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sábado, 11 de outubro de 2014

Governo Beto e Lerner se confundem.

Qualquer semelhança não é mera coincidência. O governador eleito do Paraná recebeu o cargo das mãos do vice-governador do estado, provisoriamente no poder após o governador eleito, Roberto Requião (PMDB), ter renunciado ao mandato para disputar uma bem-sucedida campanha ao Senado Federal.
Como vinha de duas administrações muito bem-avaliadas na prefeitura de Curitiba, em seu discurso de posse o novo governador prometeu levar a estrutura e alguns projetos de destaque da administração municipal para a esfera estadual. Com as palavras de ordem “mudança e modernização”, o governador prometeu “revolucionar o Paraná” e tirá-lo do atraso após administrações seguidas do PMDB.
Era Lerner
Agenda deve ser retomada
O cientista político Ricardo Costa de Oliveira, da UFPR, afirma que o começo da gestão Beto Richa representa uma retomada das ações e relações da administração Lerner. “São governos com a mesma agenda política e os mesmos atores políticos. Grande parte dos nomes do secretariado e dos conselhos das estatais são figuras marcantes do lernismo”, diz Oliveira. Ele lembra ainda que o próprio Beto foi o canditado de Lerner ao governo do estado em 2002. Para Oliveira, a retomada dessas relações revela uma face que o governador procurou esconder durante a campanha. Ele ressalta ainda que algumas políticas públicas que foram bandeiras do governo Lerner – como a atração de empresas estrangeiras com benefícios fiscais – devem ser retomadas na atual administração. (SM)
Análise
Chance de evitar erros
No início de seu segundo mandato, em 1999, o ex-governador Jaime Lerner tinha consolidado a imagem do político paranaense mais influente no país depois de muitos anos sem o estado ter um expoente nacional. Chegou a ser cotado como possível sucessor de Fernando Henrique Cardoso na Presidência. Porém, seguidas suspeitas de corrupção abalaram o prestígio de Lerner – que preferiu se afastar da política após o fim de seu governo.
A carreira ascendente do governador Beto Richa cria sobre ele uma expectativa semelhante, ainda que em menor escala, a que se tinha sobre Lerner: a possibilidade de uma nova liderança paranaense com relevância nacional. “Beto Richa é jovem e tem sucesso político precoce e condições de assumir um papel relevante em nível nacional”, avalia Alberto Carlos de Almeida, doutor em Ciência Política e autor do livro A Cabeça do Eleitor. Para Almeida, o governador precisaria aprender com os erros de Lerner. “Ele [Richa] precisa ter a inteligência política de evitar que o nível de irregularidades da ‘era Lerner’ se repita. Se evitar isso, ele pode sim despontar como uma nova força nacional.” (SM)
Na composição do primeiro escalão, os cargos considerados estratégicos no governo foram entregues a políticos da base aliada que representassem as diversas regiões do estado que lhe garantiram os votos necessários à eleição.
O governador, por exemplo, nomeou Cássio Taniguchi, com quem já trabalhara na prefeitura de Curitiba, como secretário de Planejamento. Criou também uma Secretaria da Criança e da Família – para a qual nomeou a própria mulher. E nomeou amigos e pessoas muito próximas para outros cargos – sendo que alguns nomes controversos geraram polêmica.
O novo governador não escondia ainda que sua intenção era fazer uma reforma administrativa. Mas, antes, precisou lidar com a sucessão da Mesa Diretora na Assembleia Legislativa. O maior problema estava em acomodar os interesses da bancada do PMDB, a maior da Casa, sem ferir os brios dos partidos aliados. Uma mexida equivocada neste xadrez político poderia lhe criar obstáculos à governabilidade logo no início do mandato.
Atestado rasgado
O texto acima é o resumo do início do mandato do ex-governador Jaime Lerner, então no PDT, em 1995. Poderia, porém, descrever perfeitamente o início da gestão Beto Richa (PSDB) como chefe do Executivo paranaense.
O início da gestão Richa guarda várias semelhanças com o período em que Jaime Lerner foi governador do Paraná (de 1995 a 2002), tanto na agenda política como na escolha da equipe e nas alianças – embora na campanha eleitoral do ano passado o atual governador tenha rechaçado por várias vezes a “acusação” de seu principal adversário, Osmar Dias (PDT), de que ele era um “lernista”.
