Dois momentos.

Dois momentos na Igreja.

A história é mesmo curiosa. Para quem conhece a Bíblia dera fácil encontrar os textos.

Num primeiro momento, Jesus pergunta a Pedro: Quem tu dizes que eu sou? Pedro responde: Tu és o Filho do Deus Altíssimo, o Messias prometido a Israel, Jesus o elogia e completa: Pedro, tu és pedra, e sobre ti erguerei minha igreja. Estava fundada a Igreja sobre a pedra sólida da fé de Pedro.

Num segundo momento, em texto bem próximo do primeiro, Jesus anuncia a sua ida a Jerusalém onde deveria sofrer o martírio de sangue. Pedro que era a Igreja, a pedra sobre a qual se assentavam os princípios do cristianismo dirá: Não que isso não te aconteça... Jesus então o chama de Satanás e diz: Tu não pensas como Deus, mas como os homens. Ora, salvo melhor interpretação Jesus chama a Igreja de Satanás quando essa pensa como os homens e não como Deus, quando ela abdica da redenção e salvação dos homens por um discurso humano, de prosperidade e felicidade.

Então eu te pergunto leitor: Não é isso que esta acontecendo com a Igreja hoje?

A má interpretação da misericórdia, pois foi ato de misericórdia ter dado a vida na cruz, e a trocado, sim trocado, por uma fé de que todos estão salvos porque acreditam, não seria essa a desordem que estamos assistindo? Não é hora de sermos chamados de Satanás por termos abdicado em uma ilusão de ausência dos sofrimentos da vida? Se todos somos outros Cristos, não foi para nós que Pedro disse: Não; que isso nunca vos aconteça?

Pois bem aqui estamos nós diante da encruzilhada da história, ou optamos pelo mundo, ou optamos pela salvação de nossas almas.

G23.

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