Seja bem vindo.

O Grupo de Estudos 23 de Outubro mantém 11 Blogs, eles falam de moralidade, política, nacionalismo, sociedade e Fé. Se você gostar inscreva-se como seguidor, ou divulgue nosso Blog clicando sobre o envelope marcado com uma flecha ao fim de cada texto. Agradecemos seu comentário. Obrigado pela visita.
www.G23Presidente.blogspot.com




wallacereq@gmail.com.







quinta-feira, 21 de abril de 2016

Providencial!

Recentemente, em 3 de Abril de 2016, papai, durante a festa da Misericórdia concluiu a incompatibilidade do judaísmo com o cristianismo. Chegou a confessar esse erro em texto publicado nesse blog, ou seja ele compreendeu que Cristo existia desde o inicio, e o judaísmo foi apenas a ponte para o anúncio da Encarnação do Verbo.Ele diz: Se o judaísmo esta certo o cristianismo não pode existir, e se o cristianismo é obra de Deus, o judaísmo tem que acabar. 
Curiosa e providencialmente ele recebeu esse comentário sobre o livro do judeu Jacobo Meusner que publico abaixo.
Kassia Zig.
A "Mentira" do Judeo-Cristianismo

                                                        

Saiu recentemente em italiano um interessante livro do rabino Jacob Neusner

[1], que volta a 1991 (Jews and Cristians. The Myth of a Commun Tradition)

com respeito à relação entre judaísmo e cristianismo. É decididamente um livro

contra a corrente, porque sustenta e – estou certo – prova que “entre

hebraísmo e cristianismo […] não existe e nunca jamais existiu um diálogo. O

conceito de uma tradição hebraico-cristã […] é somente um mito, no pior

sentido: uma mentira” [2].

• Segundo o Autor, as duas religiões “não compartilham temas comuns” e, “se

a Escritura pode fornecer uma base comum, conduziu apenas à divisão,

porque o Antigo Testamento serve ao cristianismo somente enquanto

prefiguração do Novo, e a Torá escrita para o hebraísmo pode e deve ser lida

somente na óptica de cumprimento e complemento total da Torá oral [Cabala

e Talmud colocados só em um segundo tempo por escrito, ndr]” [3]. Na

verdade, “os cristãos comumente supõem que o hebraísmo seja a religião do

Antigo Testamento, mas isto é verdadeiro só em parte, e portanto

completamente falso. […] O cristianismo faz apelo ao Antigo Testamento, em

dialética com o Novo, como parte da Bíblia; o hebraísmo lembra a Torá escrita

em dialética com aquela oral [Cabala e Talmud]” [4].

• Ele define a relação entre as duas religiões como de “gentes diversas [rabinos

e bispos] que dizem coisas diversas [Israel e Cristo] para gentes diversas

[hebreus e cristãos]”[5]. E conclui: ”Ora, não existe, nem jamais existiu, uma

tradição hebraico-cristã” [6]. Na verdade, o cristianismo se ocupa da salvação,

que diz respeito à humanidade inteira, enquanto o judaísmo se ocupa da

santificação da nação de Israel [7]. Neusner, com muita honestidade intelectual

e clareza, fala de “autonomia do cristianismo e da sua unicidade absoluta” [8].

