumento não é dos mais consistentes, que as provas apresentadas são frágeis, mas você não poderá negar que as lições tiradas daí explicam muito da Cruz Negra, e que as deduções que se pode tirar são excepcionais para a melhoria das relações entre cristãos brancos e negros.

Talvez você diga, mas a Bíblia é um livro dos mais estudados por peritos do mundo todo, e esse fato não passaria despercebido. Eu concordo, mas considere que a Bíblia informava desde sempre a existência de algumas cidades desconhecidas, e que arqueólogos somente no século retrasado puderam encontrá-las. A mensagem estava lá, no entanto ninguém houvera atentado para o fato.

Se esse texto não serviu para nada, serviu para falar de Simeão Niger (negro apostolo de Cristo) mostrando insofismavelmente que o Cristianismo inicial estava de mãos dadas também com os negros e estes não figuravam com um papel servil aos homens, mas servil a Deus. Leiam nesse sentido outro texto de minha autoria “Os santos Negros”. Perceba que a religião cristã unia hebreus e negros desmentindo muito dos preconceitos que o mundo construiu séculos depois.

A intenção desse texto é construir uma perspectiva favorável, um discurso inter-racial devolvendo as prerrogativas dadas a Noé. Colocar novamente na ARCA todos os membros da humanidade para resgatá-los do ódio que ameaça submergi-los. O Povo escolhido não veio para dominar, mas para revelar o Deus Único aos Homens, e Cristo veio para nos mostrar que o poder divino SERVE e humilha-se.

Templo de Apolo em Cirene. Reparem no Leão animal tipicament eafricano  Também chamado o Leão de Judá.




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