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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Educando.

Educando o sexo para poder amar.

Um mecanismo psicológico qualquer nos rouba da consciência muitas vezes o óbvio. Quando vivemos no útero materno o nível provável de frustração é muito baixo. Respiramos bebemos e nos alimentamos pelo cordão umbilical, aparentemente num fluxo continuo para alimentar o fantástico nível de crescimento e diferenciação celular. Ao nascer, iniciamos o processo de educação da sede e da fome. Não podemos estar o tempo todo preso as mamas para o constante mamá. Nem o tempo todo no colo, nem nos manter em temperatura constante. Iniciou-se o processo de frustração e satisfação, agora sazonal, escravo do tempo, o que começa a nos tornar sociáveis. Nossa mente não percebe que educamos gradativamente a respiração e os movimentos da traqueia e esôfago, assim como do diafragma para poder balbuciar, e esse aprendizado nos vem do choro, um ato que denuncia a frustração. Depois educamos um enorme conjunto de músculos, os ouvidos (cóclea) para com a maturação do cerebelo, desenvolver o equilíbrio, tomando domínio voluntário sobre os músculos, para nos levantar, engatinhar e andar. Então já podemos perceber que educamos os mais fortes instintos de sobrevivência, fome e sede, o mais vital mecanismo para a manutenção da vida, a respiração, e os movimentos muscular para o exercício da vontade. Em seguida depois de aprender a dominar o choro, aprendemos a dominar as emoções, e através delas os batimentos cardíacos. Ora educamos a urina e as fezes para poder conviver. Ate então não temos hormônios sexuais, e algumas glândulas ligadas ao sexo não amadureceram. Conhecemos a frustração e a satisfação, dor e prazer, mas nada disso diz respeito ao sexo. Próximo à puberdade descobrimos novas sensações e novos instintos se manifestam, e também esses devem ser educados para que possamos amar. Ora já sabemos que não podemos comer constantemente, beber sem parar, urinar e defecar onde e quando queremos, nem deixar que as emoções se manifestem plenamente, muito menos as agressivas, ora então porque negamos o óbvio, o ato sexual deve amadurecer, como todos os outros processos e ser educado, para que possamos amar.
Não vou polemizar, mas as frases usadas pelas pessoas demonstram algum nível primário de inadequação: Vou comer minha mulher; vou “trepar” com ela; vou “foder”; vou “fazer” amor; vou “meter” com ela, vou “comparecer”, vou “afogar” o ganso. Pensem um pouco no que essas frases indicam, que tipo de satisfação instintiva elas denunciam. Percebam que nelas não há a tal educação para o amor, pois o amor existe fora do sexo e independente dele, e existe independente do erotismo, portanto, o amor, por não fazer parte do contexto de nossa cultura, não é ensinado porque não é vivido. O nosso corpo é mal educado, e a nossa sensualidade é mal educada, e o uso de nosso sexo é mal educado. O amor, que é em primeiro lugar a compreensão resistente as frustrações, ou seja, a educação da e pela frustração, a consciência de que é necessária alguma frustração para o convívio com o outro, algum domínio de si, é que vai orientar a sexualidade para a vida, a vida de um novo ser, que nos trará responsabilidades, sacrifícios, limites, abdicações, de modo que a vida se eternize na forma de nossa espécie. Educar é controlar, controlar é ato duplo, instintivo e consciente, um diálogo regulador da vida do individuo orientado para o convívio com o outro, cuja meta é ampliar a sua e a nossa consciência, portanto ter cada vez mais domínio sobre si mesmo para a convivência. Somos como já disse alguém, animais sociais.
Disso não nos parece difícil entender que a sociedade tem uma predominância sobre o individuo, pois já havia uma associação que nos permitiu nascer, uma associação coletiva que nos ensinaria a falar, a se comportar, a se suportar, a trocar, a desenvolver e conservar. Mas, assim como contemplamos os outros animais vivendo numa independência do nosso querer social, assim também contemplamos a nossa racionalidade diferencial a eles. Como a sociedade, e seus valores, nascem das experiências instintivas, e os instintos são inatos, podemos considerar, já que não vemos com o passar dos milênios, nos outros demais seres a eclosão de uma racionalidade, que a racionalidade e consciência humana são um dom, e não uma evolução do instinto. Assim a Sociedade nasce da contemplação racional dos movimentos instintivos, do aprendizado natural da racionalidade humana contemplando a vida. Como não somos os criadores dos animais, nem somos os criadores de nós mesmo, percebemos pela contemplação que há uma razão, uma inteligência, que nos precedem que se revela, e que nos deu o mecanismo consciente para poder contemplá-la. Deduzida da contemplação ou comunicada diretamente não apenas pelos ensinamentos dos homens, mas diretamente pelas luzes do Espírito, Deus vai se nos impondo as nossas consciências. Ora se Deus é racional, é moral. E se moral indica valores fundamentais para todo e qualquer comportamento livre do homem. Ora liberdade é escolher entre o certo e errado, é ter juízo de valor, é o que nos diferencia dos animais irracionais. Portanto todos os ATOS HUMANOS, por serem voluntários são educáveis, e a sexualidade é educável. Logo a sexualidade, que gera o nosso mais fundamental direito, o direito à VIDA, embora Deus tenha nos mostrado com o nascimento virginal de Cristo, que a vida tem origem muito aquém da sexualidade, tem origem na vida de Deus e no seu querer, na sua onipotência, que tudo criou, embora na esfera da espécie, nos indica que a sexualidade é a mais alta responsabilidade humana, pois é ela que viabiliza a mais alta tarefa de um casal humano, gerar, dar a luz, criar educar outros seres humanos. Toda diminuição da importância fértil desse ato livre, nos submete e nos rebaixa ao puramente animal, ao instinto cego que gera seres que serão alimento uns dos outros na pirâmide alimentar, nos remete ao cio do comer uns aos outros; nas mais primitivas acepções das palavras aqui usadas. Na verdade o AMOR educa o sexo, e o sexo transmite o AMOR de Deus.

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