Desfeita a teoria segundo a qual o cristianismo seria um judaísmo reformado,

decorre analogamente a relação entre protestantismo e catolicismo: ”O nosso

século foi testemunha de um erro teológico fundamental […]. Falando

abertamente, trata-se, ademais, de um erro protestante. O erro teológico foi o

de apresentar o cristianismo como uma reforma histórica, uma continuação do

hebraísmo” [9]. Tal erro é imputável não só ao protestantismo, mas também à

exegese modernizante e modernista do século XX, e a sua consequência foi

deletéria para a doutrina católica. Na verdade, estando assim as coisas, “os

cristãos […] se encontram em uma posição subordinada […], tornando-se não

o verdadeiro Israel […], mas simplesmente um Israel por defeito, isto é, por

defeito do velho Israel” [10]. Em suma, uma espécie de irmãos menores e

deficientes. A teologia cristã judaizante, de origem luterana, apresentava o

novo protestantismo como um velho catolicismo reformado, e o verdadeiro

cristianismo de origem como um velho judaísmo reformado. Por isso, a nova

teologia modernista e neomodernista, canonizada por Nostra Aetate,

recuperando o erro exegético–teológico luterano, apresenta “a vida de Jesus

em linha com o hebraísmo do seu tempo, e a salvação de Cristo como um

evento interno ao hebraísmo do século I” [11]. Daí, para compreender o

Evangelho, tem-se afirmado, ser necessário interrogar o Talmud e os rabinos

[12]; enquanto a doutrina tradicional dos Padres e do Magistério constante da

Igreja ensinava que “no” Antigo Testamento está escondido o Novo e no Novo

Testamento aparece claro e significado o Antigo (S. Agostinho, Quaest., in

Hept., II, 73).  

• O Autor explica que o ambiente católico foi contaminado por tal tendência

depois da tragédia da Segunda Guerra Mundial em razão de certa avaliação

feita pelo nacional-socialismo “sobre a herança hebraica da Igreja e do

cristianismo […], levando em conta a tragédia do cristianismo na civilização da

Europa cristã, pervetida pelo nazismo. […] Todos estavam animados de boas

intenções […]. Mas o resultado é uma leitura não cristã do Novo Testamento”

[13]. Donde, em outro lugar, aprofundar o problema do condicionamento

psicológico súbito do ambiente católico depois da segunda grande guerra e

especialmente depois da shoah, que levou a uma leitura do Novo Testamento

de forma não cristã, mas judaizante [14]. Na verdade, se se abstraem estas

premissas histórico-teológicas, não se pode compreender aquilo que ocorreu

no Vaticano II e no pós-concílio. O fato, et contra factum non valet

argumentum, é que a leitura ou hermenêutica modernizante, como a luterana,

do Novo Testamento “não é cristã”. Enquanto “apela às fontes hebraicas, […]

tal hermenêutica deriva da teologia de um cristianismo como continuação e

puro melhoramento do hebraísmo” [15]. Em vez disso, o cristianismo é algo

único, absoluto, autônomo, e de modo algum uma reforma do hebraísmo.

• O Autor rejeita totalmente a doutrina segundo a qual “Jesus era hebreu e,

portanto, para compreender o cristianismo, os cristãos deveriam chegar a um

acordo com o cristianismo” [16]. O verdadeiro cristianismo é aquele que “pode

tomar a si mesmo como o tomavam os Padres da Igreja, como novo e não

contingente, […] não como subordinado ao hebraísmo. Hebraísmo e

cristianismo são religiões em tudo diferentes e com pouco em comum” [17].

Para o cristianismo Deus é uno na sua natureza, mas trino nas Pessoas, e

Jesus é Deus encarnado no seio da SS Virgem Maria; enquanto o judaísmo

não aceitou tal Evangelho ou Boa Nova trazida por Cristo e seus Apóstolos e

continua a negar a SS. Trindade e a divindade de Cristo, fundando-se sobre a

santidade de Israel como família carnal descendente geneticamente de Abraão.

Neusner diz que, se o cristianismo é único, também o hebraísmo se acredita

tal, donde concluir pela inutilidade do diálogo entre as duas religiões,

diametralmente opostas, ainda que fundadas – em parte – sobre uma base

semicomum: o Antigo Testamento, que, porém, é lido pelo judaísmo à luz do

Talmud, considerado mais importante que a Torá [18], enquanto pelo

cristianismo é estudado à luz do Novo Testamento. Em razão disso, “não

podemos referir a Bíblia quando falamos de hebraísmo” [19]. O rabino

americano não esconde que “o cristianismo não é tal porque melhorou o

hebraísmo […]. Mas porque constitui um sistema religioso, autônomo, absoluto

e único. […], hebraísmo e cristianismo são duas religiões em tudo diversas”

[20]. Viva a face da sinceridade e abaixo a mentira do ecumenismo judaico-

cristão, que é a “quadratura do círculo” ou a “coincidentia oppositorum” feita

“Congregação Permanente”.