Durante o calor das discussões eleitorais, Lerner chegou a emitir um atestado de não lernista para Richa e para Osmar, em tom de brincadeira. Talvez o ex-governador hoje tivesse de rasgar o diploma de Beto. Afinal, muitos nomes do primeiro e do segundo escalão do atual governo já tinham atuado no governo na época de Lerner (veja quadro ao lado).
Servidores públicos de carreira que conversaram com a reportagem (e pediram para não serem identificados) disseram que há um sentimento de que a “era Lerner” voltou. Nomes que estavam afastados dos cargos de chefia, durante os últimos oito anos, voltaram a assumir funções relevantes.
Mais semelhanças
A principal medida anunciada até agora por Beto Richa como governador – o decreto que determina a redução de gastos de custeio nas secretarias – também encontra fortes semelhanças com uma medida tomada por Lerner no início de seu segundo mandato.
Logo após a reeleição, em janeiro de 1999, Lerner criou um Conselho de Reestruturação e Ajuste Fiscal (Crafe) que reunia as quatro secretarias e órgãos com grande poder – Administração, Fazenda, Planejamento e Governadoria. A ideia do Crafe era promover uma reforma administrativa no estado e a ordem de Lerner era para “apertar o cinto e evitar os gastos desnecessários”.
Estratégia parecida já havia sido usada por Richa na prefeitura de Curitiba e foi agora apresentada como o “choque de gestão” que o Paraná estaria precisando e que foi prometido na campanha. O decreto publicado pelo governo no último dia 3 de janeiro para fazer a atual reforma administrativa, por exemplo, contempla um conselho integrado pelos secretários das mesmas áreas que existiam na era Lerner, com a inclusão do procurador-geral, Ivan Bonilha.
A base política de apoio na Assembleia é outro ponto de semelhanças entre Richa e Lerner. O ex-líder do governo no Legislativo no período lernista, Valdir Rossoni, foi ungido por Beto para ser o novo presidente da Assembleia.
Para compor a direção da Casa, Rossoni escolheu pessoas que já trabalharam para Lerner, como Benoni Manfrin e Eduardo Paim. Além disso, parlamentares como Ademar Traiano (PSDB) e Durval Amaral (DEM), que compunham a “tropa de choque” de Lerner na Assembleia são aliados importantes de Beto. Traiano é líder do governo na Assembleia e Durval é o secretário-chefe da Casa Civil.
Qualquer semelhança não é mera coincidência. O governador eleito do Paraná recebeu o cargo das mãos do vice-governador do estado, provisoriamente no poder após o governador eleito, Roberto Requião (PMDB), ter renunciado ao mandato para disputar uma bem-sucedida campanha ao Senado Federal.
Como vinha de duas administrações muito bem-avaliadas na prefeitura de Curitiba, em seu discurso de posse o novo governador prometeu levar a estrutura e alguns projetos de destaque da administração municipal para a esfera estadual. Com as palavras de ordem “mudança e modernização”, o governador prometeu “revolucionar o Paraná” e tirá-lo do atraso após administrações seguidas do PMDB.
Era Lerner
Agenda deve ser retomada
O cientista político Ricardo Costa de Oliveira, da UFPR, afirma que o começo da gestão Beto Richa representa uma retomada das ações e relações da administração Lerner. “São governos com a mesma agenda política e os mesmos atores políticos. Grande parte dos nomes do secretariado e dos conselhos das estatais são figuras marcantes do lernismo”, diz Oliveira. Ele lembra ainda que o próprio Beto foi o canditado de Lerner ao governo do estado em 2002. Para Oliveira, a retomada dessas relações revela uma face que o governador procurou esconder durante a campanha. Ele ressalta ainda que algumas políticas públicas que foram bandeiras do governo Lerner – como a atração de empresas estrangeiras com benefícios fiscais – devem ser retomadas na atual administração. (SM)
Análise
Chance de evitar erros
No início de seu segundo mandato, em 1999, o ex-governador Jaime Lerner tinha consolidado a imagem do político paranaense mais influente no país depois de muitos anos sem o estado ter um expoente nacional. Chegou a ser cotado como possível sucessor de Fernando Henrique Cardoso na Presidência. Porém, seguidas suspeitas de corrupção abalaram o prestígio de Lerner – que preferiu se afastar da política após o fim de seu governo.
