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quarta-feira, 27 de abril de 2016

Do Fyber ao Troller: conheça a história do cearense que fez sucesso fabricando carros 4×4

Nascido em Nova Russas, Rogério Farias é um visionário inventor de automóveis. Da fibra de vidro criou um carro anfíbio, o buggy Fyber e o Troller 4×4

Por Hayanne Narlla em Perfil

2 de agosto de 2014 às 08:00

Há 2 anos
Rogério é  pai do Troller (FOTO: Arquivo pessoal)
Rogério é pai do Troller (FOTO: Arquivo pessoal)
Criatividade é seu ponto forte. Apresentar-se em público deve ser o fraco. “Não costumo dar entrevistas. Sou uma pessoa normal, uma história de vida comum”, justifica. Ele conquistou o sonho de muitos meninos: criou um carro. Humilde e discreto, o cearenseRogério Farias é pai do Troller, modelo 4×4 que até hoje apaixona quem gosta de aventura off-road.
Filho de um agente de estação, Rogério nasceu em Nova Russas, no interior do Ceará, e ainda jovem se mudou para Fortaleza com seus 12 irmãos. O pai tinha um escritório de consultoria, em que os filhos trabalhavam. Sala pequena, quadrada e com uma pequena janela. Basicamente, o trabalho era atender o telefone, que tocava uma vez por semana.
Para passar o tédio, Rogério brincava com um dos irmãos de memorização, além de ler muito, mas muito mesmo. Se interessava por tecnologia, por mecânica e veículos. Um dia teve vontade de criar um barco com suas próprias mãos. Começou. Ninguém entendia em sua casa, mas ele continuava.
Já maior de idade, viajou para São Paulo e voltou com matéria-prima e uma ideia: fibra de vidro e criar coisas. Um amigo do pai investiu na sua ideia. Com o tempo passou a fabricar algumas coisas, inclusive lanchas. O lucro começou a chegar.
Formou-se em administração de empresas, mas, no fundo, sempre foi engenheiro mecânico. Até hoje não compreende como as pessoas não valorizam a prática de seus trabalhos. Conheceu um aventureiro formado em Londres. Com ele aprendeu muita coisa: soldar, tornear e pintar.
Quis desbravar o Ceará com sua lancha, mas chegar a alguns locais era impossível. Resolveu desenvolver um carro que pudesse transpor flutuando pequenos cursos de água. Nascia o carro anfíbio.
Após uma viagem à Califórnia, nos Estados Unidos, Rogério se inspirou nos buggys americanos e criou o Fyber 2000, em 1982. Foram vendidos 12 mil carros desse modelo. Após seis anos, ele fabricou o Fyber 3000. Após alguns problemas internos em sua fábrica, resolveu sair e criar outra, focando em outro projeto. Chegava a hora do Troller nascer.
Carro anfíbio (1980):
1/10

Carro anfíbio (1980):

Carro anfíbio (1980):
Era 1994. No bolso, havia 1 milhão de dólares. Na cabeça, a imagem de um 4×4 histórico. Não teve dúvidas e investiu. Foram muitos erros, assim como no começo. A memorização da adolescência tornou-se aliada na produção do veículo. Rogério reparava em diversas peças e decorava o que mais lhe chamava atenção. Depois, colocava tudo em um papel.
Vieram tentativas, tentativas e aperfeiçoamentos. Para o inventor, quanto mais críticas melhor, não importava de quem viesse. Um dia, um vigilante apontou um erro no modelo do Troller. Rogério o escutou e, com bom senso, atendeu ao chamado do companheiro. “Com ajuda e crítica de pilotos, amigos e usuários, foram eliminados os pontos frágeis e vulneráveis do veículo”.
No começo, a produção era a conta-gotas. Um Troller por semana, com três pessoas trabalhando. O 4×4, enfim, ficou pronto. E com ele, nasceram outras aventuras, trilhas e disputas, como o rally mais famoso do mundo, o Paris Dakar. Em 2000 se classificou em 4° lugar em sua categoria. Em 2001 o jipe Troller participou de várias competições na Europa, Ásia, Africa e América Latina, conquistando o 1° lugar por antecipação no Campeonato Mundial de Rally.
Seu desligamento com da Troller aconteceu em 2002 e, cinco anos depois (2007), a fábrica localizada em Horizonte foi vendida para a Ford. Ainda passou um tempo tendo ligação com a fábrica, porém resolveu enveredar para outro ramo. Hoje, fabrica elevadores, o que daria outra grande história.
“Se eu tivesse 20 anos com a experiência que tenho hoje…”, solta o clichê. O empresário tem noção das dificuldades que passou e dos erros que cometeu. Mesmo assim, considera toda a vivência importante para o que sabe hoje em dia. Conheceu fábricas internacionais e pessoas influentes, como o Roy Mills, presidente da Dana Mundial.
“Contribui para a felicidade de muita gente é bom, sabe?”. De tudo isso tirou duas lições. A primeira é que o importante é estar bem e tranquilo para realizar coisas incríveis. A segunda é que as amizades construídas o empurraram para a frente e para o melhor.
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