• O problema central, segundo Neusner, não é o das “raízes comuns”, de que

falaremos a respeito, mas o da divindade de Jesus Cristo. Na verdade,

pergunta-se honestamente o rabino, “Jesus é o Cristo? Se é assim, então o

hebraísmo cai. Se não é assim, então o cristianismo erra” [21]. Ele cita Eusébio

de Cesaréia (tr. it. História Eclesiástica, Milão, Rusconi, 1979) e São João

Crisóstomo (tr. it. Homilia contra os judeus, Verrua Savóia, CLS, 1997), o qual

falava de “regressão cristã ao judaísmo” acerca daqueles  cristãos que

frequentavam ainda a sinagoga e os cultos hebreus em Antioquia em 386-387,

um “retorno à infidelidade judaico-talmúdica”. A mesma acusação feita no

século IV por Crisóstomo aos judaizantes de Antioquia se pode fazer hoje aos

judaizantes do Vaticano II (Nostra Aetate, 1965) e do pós-concílio (Oração da

sexta-feira Santa, do Novus Ordo Missae de Paulo VI, 1970; A antiga aliança

jamais revogada de João Paulo II em Mainz em 1981; os Hebreus nossos

irmãos maiores e prediletos na fé de Abraão, João Paulo II em 1986; e até ao

Discurso à sinagoga de Roma, de Bento XVI, 17 de janeiro de 2010). Tertium

non datur: se Cristo é Deus, o hebraísmo cai; se não é Deus, erramos nós

cristãos por dois mil anos, devemos reconhecê-lo publicamente, pedir perdão a

Deus e aos homens e enfim formar “prosélitos da porta” ou “noachidi” (v. Elia

Benamozegh e Aimé Pallière). O diálogo judaico-cristão é inútil, daninho,

injurioso, falso e mentiroso. O mesmo diz ainda o rabino Jacob Neusner. Ele

concorda com Crisóstomo só quanto ao fato de que o judeu-cristianismo ou o

judaizar-se, para os cristãos, é um “ato de apostasia, incredulidade e recusa de

Deus [Cristo]” [22]. Crisóstomo temia, justamente, que os cristãos de Antioquia

se mostrassem “rendidos de respeito ao hebraísmo” [23]. A mesma apreensão,

et multo magis, a demonstra Neusner em relação ao diálogo judaico-cristão, no

qual a religião cristã já não se considera aquilo que é, mas uma

pseudorreforma protoluterana do judaísmo. À doutrina cristã tradicional

segundo a qual Cristo é Deus e previu em 33 a destruição de Jerusalém e de

seu Templo, o que sucedeu em 70, o hebraísmo respondia no século IV, pela

boca de seus sábios ou rabinos, que Roma tornada cristã no século IV é o

penúltimo Império depois da Babilônia, da Medo-Pérsia, da Grécia e será

seguido do de Israel, o último e definitivo, como família genética de Abraão,

que dará morte à Roma primeiro pagã e depois cristã, sendo “o caráter de

Roma principalmente cristão” [24]:  “Os sábios [ou rabinos] afirmam que Israel

segundo a carne […] permanece em estado incondicionado e perene. Não

deixa nunca de ser filho [fisico], e filho dos próprios genitores. Assim, Israel

segundo a carne constitui a família, na sua forma mais física, de Abraão, Isaac

e Jacó […]; a total e completa “‘geneaoligizzazione’” de Israel” [25], como se

vê, é uma questão genética ou de estirpe, que fala de “raça”, estirpe, sangue e

somente do judaísmo rabínico, e não – como seriam os “antissemitas” – o

cristianismo. Portanto, mostra-se qão tola é a acusação de antissemitismo feita

à Igreja por eméritos trombones, impelida por algumas estúpidas e soi-disant

raposas.

