Família Schurmann.

Família Schurmann.

Eu sou fã da família Schurmann, navegadores de Santa Catarina, Sul do Brasil. Ouvi na televisão sua nova aventura titulada Expedição Oriente, que entre outras coisas quer provar que chineses descobriram o Brasil, aventura inútil sob o ponto de vista cientifico. A revista Época publicou tempos atrás um mapa das supostas navegações chinesaà â America em plena Idade Média. Falam de Heng Bao que seria o descobridor do Brasil, e o já celebre Zheng He viagens feitas entre 1371 e 1423. Ora, pela antiguidade, soberbamente comprovada é a viagem de Leif Erikson que chegou a fundar feitorias na América do Norte, por volta dos anos 900 DC. Todos devem conhecer as obras de Thor Heyerdahl, Konti-Ki, por exemplo, autor que investigou as navegações egípcias e indonésias para a America, baseada na presença de Barcos de Junco com a mesma tecnologia do Nilo encontrados na Bolívia. è bom lembrar que Necao II circunnavegou a África por volta dos anos 300 DC. Tudo isso é bem interessante, apenas esquecem que se verdadeiras todas essas viagens todos encontraram aqui na América homens de origem muito antiga aos quais chamamos ameríndios, estes os verdadeiros descobridores e povoadores das Américas. Assim, duas obras cientificas de peso, derrubam por terra essa epopeia navegadora de quem quer que seja. A obra de Paul Rivet titulada “ A Origem de Homem Americano” e uma outra de muito rigor cientifico, com mais de 800 páginas titulada: Achaeology, produzida pela Universidade de New Jersey homenageando o grande arqueólogo William Ducan Strong. Essas obras fazem a pergunta correta: Quem são os ameríndios; aqui surgiram ou vieram de algum outro continente? Nessas obras vemos um perfeito deslocamento da ótica colonialista que parte sempre do principio de que nós americanos de origem necessariamente tivemos de ser migrantes,  ou descobertos e colonizados. Nesses autores tudo isso cai por terra, e encontraremos na America indivíduos que não tem semelhança genética com nenhum dos candidatos a descobridores, nem mesmo as semelhanças linguísticas se confirmam. Se você tem interesse sobre o assunto, essas duas obras estão disponíveis na Biblioteca Publica do Paraná. 

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