E ele se entregou à Justiça.

O fato foi narrado por um gari da Cavo.
Cavo é o nome da empresas concessionaria da limpeza pública em Curitiba. Me contou o gari que o presidio de Piraquara, município metropolitano de Curitiba contrata a Cavo pra fazer limpeza, carpir pátios etc. Aos meus olhos isso é um absurdo, pois tendo mais de mil presos, contrata roçadores.
Mas não é isso que interessa. Quando os funcionários da Cavo chegam são obrigado a apresentarem seus documentos que ficam retidos ate a hora de saída. Me parece prudente, pois é um presidio.
Num certo dia, no final da tarde, os garis se apresentaram na portaria para apanhar seus documentos e sair. Acontece que um deles ficou, e ficou para uma longa temporada. Não precisou nem trocar o uniforme laranja da Cavo pelo laranja do presídio. Acontece que esse gari havia matado alguém no norte do país há pouco mais de dez anos e era fugitivo da justiça. Quando o funcionário do presídio foi registrar seus documentos, apareceu na tela as informações de busca e captura. O homem sem saber havia entregue a si mesmo, numa bandeja da Cavo à justiça.





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