• “Israel provocará a queda de Roma [ex-pagã e depois, com Constantino,

cristã, 313]” [26]. Portanto, para os rabinos, Israel não está terminado, mas

suplantará Roma e o cristianismo. Segundo o Autor, a queda de Jerusalém foi

causada pela arrogância dos judeus zelotes do século I, os quais,

especialmente com Bar Kobá, se recusaram a entregar-se à providência divina

e quiseram edificar um Reino de Israel com suas forças naturais e politíco-

militares. Tal arrogância provocou da parte divina o abandono de Israel nas

mãos de Roma, que de pagã se tornou depois cristã, e no século IV pareceu

que o cristianismo romano houvesse triunfado sobre o judaísmo [27]. Mas a

apocaliptíca hebraica [28], voltando ao fim dos últimos tempos, cobrou a

restauração do reino de Israel e tentou derrubar tal “teologia da história” cristã.

Ora, a mesma situação foi criada com o nascimento do Estado de Israel, que é

obra da política e das armas e não do Messias hebraico, e por isso também

para os rabinos ortodoxos hodiernos o sionismo representa uma ameaça a

Israel, como aconteceu em 70. Pois bem, este tema merece ser aprofundado

em um próximo artigo.

• Também a consideração que Neusner faz sobre o islamismo, em um tempo

de arabefobia e das raízes européias judaico-cristãs e anti-islâmicas, são

interessantes, profundas e corajosas. Na verdade, ele escreve: “Como

sabemos [apesar do aparente triunfo do cristianismo, com os imperadores

romano-cristãos, a partir de Constantino e Teodósio] que venceu o hebraísmo

dos sábios [ou rabinico-talmúdico]? Porque quando, à sua volta, vence o islã

[VII-VIII século] o cristianismo se retira do Oriente Médio e do Norte da África.

Sem dúvida o cristianismo resistiu, mas não como a religião majoritária do

Oriente-Médio romano e do Norte da África […]. Mas o caráter islâmico do

vizinho do Oriente-Médio e do Norte da África  nos conta a história do que

aconteceu realmente: uma derrota para o cristianismo […]. A cruz reinou

apenas nos lugares aonde não foi o Islã e o seu poderio militar” [29]. Portanto,

o atual “conflito de civilização”, querido pelos EUA e por Israel, é um choque

com o “mundo árabe”, enquanto ainda não está liberto e iluminado pela

modernidade ocidental, e de modo algum um distanciar-se do islamismo, que

em si é visto com simpatia, enquanto sepultamento do cristianismo tradicional e

não judaizante.

Tal leitura deve dar-nos de volta, em um tempo para nós tão triste, o orgulho de

sermos totalmente e integralmente cristãos ou católicos romanos. As raízes

judaico-cristã/romanas são uma mentira. Pode-se, ao contrário, falar de raízes

comuns judaico-calvinistas ou EUA/israelenses. O judaísmo é completado pelo

Talmud, enquanto o cristianismo romano o é pelo Novo Testamento, tal como

compreenderam os Padres da Igreja e o sistematizou a Escolástica. O

hebraísmo não é a Bíblia, mas o talmudismo rabínico. Atualmente, com o

Vaticano II assistimos a uma tentativa de protestantização da Igreja, que com a

“colegialidade” realizou o próprio ódio luterano ao primado do Papa; com a

“liberdade religiosa” o ódio à única verdadeira religião, fundada por Deus Filho;

com o “ecumenismo” o ódio por intolerância doutrinal à Igreja Romana; e enfim

com a pseudo-“reforma litúrgica”, feita junto com os calvinistas, se produziu um

rito objetivamente [30] hibrído ou uma interseção bastarda (o Novus Ordo

Missae de Paulo VI) entre dois ritos essencialmente diversos, o protestante e o

católico. Tal protestantização é o fim próximo; o remoto é a judaização. Na

verdade, a hermenêutica luterana leva a uma leitura acristã e filo-judaizante da

Torá. Portanto, longe de ceder ao diálogo, em posição de inferioridade ou de

“minoria deficiente” com relação aos “irmãos mais velhos”, devemos reivindicar

o valor absoluto, único e autônomo do cristianismo petrino ou romano. Uma vez

que Cristo é Deus e o provou com a sua Ressurreição, o diálogo inter-religioso

judaico-cristão é uma “regressão ao talmudismo”, “uma apostasia ou

incredulidade”, enquanto recusa implícita a Deus Filho e pois a Deus Pai e

Espírito Santo.

