O Coração Português é Católico III

O Coração Português é Católico III (pesquisa, arquivo, continua).

Às vezes eu imagino os historiadores portugueses lendo um desses meus textos, e concluindo: Parece um texto de colegial. Isso me entusiasma, pois é tão rica a história e as comprovações arqueológicas em território de Portugal, e tão aprofundados os seus estudos, que não poderia ser diferente. Sinto-me como quem executa as primeiras lições de violino, horríveis para o professor, mas cheias de esperança para o aluno que se imagina, ou quer ser um virtuoso.

Com essas reservas, quero dar continuidade à importância do catolicismo na formação do povo Português e na formação de sua unidade nacional, do mesmo modo como uma melodia a harmonizar instrumentos, o catolicismo harmonizou povos, gentes de diversas origens e tradições.

A Reconquista.

Como vimos no segundo arrazoado, os mouros ao tempo de califa Yusuf I, encontraram a resistência dos portugueses. De Viriato, herói da antiga resistência aoa romanos, para o herói Geraldo o Destemido, séculos se passaram, nesse intermedio,  os hunos forçam a migração de novos povos germânicos sobre as terras portuguesas, e certamente muita aventura se deu. Mas é a Reconquista  que vai firmar a nação portuguesa, uni-la pelas raízes, dar-lhe as glorias necessárias para o conceito de nação e preparar o “solo”, as condições para a grande epopéia descobridora  e navegante de Portugal. Contaremos esse capitulo da história da seguinte forma: Contando algo sobre os heróis portugueses, e algo sobre as Ordens Militares Católicas, que construíram a Idade Media Portuguesa.

Geraldo o destemido.

Na segunda metade do século XII um nobre do Norte Português, rasgou as vestes, e chamou a si a grande responsabilidade militar que se impunha a Portugal. O Rei Afonso Henriques não vacilou em chamá-lo de Fronteiro–Mor, tamanho seus feitos militares com seus poucos homens, infelizmente anônimos ( como sempre), na defesa das fronteiras de Portugal. Tecnicamente era um guerrilheiro ele e seus homens, e considerou a cidade de Évora como  seu objetivo principal, e a assaltou na calada da noite livrando-a dos mouros em 1165. Suas façanhas militares, como dissemos, foram muitas, conquistou Trujilo, Caceres, Serpa, Juromenha. Em 1173 aparente rompido com Afonso Henriques, é recebido na corte dos mouros, e alguns anos depois, é noticiado no Norte da África, onde foi decapitado.

Gonçalo Mendes da Maia.

Nascido em Trastamires, ( hoje cidade da Maia) em 1079, Barão,  origem  da Casa Da Maia, pela linha paterna, e da Casa dos Baiões, linha materna, Gonçalo era figura de proa no Reino de Afonso Henriques, nos dizem os cronistas. Esse nobre soldado imortalizou-se na conquista de Óbidos, que realizou com uns poucos soldados anônimos, livrando-a dos mouros. Portugal o homenageia com o apelido de o Lidador.

Gualdim Paes ( Mestre da Ordem do Templo)

Desde os primeiros reis de Portugal, a Ordem Militar do Templo, conhecida como Templários, empunhou as suas espadas e fé a serviço de Portugal. Gualdim Paes foi Mestre ( superior) dessa Ordem por longos 40 anos. Nascido em 1118, filho de Paio Ramirez e Gertrudes Soares, era amigo de infância do Primeiro Rei de Portugal. Aprendeu o uso da espada como poucos e era mestre em equitação. Meteu-se em uma das Cruzadas onde se destacou no cerco de Escalona. Em 1158 ingressou na Ordem do Templo, tinha já 40 anos. Substituiu o Mestre Dom Pedro Arnaldo. Foram muitas as  vitórias militares dos Templários, mas foi no cerco do Castelo de Tomar que passou-se como homem para a imortalidade. Quando  Abu Yusuf Yakub I chegou as portas do Castelo de Tomar,   lar  dos Templários, depois de ter subjugado numa campanha vitoriosa o Alentejo e Ribatejo, encontrou a resistência de Gualdim, que em muito menor numero acabou, graças a especiais circunstancias, obrigando o califa a recuar. Deste intento,  desta heróica resistência levanta-se o povo português  em moral acreditando na vitória possível e empurram assim  o califa e seus homens para o Sul, tornado-se o Mestre Templário ídolo dos portugueses que acreditam ainda hoje em um Portugal livre e independente.

Já que falamos em Templários, devemos nos concentrar um pouco nas Ordens Militares, que ao fim, foram as construtoras da Civilização Católica, por isso  são tão atacadas, embora seja também verdade, que ao enriquecerem, tergiversaram da fé, e muitas vezes suncumbiram a ganância. Não foi por menos, que muitas vezes foram advertidas pelos Papas, quando não extintas por eles. ( Mas veremos isso em outro arrazoado, continua, arquivo, pesquisa História de Portugal,. Wallace Req)

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