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quinta-feira, 21 de abril de 2016

A parábola do cacófago insensato

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O sábio e vetusto Nephele Bardo contou também esta parábola.
Certo homem que habitava o pequeno Reino das Bananas tinha o esquisito hábito de comer excremento. Cacofagia é o nome que se dá a esse tipo de hábito.  
Apesar de estranho, o hábito desse homem até que era bem tolerado pela maioria das pessoas. É verdade que alguns o reprovavam por essa prática. Uns diziam que era antinatural; outros, que era doentia; outros mais, que era um grave pecado, uma verdadeira abominação contra o próprio Deus. O cacófago, entretanto, continuava com a sua prática, na maioria das vezes em lugares esconsos ou até no interior da sua própria casa. Assim a vida continuava sem grandes conflitos naquele país.
Tempos depois, porém, o homem descobriu que outros concidadãos tinham o mesmo hábito que ele, que a sua dejetomania se estendera por todo daquele musáceo país. Depois que um rei eneadátilo, com hábitos também sinistros, assomou ao trono, a comunidade dos cacófagos ganhou um apoio nunca antes visto na história daquele país. Até uma secretaria foi criada para cuidar dos direitos dos coprófagos. Estava desfraldada, pois, a bandeira da cacofagia!
A televisão apresentava personagens cacófagos nas novelas, dando-lhes uma notoriedade surpreendente. Para não chocar a grande maioria cristã, a princípio apresentou apenas as cenas de pessoas só inalando os odores dos excrementos; depois as cenas deslavadas, verdadeiros banquetes cacofágicos. As passeatas, chamadas de “Insolência Cacofágica”, se espalharam pelo paiseco das bananas, as associações de cacófagos se multiplicavam pelo reino, e seus líderes se apresentavam nos programas de TV. Deputados eram eleitos e reivindicavam o direito à cacofagia. Os números das estatísticas eram manipulados, qualquer agressão a um cacófago era noticiada à exaustão pela imprensa. E um termo desprezível, repugnante e capcioso foi criado para designar os que não aceitavam essa prática: cacofóbico. O movimento, que agrupava também aqueles que apenas aspiravam os odores fecais, criou a sigla sugestiva, inevitável e cacofônica ‒ CACAS ‒, que quer dizer “Cacófagos, Cheiradores, Assemelhados e Simpatizantes”.
Os cacófagos queriam muito mais: a cacofagia oficializada. E não mediram esforços para atingir esse objetivo. Pelas caladas, num projeto que punia vários tipos de preconceito, chegaram ao cúmulo de introduzir artigos para criminalizar aquilo que eles chamavam de cacofobia, mesmo que fosse uma simples opinião contrária, com cadeia. Enquanto o projeto de lei se arrasta até hoje no Senado, em virtude da oposição de uns aguerridos e quase combalidos conservadores, o movimento já conseguiu o apoio do STF, que aprovou a união civil cacofágica, espécie de contubérnio em que as pessoas adeptas dessa prática vivem sob o mesmo teto como se fossem cônjuges comuns.
A continuar nessa marcha, o movimento cacofágico, a exemplo do que aconteceu com o personagem alienista de Machado de Assis, vai acabar por encarcerar todos os seres humanos eutróficos como insanos e dominar totalmente o país.
“Acautelai-vos contra os cacófagos insensatos”, termina o sábio Nephele Bardo. “Eles fingem ser pobres coitados que defendem seu supostos direitos, vítimas do preconceito da maioria, mas, na verdade, querem mesmo é impor, enfiar oficialmente sua perversão goela abaixo da sociedade pusilânime e passiva do Reino das Bananas.”
Assim o Reino das Bananas vai se tornar, de vez, com o devido perdão do tabuísmo, uma verdadeira merda!






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