• Infelizmente, tal diálogo é conduzido, depois de João Paulo II, também por

Bento XVI, que no seu livro Muitas religiões e uma única Aliança: a relação

hebraico-cristã. O diálogo das religiões (Cinisello Balsamo, San Paolo, [1998],

tr. it., 2007) escreve que: “Depois de Auschwitz, a tarefa de reconciliação e de

acolhimento se representou diante de nós em toda a sua imprescíndivel

necessidade” [31]. Depois – citando Jo. IV, 22, “a salvação vem dos judeus”,

pronunciada por Jesus antes da sua Morte na cruz –, afirma, a respeito da

Antiga Aliança, que “tal origem mantém vivo o seu valor no presente [depois da

morte de Cristo, na Nova e Eterna Aliança]” [32]. Todavia, “não se pode ter

acesso a Jesus […] sem a aceitação do Novo Testamento” [33]. Donde para os

hebreus a salvação vir de Israel e do Talmud, enquanto para os gentios

convertidos ao cristianismo vem de Cristo e do Novo Testamento. A Antiga

Aliança, também segundo Bento XVI, jamais cessou (cf. João Paulo II, A Antiga

Aliança jamais revogada, Mainz, 1981), na medida em que “‘Aliança’ significa

apenas vontade divina e não um contrato bipartido” [34]. Donde, também se

Israel foi infiel a Deus, Deus não poder dividir a Aliança, porque não é “um

acordo recíproco” [35], para o qual Deus non deserit etiam si prius deseratur. É

triste, mas para conhecer a doutrina católica sobre a relação entre cristianismo

e hebraísmo é preciso ir ao “catecismo” do rabino Jacob Neusner; enquanto

para judaizar basta escutar as “midrash” de Bento XVI. Que estranha época

esta: o hebreu ensina o catecismo, apesar de não crer nele, enquanto o padre

católico diz as “midrash”, e talvez até creia, ou pelo menos finja crer.

• Enfim, o ódio comum a Roma que caracteriza o hebraísmo e o luteranismo é

indicativo. A alternativa, portanto, é ou Roma ou a morte! Se cai (por absurdo)

Roma, triunfam Tel Aviv e Nova York. O estado atual de embrutecimento da

humanidade é fruto do domínio judaico-americanista do mundo. A salvação e a

restauração do homem, da família e da sociedade será fruto milagroso do

triunfo da Roma “imortal dos Mártires e dos Santos”! Nossa Senhora em Fátima

prometeu: ”Por fim o Meu Coração Imaculado triunfará”. Cor Jesu adveniat

regnum tuum, adveniat per Mariam.

________________________

NOTAS

[1] Nasceu nos EUA em 1932. Professor de história e teologia do hebraísmo no

Bard College de Nova Iorque, e ordenado rabino no Jewish Theological

Seminary”, é considerado o maior especialista vivo da leitura rabínica antiga.

Muito interessante sua Disputa imaginária entre um rabino e Jesus. Que mestre

seguir? [1993], tr. it. Casale Monferrato, Piemme, 1996; 2a. ed. Um rabino fala

com Jesus, Cinisello Balsamo, San Paolo, 2007.

[2] J. Neusner, Hebreus e cristãos. O mito de uma tradição comum, [1991], tr.

it. Cinisello Balsamo, San Paolo, 2009, pg 7

[3] Ibidem, pp. 7-8. No que diz respeito ao Talmud, cf. Jacob Neusner, O

Talmud. Que coisa é, que coisa diz [2006], tr. it. Cinisello Balsamo, San Paolo,

2009 

[4] Ibidem, pp. 159-160.

[5] Ibidem, p. 9.

[6] Idem.

[7] Ibidem, p. 17.

[8] Ibidem, p. 31.

