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quarta-feira, 18 de novembro de 2015

A questão escriturística (II)

A questão escriturística II

Penso que já deu tempo aos leitores de lerem os últimos cinco textos. Provavelmente já refletiram sobre os problemas da escrita. Sabem agora diferenciar uma escrita ideográfica, cuja interpretação é subjetiva, de uma escrita fonética que representa a língua falada, com significados muito mais precisos, embora nem sempre tenhamos conhecimento do significado exato de certos vocábulos. Não há um dicionário para recorremos para a interpretação de vocábulos muito antigos, muito menos das línguas extintas. É um trabalho dificílimo, onde muitas vezes o perito atira no escuro, e como ninguém contesta, passam a ser verdades, quando muito, deveriam ser apenas hipóteses. Assim vemos que o senso comum nos diz que a escrita aparece pelos anos 3500 antes de Cristo, porém, essa escrita não usava palavras, nem representava uma língua falada, muito menos o seu significado era preciso, ou é preciso para nós. A Grande vantagem de datar o aparecimento da escrita no ano 3500 AC, é que nessa data, para o senso comum, cabem as tradições ditas hebraicas, no entanto, fiquem surpresos, não existe nenhum documento com essa idade na língua hebraica. Muito menos podemos encontrar nessa época escrita fonética que poderia nos dar uma idéia clara da PALAVRA DE DEUS. Fica então comprometido o conceito “Palavra de Deus” antes do aparecimento da escrita fonética ou silábica por volta do ano 1000 AC, no seio do povo fenício, quando já viveria no planeta o Rei David. De Abraão por volta de 1850 AC ao Tempo de Hamurabi rei da Caldeia até David passaram-se algo em torno 850 a 900 anos. Sem uma escrita fonética. Moises que foi criado no Egito, escreveu em Hieróglifos as tabuas da Lei? Deus a escreveu numa língua que não tinham vogais, (o hebraico que esteve extinto) para que a Lei fosse compreendida por poucos, ou que sua interpretação fosse dúbia e duvidosa? Porque usou taboas e não pedras? Porque não o papel de trapos dos chineses, o couro de Pérgamo (ou pergaminhos), ou os papiros do Egito? Que outros tipos de escrita podemos encontrar na humanidade nessa mesma época? É possível uma comparação segura, fonética e textual?

Para o arqueólogo de Israel, o arqueólogo Israel Finkelstein, a solução foi fácil. Ele e outro judeu belga e historiador, Neil Asher Silberman, declaram que Abraão, Isaac, Jacob, Moises e Josué jamais existiram. Começam com David. Já tive oportunidade de escrever sobre eles nesse Blog sob titulo “ Por que eles fazem isso”? Dê uma olhada.

Quando nós narramos algo que supostamente aconteceu muito tempo atrás, precisamos, para não inventar, ter escritos, ou provas arqueológicas ou antropológicas seguras, sem o que inventamos, criamos hipóteses, mas certamente não fazemos história. A Bíblia narra em Gênesis fatos pré-históricos ocorridos em tempos remotíssimos, mas não apresenta provas. (ninguém duvida de Deus, não é mesmo?) Nisto os autores citados acima se baseiam afirmando que esses textos bíblicos são longas invenções e fantasias. Se querem saber mais leiam “The Bible Uniarthed”. Todavia não deixe, de ler de Werner Keller o livro “E a Bíblia Tem  Razão”, como antítese.

