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quarta-feira, 22 de abril de 2015

O Quasimodo

O Quasimodo.
É de fato um bom lugar para a meditação. Silencioso, temperatura agradável, cheio de unção.
Foi quando pelo corredor central entrou aquele homem completamente comprometido, pernas, braços e coluna tortos, um andar estranho que lembrava um pássaro daqueles que move a cabeça para frente e para trás, como se houvesse uma necessidade de equilíbrio a cada passo. Atrás dele entrou um mulher perfeita, escultural, vestida na cor esmeralda, com requinte e sensualidade. Ele torto por fora, ela torta por dentro. Ele comprometido com a anormalidade de nascença, ela comprometida com a deformação moral. Irremediáveis os dois, afora, se por milagre, ele desentortasse e ela se curasse das chagas da alma fazendo brotar a retidão . Uma utopia aos olhos do mundo.
Ambos caminhavam num vagar cadavérico na esperança, na mesma esperança que temos todos nós de sermos acolhidos por Deus. Andavam como crianças marotas, que com medo e resabiadas do possivel castigo, se aproximam na esperança de serem acolhidas pelo pai. Ele diz: Queria ser diferente Senhor. Ela diz: queria ser diferente Senhor. Mergulham ambos em um silêncio profundo cujo conteúdo só a Deus cabe.
 Minutos depois ele sai arrastando-se como entrou. Igualmente ela sai, rebolando como entrou.
E eu fico a meditar nas palavras de Cristo? Ele  também quis livrar-se do seu cálice de vinho amargo. Afasta de mim esse cálice, disse o Senhor no alto da CRUZ, mas seja feita a Tua Vontade. Sim o Quasímodo e a Deusa Esmeralda do pecado, não procuraram a Deus, apenas em busca de um milagre, mas na esperança do consolo da aceitação de seus defeitos e fraquezas. è pesada a cruz de cada dia. Fico pensando em que pontos conversaram com Deus. O que agradeceram; e o que pediram... Mas não é da minha conta.
 Tal fato me colocou diante de mim mesmo e de meus defeitos. Realiza-los, modifica-los, reeducar-me, aceitar-me, que dúvida, pois os meus defeitos, não os nego, são tão concretos quanto os que eu acabava de testemunhar.
Suspirei profundamente com certo desespero, certa desesperança. O que afinal eu ia fazer naquela igreja todos os dias? Meditar? Inscrever-me pela oração no intercâmbio entre as coisas do Céu e da Terra?
Então o vento soprou espalhando alguns papeis pelo chão da Igreja. Levantei-me para colhê-los. O primeiro que apanhei estava dobrado deixando a mostra a seguinte frase: Que eu não rejeite ou perca nenhum dos que o Pai me envia, acolhendo-os, os ressuscite no último dia. No ultimo dia? ...Pensei. Dai-me paciência!
Bem... Estou aqui (disse baixinho), não sou melhor do que ninguém, não faço parte da Sinagoga dos Libertos para apedrejar Estevão. Levantei-me, fechei o livro de Vitor Hugo, e sai arrastando minhas correntes.
Invisíveis, pensava eu. Ledo engano!

G 23

Leia "A Arte da Meditação" de Brandford Smith, editor Forense.
Uma perguntinha: Então para que serve o confissionário?




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