[9] Ibidem, p. 32.

[10] Ibidem, p. 33.

[11] Ibidem, p. 34.

[12] Idem.

[13] Idem.

[14] Os fatos de Auschwitz tornaram crônico um problema grave e impeliram a

uma ação semelhante ao martírio, da parte dos intelectuais religiosos hebreus

e cristãos, para enfrentar aquele desafio […]: “dar um sentido ao outro” (J.

Neusner, cit., p. 158). Vale dizer que, apesar da diferença total entre hebraísmo

e cristianismo, você vai compreender “totalmente o outro a partir de si” (o

cristão/o hebreu e vice-versa) só a partir de Auschwitz ou da teologia da

“shoah”. Donde, também da parte cristã, não se poder prescindir de enfrentar o

fato, tornado hoje meta-histórico, da perseguição que sofreram muitos hebreus

na Europa entre 1942 e 1945. Tal estudo é conduzido seja historicamente

(fonte histórica, documentos, fatos aclarados e testemunhos dos livros de

história da Europa entre 1940 e 1945); seja científicamente (meios de pesquisa

e experimentos químicos-fisícos e engenharia sobre as armas de crime: as

câmeras de gás e os fornos crematórios e o corpo de delito: o que resulta

realmente e objetivamente no lugar da perseguição); seja filosoficamente (mal

absoluto/relativo); seja enfim teologicamente (“holocausto” de uma parte do

hebraísmo europeu ou o Holocausto redentor de Jesus Cristo). Não se pode

voltar atrás, sob pena de ser chantageado e posto em situação de acusação

com respeito a um fato que não se vai estudar para ver qual é a sua real

entidade. Si non vis errare, debis velle scrutare.

[15] Ibidem, p. 35.

[16] Ibidem, p. 160.

[17] Ibidem, pp. 162-163.

[18] Ibidem, p. 176.

[19] Ibidem, p. 197.

[20] Ibidem, pp. 43-44.

[21] Ibidem, p. 72.

[22] Ibidem, p. 74.

[23] Idem.

[24] J. Neusner, op. cit., p. 110.

[25] J. Neusner, op. cit., p. 102.

[26] J. Neusner, op. cit., p. 81. Sobre a relação Roma, cristianismo e judaísmo,

v. M. Goodman, Roma e Jerusalém. O encontro das civilizações antigas [2007],

tr. Ii. Roma-Bari, Laterza, 2009. O Autor sustenta que Roma e Israel teriam

podido coexistir sem problema. Todavia, em 66 d.C., sob Nero, os habitantes

de Jerusalém haviam se recusado a ir em procissão para cumprimentar duas

cortes do imperador, e foi assim que o procurador romano Géssio Foro mandou

as suas tropas contra a multidão reunida no mercado superior da Cidade Santa

e provocou a morte de 3.600 pessoas. A reação hebraica foi fortíssima e levou

à constituição de um Estado hebraico independente de Roma, que já em 37

a.C. havia ocupado a Judeia. Quando Nero morre em 68, um general de nome

Tito Flávio, filho do Imperador Vespasiano, que era naquele tempo o

comandante na frente da Judeia, usou de mão de ferro para reprimir a revolta

hebraica e, depois de um ano de luta, em 70, destruiu Jerusalém e o Templo.

Reprimiu também as três insurreições na Cirenaica, no Egito (72), e a de

Massada (73). Aqui se inicia a parte mais interessante do livro (pp. 451-583),

apesar de não livre de erros e unilateralidade, sobretudo no que diz respeito à

origem da disputa entre o cristianismo e o judaísmo (pp. 584-666).  Uma vez

antes, o Templo de Salomão havia sido destruído, em 586 a.C., por

Nabucodonosor da Babilônia, mas em 539 Ciro da Pérsia venceu os babilônios

e libertou os hebreus, que estavam exilados na Babilônia, e concedeu a eles a

reentrada em Jerusalém e a reconstrução do Templo; portanto, em 70 os

judeus pensavam que aconteceria algo análogo: um Messias triunfante ou

“Novo Ciro”, que  expulsaria os romanos e faria reconstruir Jerusalém e o

Templo. Muitos piedosos e zelosos ou zelotes israelenses, influenciados pela

literatura apocalíptica hebraica, imaginavam e profetizavam que o “Novo Ciro”