A carreira ascendente do governador Beto Richa cria sobre ele uma expectativa semelhante, ainda que em menor escala, a que se tinha sobre Lerner: a possibilidade de uma nova liderança paranaense com relevância nacional. “Beto Richa é jovem e tem sucesso político precoce e condições de assumir um papel relevante em nível nacional”, avalia Alberto Carlos de Almeida, doutor em Ciência Política e autor do livro A Cabeça do Eleitor. Para Almeida, o governador precisaria aprender com os erros de Lerner. “Ele [Richa] precisa ter a inteligência política de evitar que o nível de irregularidades da ‘era Lerner’ se repita. Se evitar isso, ele pode sim despontar como uma nova força nacional.” (SM)
Na composição do primeiro escalão, os cargos considerados estratégicos no governo foram entregues a políticos da base aliada que representassem as diversas regiões do estado que lhe garantiram os votos necessários à eleição.
O governador, por exemplo, nomeou Cássio Taniguchi, com quem já trabalhara na prefeitura de Curitiba, como secretário de Planejamento. Criou também uma Secretaria da Criança e da Família – para a qual nomeou a própria mulher. E nomeou amigos e pessoas muito próximas para outros cargos – sendo que alguns nomes controversos geraram polêmica.
O novo governador não escondia ainda que sua intenção era fazer uma reforma administrativa. Mas, antes, precisou lidar com a sucessão da Mesa Diretora na Assembleia Legislativa. O maior problema estava em acomodar os interesses da bancada do PMDB, a maior da Casa, sem ferir os brios dos partidos aliados. Uma mexida equivocada neste xadrez político poderia lhe criar obstáculos à governabilidade logo no início do mandato.
Atestado rasgado
O texto acima é o resumo do início do mandato do ex-governador Jaime Lerner, então no PDT, em 1995. Poderia, porém, descrever perfeitamente o início da gestão Beto Richa (PSDB) como chefe do Executivo paranaense.
O início da gestão Richa guarda várias semelhanças com o período em que Jaime Lerner foi governador do Paraná (de 1995 a 2002), tanto na agenda política como na escolha da equipe e nas alianças – embora na campanha eleitoral do ano passado o atual governador tenha rechaçado por várias vezes a “acusação” de seu principal adversário, Osmar Dias (PDT), de que ele era um “lernista”.
Durante o calor das discussões eleitorais, Lerner chegou a emitir um atestado de não lernista para Richa e para Osmar, em tom de brincadeira. Talvez o ex-governador hoje tivesse de rasgar o diploma de Beto. Afinal, muitos nomes do primeiro e do segundo escalão do atual governo já tinham atuado no governo na época de Lerner (veja quadro ao lado).
Servidores públicos de carreira que conversaram com a reportagem (e pediram para não serem identificados) disseram que há um sentimento de que a “era Lerner” voltou. Nomes que estavam afastados dos cargos de chefia, durante os últimos oito anos, voltaram a assumir funções relevantes.
Mais semelhanças
A principal medida anunciada até agora por Beto Richa como governador – o decreto que determina a redução de gastos de custeio nas secretarias – também encontra fortes semelhanças com uma medida tomada por Lerner no início de seu segundo mandato.
Logo após a reeleição, em janeiro de 1999, Lerner criou um Conselho de Reestruturação e Ajuste Fiscal (Crafe) que reunia as quatro secretarias e órgãos com grande poder – Administração, Fazenda, Planejamento e Governadoria. A ideia do Crafe era promover uma reforma administrativa no estado e a ordem de Lerner era para “apertar o cinto e evitar os gastos desnecessários”.
Estratégia parecida já havia sido usada por Richa na prefeitura de Curitiba e foi agora apresentada como o “choque de gestão” que o Paraná estaria precisando e que foi prometido na campanha. O decreto publicado pelo governo no último dia 3 de janeiro para fazer a atual reforma administrativa, por exemplo, contempla um conselho integrado pelos secretários das mesmas áreas que existiam na era Lerner, com a inclusão do procurador-geral, Ivan Bonilha.
A base política de apoio na Assembleia é outro ponto de semelhanças entre Richa e Lerner. O ex-líder do governo no Legislativo no período lernista, Valdir Rossoni, foi ungido por Beto para ser o novo presidente da Assembleia.
Para compor a direção da Casa, Rossoni escolheu pessoas que já trabalharam para Lerner, como Benoni Manfrin e Eduardo Paim. Além disso, parlamentares como Ademar Traiano (PSDB) e Durval Amaral (DEM), que compunham a “tropa de choque” de Lerner na Assembleia são aliados importantes de Beto. Traiano é líder do governo na Assembleia e Durval é o secretário-chefe da Casa Civil.







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