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sexta-feira, 24 de abril de 2015

Um texto desaparecido.

Um texto desaparecido.
Hoje eu me deparei com esse parágrafo escrito por meu bisavô, a pagina 34 do livro “Nova Luz Sobre o Passado”.
Diz: “Quando a nossa ciência, ainda nas faixas (nas fraldas, nos cueiros, na infância) puder transformar os sons em imagens, veremos que a trombeta emite phosphenas de sangue jorrarem de corpos retalhados, de mutilações horríveis”.
Seu livro foi impresso em 1906, e ele nasceu em 1852, portanto essa luz lhe foi soprada muito antes do aparecimento do LSD, uma das chamadas drogas psicodélicas, que entre outros atributos tinha o de fazer, ou provocar imagens mentais a partir de estímulos sonoros. Na verdade, a fala, que é som articulado e memorizado cria imagens mentais e conceitos. Justiniano, meu bisavô antevia que a musica poderia desenvolver mensagens visuais em níveis mentais mais profundos e de difícil acesso. Puxa isso, no meu entender era revolucionário. Depois disso, li diversos trabalhos sobre o uso de drogas, alguns técnicos e outros romanceados com “As Portas da Percepção” de Aldous Huxley. Na década de 60, meu pai, médico e psicólogo havia feito experiência com o LSD em presos voluntários do Presídio Central do Estado. Ele relatava as suas experiências aos seus irmãos médicos, e médicos que trabalhavam com ele no Departamento de Criminologia do Presídio Central que estava sob sua direção. Pouco depois eu escrevi um artigo, que pelo titulo pode parecer uma apologia às drogas, no entanto, muito pelo contrario era um alerta. Titulado “Drogas e Crescimento Pessoal” rodado em copias soltas e distribuído entre universitários causou algum furor. Esse texto esta desaparecido. Foi publicado entre 1975 ou 76.
A tese era bem simples. Se a droga causava uma profunda alteração da percepção, como ilusões dos diversos sentidos, ela poderia produzir uma ferramenta clinica para personalidades rígidas e céticas quanto a qualquer mudança pessoal. À memória de si mesmo, sempre igual, acrescia-se a memória da experiência “alterada” de si mesmo. Ora essas duas visões de si mesmo criaria um dialogo, base para um crescimento pessoal entendido como busca de mudanças no mais profundo do ser. Todavia, a tendência de quem faz a experiência é procurar repetir a experiência, e não criar uma ponte de transito entre a rigidez original e a percepção das alterações em si mesmo, o que seria propriamente a psicoterapia, mas ao invés disso recorrem à droga para sentir-se diferente, ate o vicio.
O que meu pai procurava descobrir era se tal poderosa droga poderia das aos presos voluntários uma nova perspectiva e uma crença ou fé na possibilidade de mudança radical de vida, principalmente daquelas pessoas que profundamente embotadas na sua afetividade tornaram-se psicopatas, ou sociopatas.
Tudo isso era gravado, e monitorado pelos testes psicológicos e fisiologicos ( tempo de reação, equilibrio, alteração do sistema autonomo, hiper-sensibilidade, etc.) conhecidos de modo a se provar verdadeiros alterações permanentes, ou com reflexos claros para embasar a tese a partir das hipóteses de diagnostico e história criminal.
O meu trabalho era bem mais simples e direto, intuitivo. Foi tão explosivo, que meu tio advogado Ulisses, e meu tio psiquiatra Péricles, me chamaram para uma conversa seria, pois pensavam que eu pudesse estar usando drogas. Eles educados no século XIX não podiam avaliar a penetração do Espírito Santo na especulação psicológica. Então posso voltar ao parágrafo de meu bisavô, o Espírito é sopro, e o sopro leva às palavras, as palavras criam imagens mentais, e os sons, todos eles, podem criar percepções psicodélicas. Essas duas verdades abrem um novo leque de possibilidades para a analise daquilo que alguns chamam de “inconsciente”, mas que pode ser entendido de maneira diferente. Deus não tem inconsciente, e pode soprar uma sabedoria que pode se traduzir em sons, imagens, sensações e emoções tão profundas que podem ultrapassar o tempo da existência pessoal, para o passado ou para o futuro, num protótipo, num arquétipo que parece estar expresso na bíblia no seguinte texto: “Todavia falamos entre os perfeitos uma sabedoria que não é desse mundo, nem dos príncipes (principais) desse mundo, que perece, mas ensinamos uma sabedoria divina, misteriosa, escondida, predestinada por Deus antes dos séculos para nossa gloria”. Carta aos Corintios 2, 5-9.

G23.  





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