pudesse ser “Nero redivivo” (cf. Giuliano Firpo, A revolta judaica, Roma-Bari,

Laterza, 1999). Naquele tempo se formou uma radical hostilidade e um feroz

ódio antirromano na Judeia e em Jerusalém, mas Roma não concedeu aos

judeus aquilo que usualmente concedia a todos os vencidos de religiões

diversas: construir ou reconstruir seus templos. Foi assim que o Templo de

Jerusalém não foi mais reconstruído, apesar da triplíce tentativa, que falhou

todas as três vezes, do imperador Juliano, o Apóstata. Entre 115 e 116 ocorreu

uma quarta insurreição judaica contra Roma, e enfim em 132-135, com o

pseudomessias Bar Kobá, a quinta e última, porque Adriano em 135 arrasou o

que restava de Jerusalém e da Judeia, mudando o nome desta última para

Síria-Palestina e o de Jerusalém para Aelia Capitolina. Nem os alemães, nem

os britânicos, nem os panônios deixaram de ter uma pátria e uma capital para

fazer suas rebeliões; só os judeus perderam uma e outra. Um jornalista do

Sunday Times(Tom Holland) escreveu que “o século XXI foi forjado da queda,

há quase dois mil anos, de Jerusalém” e – acrescentou – da tentativa de

restauração de um Estado hebreu em 1948, o qual inda não é a possuído

pacíficamente, mais anuncia uma nova tragédia terrível, que se adensa sobre

nossas cabeças, em forma de guerra nuclear […].

[27] “Bar Kobá tratava o céu com arrogância, pedido a Deus que não se

intrometa […]. Bar Kobá destruiu a única proteção de Israel. O resultado era

inevitável” (J. Neusner, op. cit., p. 86). Entretanto, deve dizer-se que o atual

Estado de Israel foi construído (mas não terminado) pelas mãos do homem e

não pela intervenção do Messias.

[28] A leitura apocalíptica hebraica compreende os apócrifos proféticos do

Velho Testamento (II séc. a.C.–II séc d.C.) e consiste em uma “ficção literária,

de soi-disant previsões posteriores aos eventos, que não merecem maior

crédito que os oráculos sibilinos” (Francesco Spadafora, Dizionario biblico,

Roma, Studium, 3° ed., 1963, p. 41). Ela surge quando Israel atravessa seu

período mais tempestuoso, desde a fúria de Alexandre Magno contra o

Yahwismo até a destruição de Jerusalém por Tito (70) e Adriano (135). Alguns

zelosos Yahwistas sentiram então necessidade de reencorajar os israelenses

com duas futuras promessas para Israel, procurando manter viva sua

esperança apesar do miserável estado presente. O apocalíptico “é projetado

para alimentar o orgulho judaico, abalado pelas evidências, orientando para a

aurora futura. […] Israel será libertado e  vingado […] imperará sobre os

gentios dominados e pisados” (Antonino Romeo, entrada “Apocalittica

letteratura”, em “Enciclopédia Católica”, vol. I, col. 1616). No futuro, depois da

queda do penúltimo Império, que seria Roma, “Israel será liberto e vingado”.

[…]. O interesse nacional é estendido à conclusão almejada: Deus de repente

entra na luta final entre os gentios e Israel” (A. Romeo, idem, col. 1617); “tudo é

restrito ao campo do nacionalismo e do temporal” (Francesco Spadafora,

idem). O apocalipse judaico é uma espécie de revelação apresentada como

antiga, oculta e esotérica (Francesco Spadafora, p. 42) e, segundo Mons.