Com relação à língua hebraica o documento bíblico original mais antigo que se conhece hoje é o Rolo de Isaias encontrado no Mar Morto e escrito por volta do ano 100 AC. Segue-lhe os fragmentos de Nash oriundos de aproximadamente o ano 50 AC. Depois, com os fragmentos dos essênios, nós só encontraremos o códice Petropolitano no ano 916 depois de Cristo. Muito pouco; não acham?
Em Grego conhecemos a versão não cristã chamada Alexandrina dos Setenta. escrita por volta de 230 AC; e mais ou menos pelo ano de 150 AC conhecemos os fragmentos de Ryland. Um pouco mais recente próximo ao ano 50 AC conhecemos os Fragmentos de Fuad. Todos esses documentos gregos são anteriores ao Nascimento de Cristo. O que nós estamos vendo? Estamos vendo que não conhecemos nenhum original completo do Velho Testamento escrito em hebraico, mas conhecemos a Versão Alexandrina dos Setenta escrita em grego, antes do nascimento de Cristo, traduzida pela comunidade de judeus de Alexandria na África, do hebreu (?) para o grego, documento que serviu para a tradução “Veto Latina Antiga” acrescida, é claro, do Novo Testamento e elaborada mais ou menos pelo ano 150 depois de Cristo. Ou seja, 50 ou 60 anos depois do Evangelho de João. Portanto não há originais datados e comprovados dos Velho Testamento escritos em hebreu. Ficou claro?
Os escritos conhecidos do Velho Testamento não podem ser narrativos de testemunhos oculares e contemporâneos. Exceção se o próprio Deus lhes dê testemunho.

Nasce Jesus Cristo.
Na era Cristã os documentos mais antigos e originais conhecidos são:
Fragmentos do Evangelho de São João datado de mais ou menos ano 100 depois de Cristo. E, mais ou menos no ano 200 DC, os papiros de Chester Beatty. Então vemos que a fonte mais antiga do Novo Testamento conhecida é justamente a versão latina chamada “Veto Latina”. Segue-lhe, ainda em Grego três documentos originais entre os anos 400 e 500 DC; O códice Sináico, e o Códice Alexandrino, todos em Grego e que irão contribuir para a tradução e feitura da Vulgata. Em Latim temos apenas dois textos originais, a Vetus Latina, e posteriormente entre 400 e 500 DC, a Vulgata. Como vemos os protestantes não colaboraram em nada disso, pois vão aparecer apenas no fim da Idade Média e inicio da Moderna.
Salvo opinião mais especializada foi isso que pude apurar; portanto vemos que Lutero não tinha original além da Vetus Latina e a Vulgata como textos completos para traduzir.
O que vemos até aqui?
Primeiro a importância das tradições orais, sem o que, desconsiderada a inspiração divina, não seria possível registrar, possivelmente milênios depois, fatos ocorridos na Pré-história como acontece em Gênesis. Os textos hebraicos, dos quais não existem originais, ao que parece, tiveram que esperar o ano 1000 AC, para ganharem o status de Escritura Fonética.
O outro aspecto interessante de ser considerado é a expressão “No inicio era o Verbo”. Expressão que com o tempo traduziram para “No inicio era a Palavra”. A primeira versão diz respeito ao verbo, palavra que expressa AÇÃO voluntária, intencional e inteligente, expressando a vontade silenciosa, onipotente, onisciente e onipresente de Deus, ou melhor, dizendo, a ação intencional e onipotente de Deus sem a presença do homem. Leia em Sabedoria. Você entenderá. A outra expressão falsifica essa ação criativa de Deus, e a prende a “Palavra de Deus ”, no sentido da Palavra Escrita nos Evangelhos, sem o apoio vivo do Magistério e da Tradição Oral ou Escrita não evangélica. Isso significa empobrecer o Verbo que se fez Carne, que não veio mudar a Lei, mas habitou vivo entre nós. Alterou a lei natural em milagres e trouxe os mortos à vida.  Assim o conceito PALAVRA faz a ação de Nosso Senhor ser congelada e engessada, embora tenha ressuscitado e esteja vivo e ativo, mas o querem preso em um texto, embora inspirado, escrito, graças à tradição oral dos apóstolos e discípulos e entregues a Igreja de Pedro para a edificação da sociedade e salvação dos homens. No entanto a ação vigorosa de Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, não têm esses limites, os limites são para os homens.
É possível que haja algum erro de interpretação ai, eu não sou um especialista, no entanto, fiz tudo com a melhor das intenções. Tens duvidas? Recorra ao Magistério infalível da Igreja em Fé e Moral. Ali estará a solução.

G 23 de Mello e Silva.









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