Antonino Romeo, “resultará em uma espécie de especulação cabalística […] e

de sincretismo gnóstico” (idem, col. 1625). “É repleta de ódio, frequentemente

feroz, contra os gentios e de ardente simpatia por Israel”, escreve Marie Joseph

Lagrange, (Le judaisme avant Jesus-Christ, 2a. ed., Paris, 1931, pp. 70-90). O

apocalipse na sombra da mórbida expectativa da revolução futura, que liberará

Israel da Roma pagã-cristã. Ele se deve à formação do mais aceso

nacionalismo hebraico (Francesco Spadafora), e deste derivará certo

gnosticismo e o milenarismo (A. Romeo, idem, col. 1618) com a teoria da

mitigaçao das penas e dos danos (cf. a aposcatátase de Orígenes, repetida

entre 1940 e 1951 por Hans Urs von Balthasar + 1984 e Jean Daniélou +

1973), cf. B. Allo, Apocalypse, 3a. ed., Paris, 1933, pp. XXVI- XXXIV. Mons.

Romeo conclui: “O Reino de Deus se reveste de um caráter nacionalista-

terreno. […] O reino será deste mundo. […] mas o Messias é visto como um

redentor espiritual, expiador dos pecados do mundo” (idem, col. 1618), e enfim:

“Para os gentios o apolicapse é cruel e implacável, e toda a compaixão seria

substituída pela fraqueza” (idem, col. 1969).

[29] J. Neusner, op. cit., pp. 118-119. Quanto às relações entre judaismo

talmúdico, islã e cristianismo, cf. Hana Zakarias, Vrai Mohammed et faux

Coran, Paris, NEL, 1960; Id., De Moisés à Mohammed, Paris, 1955; J. Bertuel,

L’islam: ses véritables origines, Paris, NEL, 1983-84, 3 vols.; B. Lewis, O

renascimento islâmico, Bolonha, O Moinho, 1991; S. D. Goitein, Hebreus e

Arábes na história, Roma, Jouvance, 1980; J. Bouman, O Corão e os judeus,

Brescia, Queriniana, 1992; R. Barkai, Chrétiens, musulmans et juifs dans

l’Espagne médiévale, Paris, Cerf, 1994; M. Brenner, Breve história dos

hebreus, Roma, Donzelli, 2009.

[30] Quando se fala do Vaticano II como inaceitável e rejeitável, não se

pretende englobar em tal constatação de heterodoxia objetiva a culpa e a

punição subjetiva de quem o acolhe de boa-fé, pensando estar obedecendo.

Assim como quando se constata a nocividade objetiva do Novus Ordo Missae e

a sua ab-rogalidade não se quer nem minimamente ofender a quem o celebra

em boa-fé, de forma reverente e com espírito de obediência, por ignorância

inocente de sua carência doutrinal. “Não haja divisão entre nós”

(antimodernistas), mas reestudemos com atenção o “Breve exame crítico do

NOM” com a “Carta de apresentação” dos Cardeais Antonio Bacci e Alfredo

Ottaviani,  onde se podem ler severas considerações sobre sua não ortodoxia

objetiva e onde se pede que seja ab-rogado por nocivo. Não nos deixemos

distrair pela polêmica que surgiu quando se considerou ab-rogado o Vetus

Ordo, por um abuso de poder […]. Então (1976) foram ditas palavras fortes,

mas pronunciadas no curso de homilias, sem possibilidade de se fazerem

todas as devidas distinções. Não me parece correto culpar a Mons. Marcel

Lefebvre por alguma frase extrapolada em seus sermões, e ver na

Fraternidade São Pio X o “mal absoluto” ”, assim como me parece pueril a

pretensão de alguns, por sorte poucos, “tradicionalistas” de transformar a

Fraternidade na Igreja de Cristo. Também neste caso a sã lógica condena o

sofisma ex uno disce multis.

[31] Op. cit., p. 9.

[32] Idem.

[33] Idem.

[34] Ibidem, p. 32.



[35] Idem.



Hoje temos 11 Blogs, alguns podem ser acessados diretamente nessa página, clicando onde esta escrito, ACESSE CLICANDO ABAIXO, logo depois do Perfil, na margem esquerda. Muito obrigado pela visita.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Faça seu comentário. Obrigado pela visita.